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04/12/2006
-
20h38
da France Presse, em Washington
Os Estados Unidos elogiaram nesta segunda-feira o comportamento dos venezuelanos durante a eleição de domingo, vencida pelo presidente Hugo Chávez, e se declararam dispostos a buscar "oportunidades para trabalhar" com este governo, o mais crítico da região em relação a Washington.
"Elogiamos a Venezuela pela forma com a qual transcorreram as eleições", disse o porta-voz do departamento de Estado Sean McCormack em entrevista coletiva, ressaltando, no entanto, que espera a divulgação dos relatórios dos observadores internacionais.
O porta-voz também afirmou que seu país está disposto a trabalhar com o governo de Hugo Chávez.
"O presidente Chávez foi reeleito para outro mandato, e desejamos estabelecer um relacionamento positivo e construtivo com o governo da Venezuela", sustentou.
"Buscaremos oportunidades de trabalhar com o governo venezuelano", acrescentou McCormack.
Chávez liderava a apuração com 61,62% dos votos, contra 38,12% dados ao candidato da oposição Manuel Rosales e 24,36% de abstenções, depois da apuração de 85% dos votos.
Prevendo o cenário de vitória chavista, os especialistas multiplicaram recomendações a George W. Bush ante à perspectiva de outros seis anos de difícil convivência com um governo venezuelano.
"Os Estados Unidos precisam enfrentar os problemas subjacentes de desigualdade e pobreza que alimentam a atração de Chávez. Restaurar a liderança americana exigirá mudança significativa na forma com a qual os Estados Unidos expressam sua visão da região andina e da América Latina em seu conjunto", assinalou um informe do Conselho privado de Relações Exteriores de Washington, intitulado "Vivendo com Hugo".
Depois da eleição, "o governo Bush deve manter conversações [...] com funcionários venezuelanos numa variedade de assuntos bilaterais. [...] Este gesto [...] ajudaria a demonstrar à região que os Estados Unidos tentam trabalhar de maneira pragmática com Caracas, apesar da retórica de Chávez", acrescentou.
Mas alguns duvidam de que se produzam mudanças fundamentais.
"Não espero grandes mudanças", disse Riordan Roett, especialista da Universidade John Hopkins em política latino-americana.
Para Roett, o cenário é basicamente o mesmo: os Estados Unidos precisam do petróleo da Venezuela, a Venezuela necessita vender petróleo aos Estados Unidos, a retórica antiamericanista de Chávez prossegue, explicou.
Efetivamente, nos primeiros comentários após a eleição, Chávez retomou sua eloquência contra Washington, que chegou ao auge este ano quando qualificou o presidente Bush de "diabo", "tirano" e "mentiroso" durante pronunciamento na Assembléia Geral da ONU em setembro.
"Demos uma lição de dignidade ao imperialismo americano", afirmou Chávez para seus partidários, apesar de ter reconhecido horas antes do final dos comícios como positivos os últimos comentários da diplomacia americana sobre a Venezuela.
A Venezuela mantém relações tensas com os Estados Unidos, que não vê com bons olhos a aproximação do presidente venezuelano ao regime de Fidel Castro, em Cuba, ou ao governo iraniano.
Chávez denuncia de forma sistemática o que define como o "imperialismo americano" no mundo, e chegou a pedir, inclusive, que o presidente Bush seja julgado por "genocídio", depois da invasão ao Iraque.
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Estados Unidos estão dispostos a trabalhar com Chávez
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Os Estados Unidos elogiaram nesta segunda-feira o comportamento dos venezuelanos durante a eleição de domingo, vencida pelo presidente Hugo Chávez, e se declararam dispostos a buscar "oportunidades para trabalhar" com este governo, o mais crítico da região em relação a Washington.
"Elogiamos a Venezuela pela forma com a qual transcorreram as eleições", disse o porta-voz do departamento de Estado Sean McCormack em entrevista coletiva, ressaltando, no entanto, que espera a divulgação dos relatórios dos observadores internacionais.
O porta-voz também afirmou que seu país está disposto a trabalhar com o governo de Hugo Chávez.
"O presidente Chávez foi reeleito para outro mandato, e desejamos estabelecer um relacionamento positivo e construtivo com o governo da Venezuela", sustentou.
"Buscaremos oportunidades de trabalhar com o governo venezuelano", acrescentou McCormack.
Chávez liderava a apuração com 61,62% dos votos, contra 38,12% dados ao candidato da oposição Manuel Rosales e 24,36% de abstenções, depois da apuração de 85% dos votos.
Prevendo o cenário de vitória chavista, os especialistas multiplicaram recomendações a George W. Bush ante à perspectiva de outros seis anos de difícil convivência com um governo venezuelano.
"Os Estados Unidos precisam enfrentar os problemas subjacentes de desigualdade e pobreza que alimentam a atração de Chávez. Restaurar a liderança americana exigirá mudança significativa na forma com a qual os Estados Unidos expressam sua visão da região andina e da América Latina em seu conjunto", assinalou um informe do Conselho privado de Relações Exteriores de Washington, intitulado "Vivendo com Hugo".
Depois da eleição, "o governo Bush deve manter conversações [...] com funcionários venezuelanos numa variedade de assuntos bilaterais. [...] Este gesto [...] ajudaria a demonstrar à região que os Estados Unidos tentam trabalhar de maneira pragmática com Caracas, apesar da retórica de Chávez", acrescentou.
Mas alguns duvidam de que se produzam mudanças fundamentais.
"Não espero grandes mudanças", disse Riordan Roett, especialista da Universidade John Hopkins em política latino-americana.
Para Roett, o cenário é basicamente o mesmo: os Estados Unidos precisam do petróleo da Venezuela, a Venezuela necessita vender petróleo aos Estados Unidos, a retórica antiamericanista de Chávez prossegue, explicou.
Efetivamente, nos primeiros comentários após a eleição, Chávez retomou sua eloquência contra Washington, que chegou ao auge este ano quando qualificou o presidente Bush de "diabo", "tirano" e "mentiroso" durante pronunciamento na Assembléia Geral da ONU em setembro.
"Demos uma lição de dignidade ao imperialismo americano", afirmou Chávez para seus partidários, apesar de ter reconhecido horas antes do final dos comícios como positivos os últimos comentários da diplomacia americana sobre a Venezuela.
A Venezuela mantém relações tensas com os Estados Unidos, que não vê com bons olhos a aproximação do presidente venezuelano ao regime de Fidel Castro, em Cuba, ou ao governo iraniano.
Chávez denuncia de forma sistemática o que define como o "imperialismo americano" no mundo, e chegou a pedir, inclusive, que o presidente Bush seja julgado por "genocídio", depois da invasão ao Iraque.
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