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28/09/2006
-
16h19
da Folha Online
A América Latina é a região em desenvolvimento que está mais perto de alcançar antecipadamente o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio sobre o acesso à água potável e ao saneamento básico, afirma um relatório publicado hoje pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O estudo indica que o número de pessoas que não tem acesso à água adequada para consumo caiu de 74 milhões para 50 milhões entre 1990 e 2004, o que representou um aumento da cobertura de 83% para 91%.
A população latino-americana com acesso ao saneamento básico aumentou de 68% para 77% no mesmo período, o que significa que 127 milhões de pessoas passaram a se beneficiar desse serviço. Mas, para alcançar a meta, é necessário que outros 103 milhões (10 milhões por ano) tenham acesso até 2015.
O conselheiro de Emergências, Saúde e Água do Unicef, Paul Sherlock, disse à Efe que, embora "estatisticamente a América Latina já tenha cumprido suas metas em ambos os aspectos (considerando a região como um todo), não se pode generalizar, pois não é o que acontece em todos os lugares".
"Em muitas áreas, principalmente nas áreas rurais, ainda resta um longo caminho a percorrer", ressaltou, dando como exemplo "muitas áreas da América Central onde ainda há enormes problemas".
O mesmo ocorre, acrescentou, em amplas zonas de países específicos, "como em áreas rurais do Peru ou em conflito da Colômbia, que nunca alcançarão a meta".
A Unicef calcula que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo não tenham acesso à água potável e que 2,6 bilhões careçam de serviços de saneamento.
Além da América Latina, outras regiões em desenvolvimento que estão no caminho para alcançar o objetivo de desenvolvimento do milênio em relação à água são a Ásia oriental e o Pacífico, o Oriente Médio e a África do Norte, enquanto na África subsaariana as taxas deixam poucas esperanças.
Essas regiões também apresentam progressos consideráveis no que se refere ao acesso ao saneamento básico.
Enquanto a situação do acesso à água no sul da Ásia deixa a desejar, o número de pessoas desta região que podem contar com saneamento básico quase duplicou entre 1990 e 2004, passando de 17% para 33%, graças à Índia e à China.
No entanto, independentemente da região avaliada, as maiores disparidades no acesso à água potável e ao saneamento ocorrem entre as áreas rurais e urbanas. Enquanto nas regiões urbanas a taxa de acesso é de 95%, no campo esse índice cai para 73%.
Assim, dos mais de 1,2 bilhão de pessoas que tiveram acesso à água potável entre 1990 e 2004, quase dois terços vivem em zonas urbanas e entre 1 bilhão de pessoas que continuam sem acesso, cerca de 900 milhões vivem no campo.
Na América Latina, o acesso à água potável no meio urbano é alto, com índices de 96%, enquanto nas regiões rurais é de 73%. No total, 34 milhões dos 50 milhões de habitantes da região que não têm água salubre vivem em áreas rurais.
O Unicef alerta que, em alguns dos países da região que apresentam uma cobertura urbana maior, a divisão entre o meio rural e urbano é grande.
O Brasil é um dos países que apresentam essa disparidade, assim como o Chile e o Paraguai.
Enquanto 96% dos brasileiros que vivem em áreas urbanas têm acesso à água potável, no campo este mesmo índice cai para 57%.
No Chile, 100% dos habitantes urbanos têm abastecimento de água potável, frente a 58% no meio rural, enquanto no Paraguai este índice é de 99% contra 68%.
Enquanto Chile, Equador, Guatemala e México já cumpriram a meta da ONU sobre a água, "nesses países, 95% das pessoas sem acesso a fontes de água potável vivem em zona rurais".
No que se refere ao saneamento básico, as disparidades são ainda maiores. Enquanto 86% dos habitantes urbanos têm acesso a esse serviço, no campo esse percentual cai para 49%.
Essas diferenças "são especialmente notáveis em dois países muito povoados: Brasil e México", indica o estudo.
