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31/10/2006
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19h19
da Folha Online
Um dos nomes mais lembrados na lista de possíveis sucessores de João Paulo 2º, o cardeal arcebispo de São Paulo dom Cláudio Hummes nasceu em Montenegro (RS), em 1934. Educado em colégios administrados por religiosos, aos 24 anos decidiu tornar-se padre. Ele se tornou sacerdote em Divinópolis (MG) em 1958.
Hummes tem formação em filosofia e ecumenismo, com cursos feitos no Vaticano e na Suíça. Seu lema episcopal é: "Vós sois todos irmãos". Entre 1975 e 1996, ele foi bispo da Diocese de Santo André, no ABC paulista. Nesta época, o cardeal atuou seguindo a linha definida por dom Paulo Evaristo Arns, contestando algumas posturas do regime militar.
Nos anos 80, dom Cláudio apoiou as greves dos sindicatos de metalúrgicos deflagradas na região do ABC, durante o processo de abertura política. Ficou conhecido por permitir que os sindicatos, que foram colocados na ilegalidade pelos militares, reunissem-se em igrejas para articular suas ações.
Em 1996, tornou-se arcebispo de Fortaleza, cidade na qual permaneceu por pouco mais de um ano, já que em 1998 foi escolhido para suceder dom Paulo Evaristo Arns em São Paulo. Em janeiro de 2001 foi se tornou cardeal, o segundo posto mais alto na hierarquia da Igreja Católica, atrás apenas do papa. No mês seguinte, foi à Roma receber do próprio João Paulo 2º o anel e o chapéu cardinalicio, que confirmam sua nomeação.
No final de 2004, dom Cláudio foi nomeado pelo papa João Paulo 2º membro da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé, segundo informa a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Este organismo foi instituído por Paulo 6º, em 1967, e reúne sete membros, todos cardeais. O objetivo é examinar os relatórios sobre o estado patrimonial e econômico, assim como os balanços dos organismos da Santa Sé; exercer a vigilância sobre as iniciativas econômicas; emitir parecer sobre os projetos de maior importância; e questionar sobre danos ao patrimônio da Santa Sé, a fim de promover ações penais ou civis, se forem necessárias.
Passagem pela Igreja
Dom Claudio integrou a Congregação para a Doutrina da Fé, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; Congregação para os Bispos, Pontifício Conselho para a Família, Pontifício Conselho da Cultura, Pontifício Conselho para os Leigos, Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Pontifício Conselho "Cor Unum", Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), e Conselho Ordinário da Secretaria Geral dos Sínodo dos Bispos.
Antes de virar bispo, dom Cláudio foi professor de Filosofia e Cooperador Paroquial em Daltro Filho, Garibaldi (RS) (1963-1968); diretor da Faculdade de Filosofia de Viamão (RS) e professor de filosofia nesta Faculdade e na PUC de Porto Alegre (RS) (1969-1972). Ele também foi superior Provincial dos Franciscanos do Rio Grande do Sul (1972-1975); assessor da CNBB para o Ecumenismo (1965-1968); presidente da União das Conferências Latino-americanas dos Franciscanos (1973-1974); formador dos estudantes de filosofia dos Franciscanos (1969-1972).
O arcebispo fez o ensino fundamental e básico na Escola Paroquial Santo André e no Seminário Seráfico São Francisco em Taquari (RS), onde também fez o ensino médio. Depois ele estudou filosofia no Convento S. Boaventura, em Garibaldi (RS), e teologia em Divinópolis (MG).
Dom Cláudio fez especialização em Ecumenismo, no Institut Oecuménique de Bossey em Genebra, na Suíça. Seu doutorado em filosofia foi feito em Roma, na Itália.
Confira as obras publicadas por dom Cláudio:
- Renovação das provas tradicionais da existência de Deus por Maurice Blondel em L'Action (1893), Braga 1964;
- Co-autoria do livro Fé e Compromisso Político' (Paulinas-1982);
- Sempre Discípulos de Cristo - Retiro Espiritual do Papa e da Cúria Romana, São Paulo (Paulus-2002) traduzido para o Italiano.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Claudio Hummes
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Um dos nomes mais lembrados na lista de possíveis sucessores de João Paulo 2º, o cardeal arcebispo de São Paulo dom Cláudio Hummes nasceu em Montenegro (RS), em 1934. Educado em colégios administrados por religiosos, aos 24 anos decidiu tornar-se padre. Ele se tornou sacerdote em Divinópolis (MG) em 1958.
