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09/10/2006
-
08h18
da Folha Online
A Coréia do Norte anunciou nesta segunda-feira a realização de um teste nuclear, em uma ação amplamente rejeitada pela comunidade internacional.
Se confirmada a realização do teste, o país estará entre os nove do mundo que possuem armas nucleares, ao lado dos Estados Unidos, Rússia, França, China, Reino Unido, Índia, Paquistão e Israel.
Segundo a KCNA, agência de notícias oficial norte-coreana, o teste nuclear subterrâneo foi concluído "com sucesso" e "não houve vazamento e energia nuclear".
"O teste marca um evento histórico, bastante encorajado pela população norte-coreana, que sempre desejou ter a capacidade de auto-defesa", disse a KCNA, acrescentando que a ação foi "um grande passo na construção de uma nação socialista próspera e poderosa".
Houve relatos conflitantes a respeito do tamanho da explosão. A Coréia do Sul indicou que ela foi relativamente pequena, mas, segundo a Rússia, a arma testada pode ser tão potente quanto as bombas nucleares lançadas contra o Japão durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O centro de controle sísmico sul-coreano informou que um tremor de 3,6 graus foi sentido no momento em que o teste teria sido realizado. Já o ministro russo da Defesa, Serguei Ivanov, afirmou que a bomba atômica utilizada teve uma potência de "5 a 15 quilotons".
A bomba atômica que atingiu Hiroshima, no Japão, em 6 de agosto de 1945, tinha poder destrutivo de cerca de 15 quilotons.
Um quiloton é o equivalente a mil toneladas do explosivo TNT.
EUA
A suposta realização do teste causou reação da comunidade internacional e receio a respeito do risco de desestabilização da região. Os EUA pediram uma "ação imediata" do Conselho de Segurança da ONU e, ao lado do Japão, devem pedir a imposição de novas sanções ao país.
"Um teste nuclear da Coréia do Norte constituiria um ato provocativo, que desafia a posição da comunidade internacional e nosso apelo para deter tais ações, além de agravar as tensões no nordeste da Ásia", disse o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow.
"Nós esperamos que o Conselho de Segurança tome medidas imediatas para responder a este ato", acrescentou Snow, dizendo que os EUA "monitoram de perto a situação".
Uma resolução do CS, adotada em julho último, impôs sanções contra a Coréia do Norte e exigiu o retorno do país às negociações em torno do tema. A Coréia do Norte rejeitou o pedido.
Japão
O premiê japonês, Shinzo Abe afirmou que "o desenvolvimento e posse de armas nucleares" por parte da Coréia do Norte prejudica a segurança no norte da Ásia e coloca o mundo em uma "nova e perigosa era nuclear". Ele disse ainda que seu país "tomará duras medidas" a respeito.
"A Coréia do Norte será responsabilizada pela situação que criou", disse Abe.
Neste domingo, em Pequim, Abe e o presidente chinês, Hu Jintao, prometeram trabalhar lado a lado para deter o governo norte-coreano.
A China, principal aliado a Coréia do Norte, disse nesta segunda-feira que Pequim "se opõe completamente" ao teste nuclear e que espera que Pyongyang "retorne às negociações".
O presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, afirmou que o teste "dificulta" o comprometimento de seu país com a Coréia do Norte. "Nesta situação, fica difícil manter o acordo de paz", afirmou.
As duas Coréias, que lutaram entre 1950 e 1953, deram fim ao conflito sem acordo de paz e têm a fronteira mais armada do mundo. Os dois países tentaram se aproximar a partir de 2000, quando aconteceu o primeiro encontro diplomático entre representantes de ambas as Coréias.
Com agências internacionais
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A Coréia do Norte anunciou nesta segunda-feira a realização de um teste nuclear, em uma ação amplamente rejeitada pela comunidade internacional.
Se confirmada a realização do teste, o país estará entre os nove do mundo que possuem armas nucleares, ao lado dos Estados Unidos, Rússia, França, China, Reino Unido, Índia, Paquistão e Israel.
Segundo a KCNA, agência de notícias oficial norte-coreana, o teste nuclear subterrâneo foi concluído "com sucesso" e "não houve vazamento e energia nuclear".
"O teste marca um evento histórico, bastante encorajado pela população norte-coreana, que sempre desejou ter a capacidade de auto-defesa", disse a KCNA, acrescentando que a ação foi "um grande passo na construção de uma nação socialista próspera e poderosa".
Houve relatos conflitantes a respeito do tamanho da explosão. A Coréia do Sul indicou que ela foi relativamente pequena, mas, segundo a Rússia, a arma testada pode ser tão potente quanto as bombas nucleares lançadas contra o Japão durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O centro de controle sísmico sul-coreano informou que um tremor de 3,6 graus foi sentido no momento em que o teste teria sido realizado. Já o ministro russo da Defesa, Serguei Ivanov, afirmou que a bomba atômica utilizada teve uma potência de "5 a 15 quilotons".
A bomba atômica que atingiu Hiroshima, no Japão, em 6 de agosto de 1945, tinha poder destrutivo de cerca de 15 quilotons.
Um quiloton é o equivalente a mil toneladas do explosivo TNT.
EUA
A suposta realização do teste causou reação da comunidade internacional e receio a respeito do risco de desestabilização da região. Os EUA pediram uma "ação imediata" do Conselho de Segurança da ONU e, ao lado do Japão, devem pedir a imposição de novas sanções ao país.
AP |
Soldado sul-coreano mira arma automática em fronteira; Coréia do Norte anuncia teste nuclear |
"Nós esperamos que o Conselho de Segurança tome medidas imediatas para responder a este ato", acrescentou Snow, dizendo que os EUA "monitoram de perto a situação".
Uma resolução do CS, adotada em julho último, impôs sanções contra a Coréia do Norte e exigiu o retorno do país às negociações em torno do tema. A Coréia do Norte rejeitou o pedido.
Japão
O premiê japonês, Shinzo Abe afirmou que "o desenvolvimento e posse de armas nucleares" por parte da Coréia do Norte prejudica a segurança no norte da Ásia e coloca o mundo em uma "nova e perigosa era nuclear". Ele disse ainda que seu país "tomará duras medidas" a respeito.
"A Coréia do Norte será responsabilizada pela situação que criou", disse Abe.
Neste domingo, em Pequim, Abe e o presidente chinês, Hu Jintao, prometeram trabalhar lado a lado para deter o governo norte-coreano.
A China, principal aliado a Coréia do Norte, disse nesta segunda-feira que Pequim "se opõe completamente" ao teste nuclear e que espera que Pyongyang "retorne às negociações".
O presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, afirmou que o teste "dificulta" o comprometimento de seu país com a Coréia do Norte. "Nesta situação, fica difícil manter o acordo de paz", afirmou.
As duas Coréias, que lutaram entre 1950 e 1953, deram fim ao conflito sem acordo de paz e têm a fronteira mais armada do mundo. Os dois países tentaram se aproximar a partir de 2000, quando aconteceu o primeiro encontro diplomático entre representantes de ambas as Coréias.
Com agências internacionais
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