Publicidade
Publicidade
09/10/2006
-
19h17
da Folha Online
A Coréia do Norte anunciou nesta segunda-feira um bem-sucedido teste com uma bomba nuclear, num claro sinal de desafio do presidente norte-coreano, Kim Jong-il, às potências que lutam para barrar as intenções de Pyongyang. A ação acirrou ainda mais as tensões e desencadeou a condenação de vários países, entre eles o Brasil, e também da ONU (Organização das Nações Unidas).
A resposta mais dura, como já era esperado, partiu do governo norte-americano, que pediu sanções imediatas à Coréia do Norte e disse que seu Exército está pronto para atingir mísseis inimigos e responder a quaisquer ameaças feitas por Pyongyang.
O novo esboço de resolução que os EUA propuseram hoje na reunião do CS da ONU é formado por 13 pontos, que incluem a proibição a todos os países de comercializar com a Coréia do Norte materiais que possam ser utilizados para fabricar armas de destruição em massa, a realização de inspeções em importações e exportações norte-coreanas e o fim de transações financeiras que possam ajudar seu programa nuclear.
A Casa Branca disse que poderá demorar até dois dias para confirmar a realização do teste nuclear norte-coreano. O porta-voz do governo americano, Tony Snow, disse que "o que quer que tenha acontecido, tratou-se claramente de uma provocação".
Snow reafirmou que independentemente da confirmação do teste, os EUA continuarão a pressionar o Conselho de Segurança (CS) da ONU para a aprovação de sanções contra a Coréia do Norte.
O presidente americano, George W. Bush, disse que o teste nuclear é inaceitável e "representa uma ameaça à paz e segurança globais". Segundo ele, a Coréia do Norte será "totalmente responsabilizada" pelas conseqüências de suas ações.
Uma resolução do CS, adotada em julho último, já impôs algumas sanções contra a Coréia do Norte e exigiu o retorno do país às negociações em torno do tema --o que foi rejeitado.
De acordo com informações de autoridades norte-americanas, Pyongyang dispõe de duas ou três armas atômicas, 20 instalações nucleares, entre 2.500 e 5.000 toneladas de armas químicas e dez tipos armas bacteriológicas.
De acordo com informações da Federation American Scientists (FAS), os mísseis que a Coréia do Norte possui hoje podem alcançar a Coréia do Sul e o Japão. Mas Pyongyang estaria desenvolvendo dois novos mísseis, o Taepo Dong 2 e sua versão de três etapas, que pretendem alcançar alvos dentro dos Estados Unidos.
Veja lista de mísseis da Coréia do Norte:
Scud B
Alcance: 300 km
Carga: 1.000 kg
Scud C
Alcance: 550 km
Carga: 1.000 kg
Nodong
Alcance: 1.300 km
Carga: 750 kg
Taepo Dong 1
Alcance: 1.500 km a 2.000 km
Carga: 770 kg
Em desenvolvimento
Taepo Dong 2
Alcance: 5.000 km a 6.000 km
Carga: 1.000 kg
Taepo Dong 2 [com três etapas --previsto para 2015]
Alcance: 10 mil km a 12 mil km
Carga: 2.000 kg
Atualmente, existem cinco potências nucleares declaradas: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Outros três países possuiriam tecnologia atômica: Índia, Israel e Paquistão.
Força dos EUA
A Agência de Defesa de Mísseis, responsável pelo programa de defesa contra mísseis do Exército, deve assinar ainda no começo de 2007 um contrato para comprar novas unidades do sistema, conhecido como Defesa Terminal de Grandes Altitudes (Thaad, na sigla em inglês). Segundo o coronel Charles Driessnack, o sistema já se provou eficaz e poderia interceptar mísseis inimigos inclusive da Coréia do Norte.
O Thaad, parte do sistema de defesa do governo de George W. Bush, foi desenvolvido para destruir mísseis inimigos durante a fase final de seu vôo. O sistema é feito para impedir a queda de mísseis em alvos americanos a partir do disparo de seus próprios mísseis, que interceptariam os inimigos. A idéia é fazer os dois colidirem e serem destruídos no ar.
Esperava-se que o sistema que estivesse pronto para operar apenas em 2009. De acordo com Driessnack, no entanto, o Thaad continuará em testes, mas ficará em alerta desde já para ser usado caso necessário.
Os equipamentos que compõem o sistema do Thaad foram recentemente removidos de uma locação no Novo México para outra, na ilha Kauai (Havaí). A realocação foi finalizada no dia 4 de outubro.
