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05/12/2006 - 12h13

Italiano diz ter dito "tudo o que sabe" sobre morte de ex-espião

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da Efe, em Roma

O professor Mario Scaramella, hospitalizado em Londres após serem encontrados traços de polônio 210 em seu corpo, afirmou em entrevista publicada nesta terça-feira em um jornal italiano que passou ao Parlamento "tudo o que sabe" sobre o ex-espião Alexander Litvinenko.

Scaramella negou ao jornal "La Repubblica" que possua informações sobre o assassinato da jornalista russa Anna Politkovskaya e do envenenamento de Litvinenko.

Ele é assessor da Comissão Mitrokhin, criada pelo Parlamento italiano para analisar documentos dos serviços secretos soviéticos sobre atividades na Itália, e esteve com Litvinenko no restaurante onde supostamente este foi contaminado pelo polônio 210, em 1º de novembro.

Reuters
Mario Scaramella, que garante ter dito "tudo o que sabe" sobre ex-espião envenenado
A imprensa italiana divulgou na segunda-feira que Scaramella poderia anunciar novidades sobre o caso, mas este explicou que toda a informação que possui sobre o suposto plano para eliminar ele mesmo, Litvinenko, Politkovskaya e o presidente da Comissão Mitrokhin, o senador do Forza Itália Paolo Guzzanti, está em poder do Parlamento italiano.

Segundo Scaramella, todos eles estavam ameaçados de morte por "ter relações com o magnata Boris Berezovsky", mas afirmou que nem ele nem Guzzanti conhecem o empresário russo. Ainda não se sabe que papel Berezovsky desempenha na trama.

Plano

Scaramella comentou que explicou a Litvinenko que existia um plano para eliminá-los, mas não quis revelar quais eram suas fontes.

O italiano ressaltou que também foi contaminado com polônio durante seu encontro com Litvinenko no restaurante japonês. O hospital de Londres assegura que Scaramella foi contaminado, mas não em índices preocupantes, e, após os últimos exames de hoje, receberá alta, como informou seu advogado, Sergio Rastrelli.

"Segundo a agência para a proteção da saúde inglesa, eu já tinha que estar à beira da morte. No entanto, os médicos do hospital afirmam que não corro perigo", explicou Scaramella.

Na Itália, Scaramella se tornou alvo da imprensa depois que foi revelado que o senador Guzzanti, do partido liderado por Silvio Berlusconi, tinha tentado usar o assessor para fazer um relatório que acusasse o premiê italiano, Romano Prodi, e outros líderes da esquerda de relações com os serviços secretos russos.

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