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Leia o que já foi publicado sobre o Unicef
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Unicef aponta aumento no acesso ao saneamento na América Latina
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A América Latina é a região em desenvolvimento que está mais perto de alcançar antecipadamente o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio sobre o acesso à água potável e ao saneamento básico, afirma um relatório publicado hoje pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O estudo indica que o número de pessoas que não tem acesso à água adequada para consumo caiu de 74 milhões para 50 milhões entre 1990 e 2004, o que representou um aumento da cobertura de 83% para 91%.
A população latino-americana com acesso ao saneamento básico aumentou de 68% para 77% no mesmo período, o que significa que 127 milhões de pessoas passaram a se beneficiar desse serviço. Mas, para alcançar a meta, é necessário que outros 103 milhões (10 milhões por ano) tenham acesso até 2015.
O conselheiro de Emergências, Saúde e Água do Unicef, Paul Sherlock, disse à Efe que, embora "estatisticamente a América Latina já tenha cumprido suas metas em ambos os aspectos (considerando a região como um todo), não se pode generalizar, pois não é o que acontece em todos os lugares".
"Em muitas áreas, principalmente nas áreas rurais, ainda resta um longo caminho a percorrer", ressaltou, dando como exemplo "muitas áreas da América Central onde ainda há enormes problemas".
O mesmo ocorre, acrescentou, em amplas zonas de países específicos, "como em áreas rurais do Peru ou em conflito da Colômbia, que nunca alcançarão a meta".
A Unicef calcula que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo não tenham acesso à água potável e que 2,6 bilhões careçam de serviços de saneamento.
Além da América Latina, outras regiões em desenvolvimento que estão no caminho para alcançar o objetivo de desenvolvimento do milênio em relação à água são a Ásia oriental e o Pacífico, o Oriente Médio e a África do Norte, enquanto na África subsaariana as taxas deixam poucas esperanças.
Essas regiões também apresentam progressos consideráveis no que se refere ao acesso ao saneamento básico.
Enquanto a situação do acesso à água no sul da Ásia deixa a desejar, o número de pessoas desta região que podem contar com saneamento básico quase duplicou entre 1990 e 2004, passando de 17% para 33%, graças à Índia e à China.
No entanto, independentemente da região avaliada, as maiores disparidades no acesso à água potável e ao saneamento ocorrem entre as áreas rurais e urbanas. Enquanto nas regiões urbanas a taxa de acesso é de 95%, no campo esse índice cai para 73%.
Assim, dos mais de 1,2 bilhão de pessoas que tiveram acesso à água potável entre 1990 e 2004, quase dois terços vivem em zonas urbanas e entre 1 bilhão de pessoas que continuam sem acesso, cerca de 900 milhões vivem no campo.
Na América Latina, o acesso à água potável no meio urbano é alto, com índices de 96%, enquanto nas regiões rurais é de 73%. No total, 34 milhões dos 50 milhões de habitantes da região que não têm água salubre vivem em áreas rurais.
O Unicef alerta que, em alguns dos países da região que apresentam uma cobertura urbana maior, a divisão entre o meio rural e urbano é grande.
O Brasil é um dos países que apresentam essa disparidade, assim como o Chile e o Paraguai.
Enquanto 96% dos brasileiros que vivem em áreas urbanas têm acesso à água potável, no campo este mesmo índice cai para 57%.
No Chile, 100% dos habitantes urbanos têm abastecimento de água potável, frente a 58% no meio rural, enquanto no Paraguai este índice é de 99% contra 68%.
Enquanto Chile, Equador, Guatemala e México já cumpriram a meta da ONU sobre a água, "nesses países, 95% das pessoas sem acesso a fontes de água potável vivem em zona rurais".
No que se refere ao saneamento básico, as disparidades são ainda maiores. Enquanto 86% dos habitantes urbanos têm acesso a esse serviço, no campo esse percentual cai para 49%.
Essas diferenças "são especialmente notáveis em dois países muito povoados: Brasil e México", indica o estudo.
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