Com agências internacionais
Leia mais
Criador do programa nuclear paquistanês ajudou a Coréia do Norte
Brasil condena teste nuclear da Coréia do Norte
Mais de 2.000 testes nucleares foram feitos no mundo desde 1945
Entenda o caso dos testes nucleares da Coréia do Norte
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear da Coréia do Norte
EUA pedem sanções imediatas contra a Coréia do Norte
Publicidade
A Coréia do Norte anunciou nesta segunda-feira um bem-sucedido teste com uma bomba nuclear, num claro sinal de desafio do presidente norte-coreano, Kim Jong-il, às potências que lutam para barrar as intenções de Pyongyang. A ação acirrou ainda mais as tensões e desencadeou a condenação de vários países, entre eles o Brasil, e também da ONU (Organização das Nações Unidas).
Fotomontagem/AP |
Os presidentes George W. Bush (à esq.), dos EUA, e Kim Jong-il, da Coréia do Norte |
O novo esboço de resolução que os EUA propuseram hoje na reunião do CS da ONU é formado por 13 pontos, que incluem a proibição a todos os países de comercializar com a Coréia do Norte materiais que possam ser utilizados para fabricar armas de destruição em massa, a realização de inspeções em importações e exportações norte-coreanas e o fim de transações financeiras que possam ajudar seu programa nuclear.
A Casa Branca disse que poderá demorar até dois dias para confirmar a realização do teste nuclear norte-coreano. O porta-voz do governo americano, Tony Snow, disse que "o que quer que tenha acontecido, tratou-se claramente de uma provocação".
Snow reafirmou que independentemente da confirmação do teste, os EUA continuarão a pressionar o Conselho de Segurança (CS) da ONU para a aprovação de sanções contra a Coréia do Norte.
O presidente americano, George W. Bush, disse que o teste nuclear é inaceitável e "representa uma ameaça à paz e segurança globais". Segundo ele, a Coréia do Norte será "totalmente responsabilizada" pelas conseqüências de suas ações.
Uma resolução do CS, adotada em julho último, já impôs algumas sanções contra a Coréia do Norte e exigiu o retorno do país às negociações em torno do tema --o que foi rejeitado.
De acordo com informações de autoridades norte-americanas, Pyongyang dispõe de duas ou três armas atômicas, 20 instalações nucleares, entre 2.500 e 5.000 toneladas de armas químicas e dez tipos armas bacteriológicas.
De acordo com informações da Federation American Scientists (FAS), os mísseis que a Coréia do Norte possui hoje podem alcançar a Coréia do Sul e o Japão. Mas Pyongyang estaria desenvolvendo dois novos mísseis, o Taepo Dong 2 e sua versão de três etapas, que pretendem alcançar alvos dentro dos Estados Unidos.
Veja lista de mísseis da Coréia do Norte:
Scud B
Alcance: 300 km
Carga: 1.000 kg
Scud C
Alcance: 550 km
Carga: 1.000 kg
Nodong
Alcance: 1.300 km
Carga: 750 kg
Taepo Dong 1
Alcance: 1.500 km a 2.000 km
Carga: 770 kg
Em desenvolvimento
Taepo Dong 2
Alcance: 5.000 km a 6.000 km
Carga: 1.000 kg
Taepo Dong 2 [com três etapas --previsto para 2015]
Alcance: 10 mil km a 12 mil km
Carga: 2.000 kg
Atualmente, existem cinco potências nucleares declaradas: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Outros três países possuiriam tecnologia atômica: Índia, Israel e Paquistão.
Força dos EUA
A Agência de Defesa de Mísseis, responsável pelo programa de defesa contra mísseis do Exército, deve assinar ainda no começo de 2007 um contrato para comprar novas unidades do sistema, conhecido como Defesa Terminal de Grandes Altitudes (Thaad, na sigla em inglês). Segundo o coronel Charles Driessnack, o sistema já se provou eficaz e poderia interceptar mísseis inimigos inclusive da Coréia do Norte.
O Thaad, parte do sistema de defesa do governo de George W. Bush, foi desenvolvido para destruir mísseis inimigos durante a fase final de seu vôo. O sistema é feito para impedir a queda de mísseis em alvos americanos a partir do disparo de seus próprios mísseis, que interceptariam os inimigos. A idéia é fazer os dois colidirem e serem destruídos no ar.
Esperava-se que o sistema que estivesse pronto para operar apenas em 2009. De acordo com Driessnack, no entanto, o Thaad continuará em testes, mas ficará em alerta desde já para ser usado caso necessário.
Os equipamentos que compõem o sistema do Thaad foram recentemente removidos de uma locação no Novo México para outra, na ilha Kauai (Havaí). A realocação foi finalizada no dia 4 de outubro.
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice