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26/09/2006
-
08h19
da Efe, em pequim
A China anunciou nesta terça-feira sua expectativa de que o novo governo japonês, chefiado por Shinzo Abe, melhore as relações bilaterais, enquanto o embaixador da Rússia no Japão, Alexandr Losiukov, desmentiu os boatos sobre atritos com o recém-nomeado primeiro-ministro.
"O governo chinês dá muita importância às relações com o Japão", afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Qin Gang. Ele reconheceu que as relações bilaterais passam atualmente por obstáculos "por razões claras, que o governo japonês conhece bem", criticou.
No entanto, afirmou sua esperança de que "o Japão possa fazer esforços construtivos para a melhora das relações bilaterais".
O novo chefe do Executivo anunciou, antes de ser eleito, sua disposição de melhorar os laços com Pequim. Mas o governo chinês exige provas, como o fim das visitas ao santuário de Yasukuni por parte de membros do governo japonês.
Abe apoiava o antigo primeiro-ministro Junichiro Koizumi em suas visitas a Yasukuni, templo que presta homenagem a 14 criminosos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) condenados por tribunais internacionais. Ele ainda não disse se manterá a tradição, um dos principais obstáculos para a normalização das relações.
Já o diplomata russo disse à agência Interfax que as opiniões sobre os supostos "ânimos anti-russos" de Abe são muito exageradas', em referência aos comentários sobre a fama de "falcão" do novo chefe de governo japonês.
Losiukov considerou Abe "um político muito sério, com uma grande experiência", e acrescentou que não espera mudanças bruscas na política externa de Tóquio em relação a Moscou.
"Nossos encontros e contatos com Shinzo Abe não registraram ânimos anti-russos", disse o diplomata.
Ele está convencido de que o novo primeiro-ministro manterá a política de seu antecessor, Koizumi, na disputa territorial pelas ilhas Curilas. O arquipélago, que o Japão chama de Território do Norte, foi invadido pela União Soviética no fim da Segunda Guerra Mundial.
"Mas isto não significa que haverá uma política anti-russa. Ao contrário, Shinzo Abe quer desenvolver as relações com a Rússia", avaliou.
O ex-vice-ministro de Relações Exteriores e hoje analista do instituto russo de Economia Mundial e Relações Internacionais, Gueorgui Kunadze, considerou inevitável uma revisão do princípio básico da Constituição japonesa, que renuncia expressamente à guerra.
"Não há nada de terrível nem inesperado nisso. O Japão pode assumir um papel mais relevante e ativo no âmbito militar sem afetar os interesses da Rússia."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Shizo Abe
Leia o que já foi publicado sobre Junichiro Koizumi
Leia o que já foi publicado sobre o Japão
China e Rússia encaram com otimismo novo governo japonês
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A China anunciou nesta terça-feira sua expectativa de que o novo governo japonês, chefiado por Shinzo Abe, melhore as relações bilaterais, enquanto o embaixador da Rússia no Japão, Alexandr Losiukov, desmentiu os boatos sobre atritos com o recém-nomeado primeiro-ministro.
"O governo chinês dá muita importância às relações com o Japão", afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Qin Gang. Ele reconheceu que as relações bilaterais passam atualmente por obstáculos "por razões claras, que o governo japonês conhece bem", criticou.
No entanto, afirmou sua esperança de que "o Japão possa fazer esforços construtivos para a melhora das relações bilaterais".
O novo chefe do Executivo anunciou, antes de ser eleito, sua disposição de melhorar os laços com Pequim. Mas o governo chinês exige provas, como o fim das visitas ao santuário de Yasukuni por parte de membros do governo japonês.
Abe apoiava o antigo primeiro-ministro Junichiro Koizumi em suas visitas a Yasukuni, templo que presta homenagem a 14 criminosos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) condenados por tribunais internacionais. Ele ainda não disse se manterá a tradição, um dos principais obstáculos para a normalização das relações.
Já o diplomata russo disse à agência Interfax que as opiniões sobre os supostos "ânimos anti-russos" de Abe são muito exageradas', em referência aos comentários sobre a fama de "falcão" do novo chefe de governo japonês.
Losiukov considerou Abe "um político muito sério, com uma grande experiência", e acrescentou que não espera mudanças bruscas na política externa de Tóquio em relação a Moscou.
"Nossos encontros e contatos com Shinzo Abe não registraram ânimos anti-russos", disse o diplomata.
Ele está convencido de que o novo primeiro-ministro manterá a política de seu antecessor, Koizumi, na disputa territorial pelas ilhas Curilas. O arquipélago, que o Japão chama de Território do Norte, foi invadido pela União Soviética no fim da Segunda Guerra Mundial.
"Mas isto não significa que haverá uma política anti-russa. Ao contrário, Shinzo Abe quer desenvolver as relações com a Rússia", avaliou.
O ex-vice-ministro de Relações Exteriores e hoje analista do instituto russo de Economia Mundial e Relações Internacionais, Gueorgui Kunadze, considerou inevitável uma revisão do princípio básico da Constituição japonesa, que renuncia expressamente à guerra.
"Não há nada de terrível nem inesperado nisso. O Japão pode assumir um papel mais relevante e ativo no âmbito militar sem afetar os interesses da Rússia."
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