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09/11/2006
-
20h46
da Folha Online
O presidente boliviano Evo Morales pediu, nesta quinta-feira, que os Estados Unidos reduzam sua demanda interna por drogas, em resposta ao embaixador daquele país, Philip Goldberg, que pediu a Morales para erradicar a coca excedente e lutar contra o tráfico de entorpecentes.
"Eu gostaria de pedir aos Estados Unidos que reduza a demanda [por drogas]. Se não querem que haja coca excedente, por mais que os companheiros [cocaleiros] façam esforço por uma redução voluntária concertada, e se eles não reduzirem a demanda, continuará havendo coca desviada para a ilegalidade", disse o boliviano, durante um ato de inauguração de um edifício para cultivadores em La Paz.
A resposta de Morales foi registrada depois que Goldberg pedira a redução dos plantios de coca excedente em Chapare, que já fora núcleo da droga no centro do país e também em alguns vales agrícolas no oeste andino boliviano, onde o cultivo da folha excede entre 6.000 e 8.000 hectares da superfície legal permitida pela legislação boliviana.
"Não se pode ter uma política efetiva contra o narcotráfico sem controlar o cultivo de coca excedente", disse o diplomata em reprovação à política antinarcóticos do governante, que em vez de "coca zero" --como prometeram governos anteriores-- prometeu "cocaína e narcotráfico zero".
"Para nós [americanos] qualquer folha de coca que se converta em cocaína é inaceitável, é um problema mundial e não é nosso problema somente", insistiu Goldberg.
O governo do mandatário esquerdista da Bolívia, que surgiu na vida política como líder de cultivadores de coca, incentiva o cultivo de um "cato" (1.600 metros quadrados) de coca para cada família de agricultores em Chapare e Yungas.
Esta política representa um incremento de 3.200 hectares de coca sobre as 12.000 permitidas por lei.
O governo americano outorgou um prazo de seis meses para que Morales revise sua política antinarcóticos. Caso contrario, ameaçou suspender uma ajuda de cerca de US$ 100 milhões por ano.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Evo Morales
Leia o que já foi publicado sobre narcotráfico
Evo Morales pede que EUA reduzam demanda interna por drogas
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O presidente boliviano Evo Morales pediu, nesta quinta-feira, que os Estados Unidos reduzam sua demanda interna por drogas, em resposta ao embaixador daquele país, Philip Goldberg, que pediu a Morales para erradicar a coca excedente e lutar contra o tráfico de entorpecentes.
"Eu gostaria de pedir aos Estados Unidos que reduza a demanda [por drogas]. Se não querem que haja coca excedente, por mais que os companheiros [cocaleiros] façam esforço por uma redução voluntária concertada, e se eles não reduzirem a demanda, continuará havendo coca desviada para a ilegalidade", disse o boliviano, durante um ato de inauguração de um edifício para cultivadores em La Paz.
A resposta de Morales foi registrada depois que Goldberg pedira a redução dos plantios de coca excedente em Chapare, que já fora núcleo da droga no centro do país e também em alguns vales agrícolas no oeste andino boliviano, onde o cultivo da folha excede entre 6.000 e 8.000 hectares da superfície legal permitida pela legislação boliviana.
"Não se pode ter uma política efetiva contra o narcotráfico sem controlar o cultivo de coca excedente", disse o diplomata em reprovação à política antinarcóticos do governante, que em vez de "coca zero" --como prometeram governos anteriores-- prometeu "cocaína e narcotráfico zero".
"Para nós [americanos] qualquer folha de coca que se converta em cocaína é inaceitável, é um problema mundial e não é nosso problema somente", insistiu Goldberg.
O governo do mandatário esquerdista da Bolívia, que surgiu na vida política como líder de cultivadores de coca, incentiva o cultivo de um "cato" (1.600 metros quadrados) de coca para cada família de agricultores em Chapare e Yungas.
Esta política representa um incremento de 3.200 hectares de coca sobre as 12.000 permitidas por lei.
O governo americano outorgou um prazo de seis meses para que Morales revise sua política antinarcóticos. Caso contrario, ameaçou suspender uma ajuda de cerca de US$ 100 milhões por ano.
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