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08/11/2006
-
15h18
da Folha Online
Após assegurar a maioria na Câmara dos Representantes nas eleições legislativas, o Partido Democrata volta sua atenção para disputa acirrada pela liderança no Senado, que pode levar a um pedido de recontagem de votos.
A disputa pela maioria na casa está voltada para os Estados de Montana e Virgínia.
Em Montana, o senador republicano Conrad Burns, ficou com apenas 1.500 votos a menos que o democrata Jon Tester, faltando apenas o anúncio dos resultados de um dos distritos eleitorais. A lei do Estado permite que seja pedida recontagem de votos devido à diferença pequena.
Na Virgínia, o republicano George Allen ficou atrás do democrata Jim Webb por uma diferença de menos de 1% dos votos, o que também permite que o partido derrotado peça recontagem.
Recontagens podem prolongar a incerteza a respeito da liderança no Senado. Segundo Bowen Greenwood, diretor de comunicações de Montana, o procedimento pode levar "certo tempo".
Na Virgínia, um pedido formal de recontagem não pode ser pedido antes do anúncio dos resultados oficiais, previsto para 27 de novembro, segundo a Comissão Eleitoral do Estado.
A vitória em um dos dois Estados garantiria aos democratas 50 cadeiras no Senado --mesmo número que os republicanos. No entanto, para obter a maioria, o partido teria que vencer nos dois Estados, já que, em caso de empate, o voto decisivo é do vice-presidente Dick Cheney.
Câmara
Nesta quarta-feira, os democratas comemoraram a vitória na Câmara, que deu fim a um período de 12 anos de liderança republicana. O resultado é visto como um repúdio à política americana no Iraque e aos recentes escândalos sexuais e de corrupção envolvendo republicanos.
"O povo americano votou pela mudança", afirmou Nancy Pelosi, líder da minoria democrata na Câmara, que deve liderar a casa. "Hoje, nós fizemos história, agora, faremos progresso", disse.
Além da Presidência da Câmara de Representantes, os democratas também devem comandar as comissões que elaboram os projetos legislativos e supervisionam áreas como o funcionamento das Forças Armadas, a política externa e o Orçamento.
Segundo os últimos números, os democratas já conquistaram 228 das 435 cadeiras da Câmara --número suficiente para obter a liderança-- e tendem a obter outras quatro, o que lhes daria um total de 232 assentos. Já os republicanos --que atualmente possuem 229 cadeiras-- obtiveram apenas 195 e podem conquistar mais oito, somando um total de 203.
Nas eleições de 2006, embora analistas previssem que o sistema de votos distrital pudesse beneficiar os republicanos, os resultados apontam perda do prestígio do partido em todas os tipos de regiões do país --conservadoras, liberais ou moderadas-- e em todos os tipos de distritos -- urbanos, rurais ou suburbanos.
Pesquisas de boca-de-urna mostraram que eleitores de classe média, que apoiavam os republicanos há 12 anos, votaram nos democratas desta vez.
Estados
Os democratas também venceram as eleições para governadores, obtendo o controle de 28 dos 36 Estados.
Os republicanos foram derrotados não só em Estados como Nova York e Massachusetts, onde a vitória já era esperada, mas também em locais como Colorado, Ohio e Arkansas.
Entre os governadores, o republicano Arnold Schwarzenegger derrotou seu rival democrata, o tesoureiro de Estado Phil Angelides, e foi reeleito na Califórnia. Nos últimos meses, o ex-ator recuperou sua popularidade ao se afastar do presidente George W. Bush em questões como a luta contra o aquecimento global.
Derrota
A guerra no Iraque e razões éticas foram apontadas como as principais razões que levaram à vitória democrata na Câmara, segundo pesquisa de boca-de-urna realizada por redes de TV americanas.
De acordo com a sondagem, três em cada quatro eleitores afirmaram que a corrupção atribuída republicanos foi o principal fator que os levou a votar no Partido Democrata. Já outros seis em cada dez eleitores disseram que o principal fator de decisão era a desaprovação da guerra no Iraque. O mesmo número de pessoas disse estar insatisfeita com o presidente George W. Bush.
O presidente George W. Bush disse estar "decepcionado" com os resultados das eleições legislativas, segundo o assessor político Dan Bartlett.
Bush dará uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, às 13h (16h de Brasília), para analisar as conseqüências da votação.
Muçulmano
Keith Ellison, um advogado que propôs a retirada das tropas americanas do Iraque, foi eleito como o primeiro membro muçulmano negro da Câmara de Representantes, pelo Estado de Minnesota.
Ellison derrotou o republicano Alan Fine e sucederá o democrata Martin Sabo, que anunciou sua aposentadoria e ocupava o posto desde 1993.
As redes de TV disseram que Ellison não baseou a campanha na religião, mas grande parte de seu apoio veio da comunidade de imigrantes somalis, em sua maioria muçulmanos e contrários à guerra do Iraque.
