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25/11/2006
-
17h36
NICOLAS CHEVIRON
da France Presse, em Istambul
Quase todos os representantes da pequena comunidade católica da Turquia, formada por cerca de 28 mil fiéis, sem distinção de línguas nem rituais eucarísticos, se reunirão dia 1º de dezembro para receber o papa Bento 16 em Istambul.
A visita à Turquia será a quinta do pontificado de Bento 16 e a primeira que o papa realiza a um país de maioria muçulmana, que já recebeu Paulo 6º, em 1967, e João Paulo 2º, em 1979, enquanto João 23 foi delegado apostólico no país antes de ser eleito sumo pontífice. Na visita, dividida em três partes, ele quase não terá contato com o cidadãos turcos.
O fato de falar aramaico ou italiano ou de celebrar missa segundo rituais latinos, bizantinos ou armênios não impedirá ninguém de acolher em comunhão o chefe da Igreja Católica.
Em frente à catedral do Espírito Santo de Istambul, onde o sumo pontífice rezará sua única missa católica na cidade, a catequista filipina de nome Anna organiza a distribuição das entradas para assistir à eucaristia e ver o papa.
Os ingressos estão acabando. Conforme estabelecido no protocolo, dos 1.100 lugares disponíveis, somente 600 ou 700 serão para os fiéis de diversas igrejas católicas de Istambul. Os paroquianos do Espírito Santo terão de se conformar com 40 lugares.
"Já perdi uma visita do papa nas Filipinas em 1969, espero não perder esta", diz preocupada uma fiel, contanto que várias de suas amigas, as que trabalham em hotéis, serão obrigadas a trabalhar no dia da visita do papa. Assim como Anna, muitas pessoas estão orgulhosas hoje de serem membro da principal comunidade da paróquia do Espírito Santo.
Macaire, um camaronês de 23 anos que sonha ir para a Itália, não participa dos preparativos para a recepção do papa, mas jura que tirará sua camisa, estampada com a franse "Puta Madre 69", se tiver a oportunidade de se aproximar do pontífice.
O coral da igreja, que está ensaiando há dois meses o repertório pentecostal em vários idiomas, não se salva do cosmopolitismo. Entre seus membros estão gregos ortodoxos, armênios católicos e inclusive muçulmanos, sem contar algumas antigas divas da ópera de Istambul apaixonadas pelo canto sacro dos fiéis do Espírito Santo.
'A palavra-chave é 'Deus é amor'", resume Isin Guven, uma das duas cantoras de ópera. "E além disso aqui existe uma família magnífica", acrescenta.
Outros três corais completarão o dispositivo musical preparado para a missa de Bento 16: um austríaco, um armênio e um grupo caldeu que representa os membros locais da comunidade e os milhares de refugiados vindos do Iraque.
Na falta do coral, os 1.200 siríacos católicos serão representados por seu vigário patriarcal.
Os católicos do ritual bizantino constituem a última peça deste mosaico, mas ainda não se manifestaram sobre a visita de Bento 16. "Não conheço mais de cinco, mas há", afirmou o vigário apostólico de Istambul, Louis Pelâtre.
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da France Presse, em Istambul
Quase todos os representantes da pequena comunidade católica da Turquia, formada por cerca de 28 mil fiéis, sem distinção de línguas nem rituais eucarísticos, se reunirão dia 1º de dezembro para receber o papa Bento 16 em Istambul.
A visita à Turquia será a quinta do pontificado de Bento 16 e a primeira que o papa realiza a um país de maioria muçulmana, que já recebeu Paulo 6º, em 1967, e João Paulo 2º, em 1979, enquanto João 23 foi delegado apostólico no país antes de ser eleito sumo pontífice. Na visita, dividida em três partes, ele quase não terá contato com o cidadãos turcos.
Alessandro Bianchi/AP |
Papa Bento 16 fará visita à Turquia do dia 28 de novembro ao dia 1º de dezembro |
Em frente à catedral do Espírito Santo de Istambul, onde o sumo pontífice rezará sua única missa católica na cidade, a catequista filipina de nome Anna organiza a distribuição das entradas para assistir à eucaristia e ver o papa.
Os ingressos estão acabando. Conforme estabelecido no protocolo, dos 1.100 lugares disponíveis, somente 600 ou 700 serão para os fiéis de diversas igrejas católicas de Istambul. Os paroquianos do Espírito Santo terão de se conformar com 40 lugares.
"Já perdi uma visita do papa nas Filipinas em 1969, espero não perder esta", diz preocupada uma fiel, contanto que várias de suas amigas, as que trabalham em hotéis, serão obrigadas a trabalhar no dia da visita do papa. Assim como Anna, muitas pessoas estão orgulhosas hoje de serem membro da principal comunidade da paróquia do Espírito Santo.
Macaire, um camaronês de 23 anos que sonha ir para a Itália, não participa dos preparativos para a recepção do papa, mas jura que tirará sua camisa, estampada com a franse "Puta Madre 69", se tiver a oportunidade de se aproximar do pontífice.
O coral da igreja, que está ensaiando há dois meses o repertório pentecostal em vários idiomas, não se salva do cosmopolitismo. Entre seus membros estão gregos ortodoxos, armênios católicos e inclusive muçulmanos, sem contar algumas antigas divas da ópera de Istambul apaixonadas pelo canto sacro dos fiéis do Espírito Santo.
'A palavra-chave é 'Deus é amor'", resume Isin Guven, uma das duas cantoras de ópera. "E além disso aqui existe uma família magnífica", acrescenta.
Outros três corais completarão o dispositivo musical preparado para a missa de Bento 16: um austríaco, um armênio e um grupo caldeu que representa os membros locais da comunidade e os milhares de refugiados vindos do Iraque.
Na falta do coral, os 1.200 siríacos católicos serão representados por seu vigário patriarcal.
Os católicos do ritual bizantino constituem a última peça deste mosaico, mas ainda não se manifestaram sobre a visita de Bento 16. "Não conheço mais de cinco, mas há", afirmou o vigário apostólico de Istambul, Louis Pelâtre.
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