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06/11/2006 - 10h58

Entenda as eleições nos EUA

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da Folha Online

Nesta terça-feira, cerca de 200 milhões de eleitores nos Estados Unidos irão às urnas para renovar toda a Câmara dos Representantes (deputados), um terço do Senado e 36 governadores dos 50 Estados do país. O voto nos EUA não é obrigatório.

Pela primeira vez em uma década, os democratas têm a possibilidade de retomar a maioria no Congresso americano. Após quatro décadas de controle do Partido Democrata, atualmente são os republicanos que têm maioria e controlam a Câmara dos Representantes e o Senado.

Os republicanos ocupam 230 das 435 cadeiras para deputados, enquanto os democratas ocupam 201. Já o Senado é composto por 55 republicanos, 44 democratas e um senador independente. Para retomar o controle da Câmara dos Representantes, os democratas precisam ganhar 15 cadeiras a mais do que possuem hoje.

No Senado, cada Estado americano é igualmente representado por dois membros, de um total de cem representantes. O partido que obtiver o maior número de assentos no Senado é conhecido como majoritário.

Se o número de cadeiras de dois ou mais partidos for igual, quem decide o partido da maioria é o vice-presidente [Dick Cheney], que também exerce a função de presidente do Senado.

Os senadores cumprem um mandato de seis anos. A cada dois anos são escolhidos os ocupantes de um terço das cadeiras do Senado por meio de eleições.

Urnas

Mais de 80% dos eleitores usarão urnas eletrônicas. Um terço dos distritos eleitorais utilizará a tecnologia eletrônica pela primeira vez neste ano.

As mudanças fazem parte de uma pressão nacional após problemas na apuração nas eleições de 2000, que deram origem à "Help America Vote Act", lei que destina US$ 3,9 bilhões para a substituição das antigas máquinas de votação e programas de educação sobre o direito ao voto.

Nas eleições presidenciais de 2004, democratas protestaram devido a supostas irregularidades no processo eleitoral em Ohio, incluindo questionamentos na apuração dos votos e problemas com máquinas em distritos predominantemente democratas.

No entanto, segundo especialistas, os problemas --que colocaram em questionamento 119 mil votos-- não eram graves o suficiente para questionar a reeleição de George W. Bush.

Iraque

Segundo especialistas, o principal motivo do favoritismo democrata é o conflito no Iraque, que causou queda na popularidade do presidente republicano George W. Bush.

Ontem, a apenas dois dias da votação, o Tribunal Penal Iraquiano condenou o ex-ditador Saddam Hussein à forca pelas mortes de 148 xiitas em Dujail (norte do Iraque), em 1982.

A decisão foi vista por críticos nos EUA como uma tentativa republicana de aumentar a popularidade do partido entre os eleitores.

Outro fator que prejudica o Partido Republicano na disputa são os sucessivos escândalos de corrupção e outros crimes envolvendo seus legisladores. O caso mais recente foi o do deputado Mark Foley, acusado de trocar e-mails com teor sexual com estagiários do Congresso.

Pesquisas

Apesar do favoritismo democratas, na véspera da votação, uma pesquisa realizada pelo Instituto Pew indica uma queda na intenção de voto nos democratas, de 50% para 47%.

Já a intenção de voto nos republicanos subiu de 39%, há duas semanas, para 43%.

De acordo com o diretor do Instituto Pew, Andrew Kohut, a mudança foi causada pela queda do apoio dos independentes aos democratas.

Uma segunda pesquisa, realizada pelo jornal "USA Today" em parceria com o Instituto Gallup, apontou que os democratas tem vantagem de 51% das intenções de voto, contra 44% dos republicanos.

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