Com agências internacionais
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EUA podem recontar votos para definir maioria no Senado
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Após assegurar a maioria na Câmara dos Representantes nas eleições legislativas, o Partido Democrata volta sua atenção para disputa acirrada pela liderança no Senado, que pode levar a um pedido de recontagem de votos.
A disputa pela maioria na casa está voltada para os Estados de Montana e Virgínia.
Em Montana, o senador republicano Conrad Burns, ficou com apenas 1.500 votos a menos que o democrata Jon Tester, faltando apenas o anúncio dos resultados de um dos distritos eleitorais. A lei do Estado permite que seja pedida recontagem de votos devido à diferença pequena.
Na Virgínia, o republicano George Allen ficou atrás do democrata Jim Webb por uma diferença de menos de 1% dos votos, o que também permite que o partido derrotado peça recontagem.
Reuters |
Eleitores democratas comemoram vitória na Câmara; maioria no Senado segue indefinida |
Na Virgínia, um pedido formal de recontagem não pode ser pedido antes do anúncio dos resultados oficiais, previsto para 27 de novembro, segundo a Comissão Eleitoral do Estado.
A vitória em um dos dois Estados garantiria aos democratas 50 cadeiras no Senado --mesmo número que os republicanos. No entanto, para obter a maioria, o partido teria que vencer nos dois Estados, já que, em caso de empate, o voto decisivo é do vice-presidente Dick Cheney.
Câmara
Nesta quarta-feira, os democratas comemoraram a vitória na Câmara, que deu fim a um período de 12 anos de liderança republicana. O resultado é visto como um repúdio à política americana no Iraque e aos recentes escândalos sexuais e de corrupção envolvendo republicanos.
"O povo americano votou pela mudança", afirmou Nancy Pelosi, líder da minoria democrata na Câmara, que deve liderar a casa. "Hoje, nós fizemos história, agora, faremos progresso", disse.
Além da Presidência da Câmara de Representantes, os democratas também devem comandar as comissões que elaboram os projetos legislativos e supervisionam áreas como o funcionamento das Forças Armadas, a política externa e o Orçamento.
Segundo os últimos números, os democratas já conquistaram 228 das 435 cadeiras da Câmara --número suficiente para obter a liderança-- e tendem a obter outras quatro, o que lhes daria um total de 232 assentos. Já os republicanos --que atualmente possuem 229 cadeiras-- obtiveram apenas 195 e podem conquistar mais oito, somando um total de 203.
Nas eleições de 2006, embora analistas previssem que o sistema de votos distrital pudesse beneficiar os republicanos, os resultados apontam perda do prestígio do partido em todas os tipos de regiões do país --conservadoras, liberais ou moderadas-- e em todos os tipos de distritos -- urbanos, rurais ou suburbanos.
Pesquisas de boca-de-urna mostraram que eleitores de classe média, que apoiavam os republicanos há 12 anos, votaram nos democratas desta vez.
Estados
Os democratas também venceram as eleições para governadores, obtendo o controle de 28 dos 36 Estados.
Os republicanos foram derrotados não só em Estados como Nova York e Massachusetts, onde a vitória já era esperada, mas também em locais como Colorado, Ohio e Arkansas.
Entre os governadores, o republicano Arnold Schwarzenegger derrotou seu rival democrata, o tesoureiro de Estado Phil Angelides, e foi reeleito na Califórnia. Nos últimos meses, o ex-ator recuperou sua popularidade ao se afastar do presidente George W. Bush em questões como a luta contra o aquecimento global.
Derrota
A guerra no Iraque e razões éticas foram apontadas como as principais razões que levaram à vitória democrata na Câmara, segundo pesquisa de boca-de-urna realizada por redes de TV americanas.
De acordo com a sondagem, três em cada quatro eleitores afirmaram que a corrupção atribuída republicanos foi o principal fator que os levou a votar no Partido Democrata. Já outros seis em cada dez eleitores disseram que o principal fator de decisão era a desaprovação da guerra no Iraque. O mesmo número de pessoas disse estar insatisfeita com o presidente George W. Bush.
O presidente George W. Bush disse estar "decepcionado" com os resultados das eleições legislativas, segundo o assessor político Dan Bartlett.
Bush dará uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, às 13h (16h de Brasília), para analisar as conseqüências da votação.
Muçulmano
Keith Ellison, um advogado que propôs a retirada das tropas americanas do Iraque, foi eleito como o primeiro membro muçulmano negro da Câmara de Representantes, pelo Estado de Minnesota.
Ellison derrotou o republicano Alan Fine e sucederá o democrata Martin Sabo, que anunciou sua aposentadoria e ocupava o posto desde 1993.
As redes de TV disseram que Ellison não baseou a campanha na religião, mas grande parte de seu apoio veio da comunidade de imigrantes somalis, em sua maioria muçulmanos e contrários à guerra do Iraque.
Com agências internacionais
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