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05/12/2006
-
05h21
da Efe, em Sydney, Austrália
da Folha Online
O comandante das Forças Armadas de Fiji, Frank Basinamarama, anunciou nesta terça-feira que tomou o poder no país e destituiu o governo do primeiro-ministro Laisenia Qarase.
Em entrevista coletiva, o comandante justificou o golpe de Estado como forma de acabar com a crise política, segundo o site de notícias "Fijilive". Jona Senilagakali foi nomeado primeiro-ministro interino até a formação de um novo governo interino.
Basinamarama disse que não pretende prender o primeiro-ministro deposto nem os membros de seu gabinete. Ele disse que a Constituição de 1997 continua em vigor, exceto pelos poderes de emergência.
Pouco antes da entrevista coletiva, Qarase havia denunciado que estava sob prisão domiciliar, com vários de seus ministros, e que soldados cercavam sua casa.
"Estou sob prisão domiciliar e o que vai acontecer depois ninguém sabe", disse Qarase na sua casa, onde estava acompanhado de pelo menos nove ministros, entre eles o de Relações Exteriores, Kaliopate Tavola.
"Como primeiro-ministro apóio e defendo nossa Constituição, o Estado de direito e a democracia parlamentar em Fiji", disse o governante deposto, em comunicado.
O presidente do país, Ratu Josefa Iloilo, tinha dado sinal verde aos militares para tomar o poder.
País dividido
A disputa entre o governo e o Exército em Fiji começou com uma exigência de Bainimarama de que a administração retirasse do Parlamento dois projetos de lei.
Qarase retirou o projeto de lei para anistiar os líderes do golpe de 2000, mas assegurou que não isto representa uma concessão ao Exército.
O outro projeto, que continua em tramitação, garante a concessão de terras litorâneas aos fijianos indígenas.
Bainimarama, por sua vez, ignora todas as chamadas do governo para que renuncie por sua ingerência nos assuntos políticos da nação, dando lugar a contínuos rumores de golpe de Estado desde o início deste mês.
O conflito tem suas raízes na rivalidade entre a comunidade indígena e a de origem indiana, e na difícil situação econômica. Um total de 51% dos 906 mil habitantes de Fiji tem origem melanésia e polinésia, enquanto 44% são descendentes de indianos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Fiji
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Forças Armadas anunciam golpe de Estado em Fiji
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da Folha Online
O comandante das Forças Armadas de Fiji, Frank Basinamarama, anunciou nesta terça-feira que tomou o poder no país e destituiu o governo do primeiro-ministro Laisenia Qarase.
Em entrevista coletiva, o comandante justificou o golpe de Estado como forma de acabar com a crise política, segundo o site de notícias "Fijilive". Jona Senilagakali foi nomeado primeiro-ministro interino até a formação de um novo governo interino.
Reuters |
O chefe das Forças Armadas de Fiji, Frank Bainimarama, tomou o poder nesta terça-feira |
Pouco antes da entrevista coletiva, Qarase havia denunciado que estava sob prisão domiciliar, com vários de seus ministros, e que soldados cercavam sua casa.
"Estou sob prisão domiciliar e o que vai acontecer depois ninguém sabe", disse Qarase na sua casa, onde estava acompanhado de pelo menos nove ministros, entre eles o de Relações Exteriores, Kaliopate Tavola.
"Como primeiro-ministro apóio e defendo nossa Constituição, o Estado de direito e a democracia parlamentar em Fiji", disse o governante deposto, em comunicado.
O presidente do país, Ratu Josefa Iloilo, tinha dado sinal verde aos militares para tomar o poder.
País dividido
A disputa entre o governo e o Exército em Fiji começou com uma exigência de Bainimarama de que a administração retirasse do Parlamento dois projetos de lei.
Qarase retirou o projeto de lei para anistiar os líderes do golpe de 2000, mas assegurou que não isto representa uma concessão ao Exército.
O outro projeto, que continua em tramitação, garante a concessão de terras litorâneas aos fijianos indígenas.
Bainimarama, por sua vez, ignora todas as chamadas do governo para que renuncie por sua ingerência nos assuntos políticos da nação, dando lugar a contínuos rumores de golpe de Estado desde o início deste mês.
O conflito tem suas raízes na rivalidade entre a comunidade indígena e a de origem indiana, e na difícil situação econômica. Um total de 51% dos 906 mil habitantes de Fiji tem origem melanésia e polinésia, enquanto 44% são descendentes de indianos.
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