Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/09/2006 - 10h56

Milhares se reúnem em Beirute em ato convocado pelo Hizbollah

Publicidade

da France Presse, em Beirute
da Folha Online

Milhares de libaneses viajaram nesta sexta-feira para Beirute para comemorar a "vitória" do grupo xiita Hizbollah contra Israel [nos conflitos travados durante 34 dias]. O grupo também pretende fazer uma demonstração de sua força política, no momento em que a ONU (Organização das Nações Unidas) pede ao Hizbollah que entrega suas armas.

Centenas de ônibus, automóveis e intermináveis procissões de pessoas com bandeiras amarelas do Hizbollah se dirigiam para os bairros da periferia sul de Beirute, devastados pela ofensiva israelense ocorrido entre 12 de julho e 14 de agosto, quando foi iniciado um cessar-fogo.

O Hizbollah pretende reunir centenas de milhares de pessoas vindas de todo o Líbano, principalmente do sul, onde o grupo mantém sua bases.

Discurso

A multidão de libaneses quer ouvir as palavras do líder do grupo, xeque Hassan Nasrallah, 46, que não aparece diante de seus seguidores desde o início dos confrontos com Israel. Ele apenas enviou mensagens transmitidas por rádio e TV.

Ali Hashisho/Reuters
Milhares de libaneses se dirigem a Beirute para participar de ato convocado pelo Hizbollah
Nasrallah --que vive escondido-- foi ameaçado de morte publicamente por Israel. O recado foi enviado pelo premiê Ehud Olmert, que disse que ele está na "mira de Israel". Por esta razão, a
presença dele no evento não foi confirmada.

Altos comandos militares israelenses não quiseram fazer declarações sobre a atitude que tomarão caso Nasrallah, que já escapou ileso de um ataque aéreo israelense em julho, compareça finalmente a essa manifestação.

Independentemente da presença de Nasrallah, sua voz deverá ser ouvida em discurso gravado, no qual ele deve traçar uma espécie de calendário para a fase política, sempre reiterando alguns princípios como a constância da resistência e a manutenção das armas, de acordo com informações do jornal "LOrient Le Jour".

ONU

O Hizbollah respeita o cessar-fogo que entrou em vigor no dia 14 de agosto, assim como Israel, mas se nega a entregar suas armas, como pede a resolução 1.701 da ONU, que fixou as bases da trégua e estipula que as únicas presenças armadas no sul do Líbano sejam o Exército libanês e as forças de paz das Nações Unidas.

O Hizbollah considera que o Exército libanês não tem condições de garantir a segurança na fronteira com Israel porque suas forças são mal-equipadas.

A enorme popularidade de Nasrallah contrasta com a queda na popularidade de Olmert, apesar disso, o premiê israelense afirma que se pudesse voltar no tempo ordenaria a mesma ofensiva contra o Líbano --que deixou cerca de 1.400 mortos [1.200 civis]. Em Israel, cerca de 200 pessoas morreram, a maioria militares, vitimas de confrontos e foguetes lançados contra o norte do país pelo Hizbollah.

O estopim da crise foi o seqüestro de dois soldados israelenses levado a cabo pelo Hizbollah. Os dois ainda são mantidos reféns.

Segundo a ONU, após a chegada dos contingentes espanhol, francês e italiano nos últimos dias, já foi alcançado o número de 5.000 capacetes azuis no Líbano. Com isso, a saída das tropas israelenses deve ser acelerada e pode ocorrer hoje.
Leia mais
  • Veja cronologia da crise

    Especial
  • Leia mais sobre a Guerra no Oriente Médio
  • Leia o que já foi publicado sobre a Unifil
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página