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03/12/2006 - 18h38

Venezuela tem eleição marcada por calma e grande comparecimento às urnas

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da Efe, em Caracas
da Folha Online

As eleições na Venezuela foram marcadas hoje por um clima de tranqüilidade e pelo comparecimento maciço dos eleitores às urnas.

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) informou que os postos de votação na Venezuela começaram a fechar um pouco depois das 16h local (18h de Brasília).

A alta participação nas primeiras horas do dia e o ambiente de normalidade nos centros de votação, apesar das longas filas, foram os fatores mais destacados até agora, em que 16 milhões de venezuelanos foram convocados para eleger o chefe do governo nos próximos seis anos.

Até o momento, todos os meios de comunicação venezuelanos cumpriram o compromisso de não divulgar pesquisas de boca-de-urna, como foi pedido pelo CNE em uma tentativa de não desencadear confusões.

Diretores do CNE afirmaram que estas eleições serão "um marco de participação", embora não tenham fornecido porcentagens oficiais. Segundo fontes do CNE, o comparecimento pode ser de mais de 70%.

Os principais candidatos são o presidente Hugo Chávez, que tenta a reeleição, e o governador do Estado de Zulia, Manuel Rosales.

Tanto Chávez como Rosales, pólos opostos da vida política venezuelana, ressaltaram em suas declarações o "civismo" da população, e a resposta às convocações às urnas.

Em Caracas, o fluxo de eleitores foi grande, tanto nos bairros de classe média e alta, onde Rosales conta com mais simpatizantes, como nos bairros populares, nos quais se concentram majoritariamente os eleitores de Chávez.

O presidente, com sua proposta de "aprofundar" o processo rumo ao que chama de "socialismo do século 21", votou em um centro de um populoso bairro de Caracas, onde advertiu sobre a necessidade de aceitar "com democracia e maturidade política" os resultados apontados pelas urnas.

Chávez, que a maioria das pesquisas --publicadas antes do domingo passado, data limite para sua difusão-- apontam como favorito, se mostrou sorridente em suas breves declarações à imprensa, ao sair da sessão eleitoral em que chegou dirigindo um Fusca vermelho, cor que caracteriza o "chavismo".

Rosales, por sua vez, votou em Maracaibo, capital de seu estado natal de Zulia, de onde também é governador, em meio a um enorme alvoroço dos meios de comunicação e de partidários, que o cumprimentaram sob o grito de "Se atreva", seu lema de campanha.

Rosales, que quer dar um novo rumo ao país, em direção a uma "democracia social", denunciou atrasos e supostos problemas com o sistema automatizado de votação em regiões na quais supostamente é favorito, e pediu ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que agilize o processo.

Ao longo da manhã, os reitores do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) --poder autônomo encarregado de organizar o processo eleitoral, garantir seu cumprimento e anunciar os resultados após a apuração-- ressaltaram o ambiente de normalidade que prevalece em todo o país. Apenas quatro pequenos incidentes foram registrados.

Os membros do Conselho também lembraram aos eleitores que o sistema eletrônico de votação aplicado na Venezuela foi aprovado por especialistas e representantes de todos os partidos, e que é absolutamente "confiável".

Eles explicaram como os eleitores devem agir na hora de votar, para que não se enganem na hora de optar por seu candidato e não ocorram problemas.

Segundo a maioria das pesquisas publicadas, Chávez teria uma vantagem de entre 10 e 20 pontos em relação a Rosales, embora algumas outras pesquisas apontassem um empate ou até mesmo a vitória do candidato opositor.

Segundo grande parte desses estudos, Rosales teve uma grande ascensão nas intenções de voto, embora sem chegar a alcançar seu rival.

Caso a vitória de Chávez seja confirmada, o foco estará na margem de votos que conseguirá, determinante para implementar seu anunciado plano para aprofundar a "revolução socialista" e reformar a Constituição para permitir a reeleição indefinida.

Especial
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