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07/11/2006 - 23h19

Daniel Ortega vence eleição presidencial na Nicarágua

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da Folha Online

O ex-guerrilheiro sandinista Daniel Ortega ganhou a eleição para a Presidência da Nicarágua com 38,07% dos votos, informou nesta terça-feira o Conselho Supremo Eleitoral (CSE) do país após a apuração de 91,48% das urnas.

Ortega superou o banqueiro Eduardo Montealegre, da Aliança Liberal Nicaragüense (ALN, direita), que obteve 29% dos votos; José Rizo, do Partido Liberal Constitucionalista (PLC, direita), com 26,21%; Edmundo Jarquín, do Movimento Renovador Sandinista (MRS, esquerda), que recebeu 6,44%; e Edén Pastora, da Alternativa pela Mudança, com 0,27%.

Pela lei nicaragüense, Ortega precisava de pelo menos 35% dos votos e cinco pontos de vantagem sobre o segundo colocado para ganhar no primeiro turno.

Logo após a divulgação do resultado, Eduardo Montealegre, o principal adversário de Ortega, reconheceu a vitória do líder sandinista. "O resultado favorece Daniel Ortega, para quem já telefonei para cumprimentar pela vitória", disse Montealegre.

Ortega terá agora que negociar com a oposição de direita no Parlamento, já que não obteve maioria para impulsionar seu programa de governo de corte social. Segundo resultados parciais divulgados pelo Conselho Supremo Eleitoral (CSE), a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) obterá entre 37 e 40 assentos, bem menos do que os 47 necessários para aprovar reformas ordinárias e os 56 exigidos para reformar a Constituição.

Parlamento

À nova Câmara, na qual se sentam 90 parlamentares eleitos mais o presidente em final de mandato e o candidato presidencial perdedor com maior votação, serão incorporados de 27 a 29 deputados da Aliança Liberal Nicaragüense (ALN, de direita), de Eduardo Montealegre, e de quatro a seis deputados do Movimento de Renovação Sandinista (MRS, esquerda).

O Partido Liberal Constitucionalista (PLC, de direita) é o grande perdedor. Depois dos 52 deputados que conseguiu eleger em 2001, só terá entre 19 e 22 na próxima legislatura. A ALN, nascida da cisão do PLC em 2006, estaria planejando fazer alianças com deputados deste partido e o MRS para impulsionar sua própria agenda legislativa, disse Jamileth Bonilla, legisladora dissidente daquela que foi a principal força política do país.

A FSLN precisará de alianças com a oposição no Parlamento para o cumprimento de suas promessas de campanha, como a formação de um banco de fomento, redução dos altos salários de alguns funcionários do Estado e inclusão no de fundos liberados ao país por conta do perdão da dívida externa.

Os últimos dois governos de direita destinaram por meio do Orçamento parte desses recursos ao pagamento da dívida interna contraída com bancos privados.

Com France Presse

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