Hummes tem formação em filosofia e ecumenismo, com cursos feitos no Vaticano e na Suíça. Seu lema episcopal é: "Vós sois todos irmãos". Entre 1975 e 1996, ele foi bispo da Diocese de Santo André, no ABC paulista. Nesta época, o cardeal atuou seguindo a linha definida por dom Paulo Evaristo Arns, contestando algumas posturas do regime militar.
AP |
Dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo |
Nos anos 80, dom Cláudio apoiou as greves dos sindicatos de metalúrgicos deflagradas na região do ABC, durante o processo de abertura política. Ficou conhecido por permitir que os sindicatos, que foram colocados na ilegalidade pelos militares, reunissem-se em igrejas para articular suas ações.
Em 1996, tornou-se arcebispo de Fortaleza, cidade na qual permaneceu por pouco mais de um ano, já que em 1998 foi escolhido para suceder dom Paulo Evaristo Arns em São Paulo. Em janeiro de 2001 foi se tornou cardeal, o segundo posto mais alto na hierarquia da Igreja Católica, atrás apenas do papa. No mês seguinte, foi à Roma receber do próprio João Paulo 2º o anel e o chapéu cardinalicio, que confirmam sua nomeação.
AP |
O papa João Paulo 2º recebe d. Cláudio Hummes |
No final de 2004, dom Cláudio foi nomeado pelo papa João Paulo 2º membro da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé, segundo informa a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Este organismo foi instituído por Paulo 6º, em 1967, e reúne sete membros, todos cardeais. O objetivo é examinar os relatórios sobre o estado patrimonial e econômico, assim como os balanços dos organismos da Santa Sé; exercer a vigilância sobre as iniciativas econômicas; emitir parecer sobre os projetos de maior importância; e questionar sobre danos ao patrimônio da Santa Sé, a fim de promover ações penais ou civis, se forem necessárias.
Passagem pela Igreja
Dom Claudio integrou a Congregação para a Doutrina da Fé, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; Congregação para os Bispos, Pontifício Conselho para a Família, Pontifício Conselho da Cultura, Pontifício Conselho para os Leigos, Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Pontifício Conselho "Cor Unum", Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), e Conselho Ordinário da Secretaria Geral dos Sínodo dos Bispos.
Antes de virar bispo, dom Cláudio foi professor de Filosofia e Cooperador Paroquial em Daltro Filho, Garibaldi (RS) (1963-1968); diretor da Faculdade de Filosofia de Viamão (RS) e professor de filosofia nesta Faculdade e na PUC de Porto Alegre (RS) (1969-1972). Ele também foi superior Provincial dos Franciscanos do Rio Grande do Sul (1972-1975); assessor da CNBB para o Ecumenismo (1965-1968); presidente da União das Conferências Latino-americanas dos Franciscanos (1973-1974); formador dos estudantes de filosofia dos Franciscanos (1969-1972).
O arcebispo fez o ensino fundamental e básico na Escola Paroquial Santo André e no Seminário Seráfico São Francisco em Taquari (RS), onde também fez o ensino médio. Depois ele estudou filosofia no Convento S. Boaventura, em Garibaldi (RS), e teologia em Divinópolis (MG).
Dom Cláudio fez especialização em Ecumenismo, no Institut Oecuménique de Bossey em Genebra, na Suíça. Seu doutorado em filosofia foi feito em Roma, na Itália.
Confira as obras publicadas por dom Cláudio:
- Renovação das provas tradicionais da existência de Deus por Maurice Blondel em L'Action (1893), Braga 1964;
- Co-autoria do livro Fé e Compromisso Político' (Paulinas-1982);
- Sempre Discípulos de Cristo - Retiro Espiritual do Papa e da Cúria Romana, São Paulo (Paulus-2002) traduzido para o Italiano.
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