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05/12/2006 - 19h58

Autoridades confirmam que italiano não está intoxicado

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da Efe, em Londres

Mario Scaramella, o professor italiano que se reuniu com o ex-espião russo Alexander Litvinenko no dia em que ele adoeceu, continua "bem" e sem sintomas de intoxicação por polônio 210, informaram hoje as autoridades sanitárias.

Em comunicado, a Agência de Proteção da Saúde (HPA, sigla em inglês) indicou que as análises patológicas realizadas com o paciente "continuam sendo normais", enquanto "os resultados dos testes secundários de contaminação são encorajadores". O órgão sanitário espera pelos resultados das provas definitivas.

Scaramella se reuniu em 1º de novembro em um restaurante japonês do centro de Londres com Alexander Litvinenko, que morreu em 23 de novembro em decorrência de envenenamento por uma alta dose de polônio 210.

Por enquanto, no Reino Unido, os testes realizados com apenas duas pessoas deram resultado positivo de contaminação para a substância. Elas são o acadêmico italiano e um familiar adulto de Litvinenko, que a imprensa diz ser a mulher do ex-espião, Marina.

Embora as análises tenham detectado polônio em seus organismos, nenhuma das duas pessoas apresenta sintomas de intoxicação.

"As pessoas com quem Scaramella teve contato continuam sem correr nenhum risco", assegurou a HPA.

A agência também informou que o familiar de Litvinenko também não corre risco de ser acometido por uma doença a curto prazo.

Hoje, a linha de atendimento do Serviço Nacional de Saúde (NHS, sigla em inglês) recebeu 3.167 chamadas de pessoas preocupadas com a possibilidade de terem sido expostas a radiação.

Dessas pessoas, 244 ficaram em observação e 28 foram encaminhadas, por precaução, a clínicas especializadas, informou a HPA.

Também como medida preventiva, foram colhidas amostras de urina de 71 pessoas do pessoal do órgão sanitário.

Após a realização na semana passada da autópsia do ex-espião, cujos resultados ainda não foram divulgados, o funeral de Litvinenko deve ser realizado no final desta semana em Londres, em cerimônia privada, segundo informam os meios de comunicação britânicos.

A HPA confirmou hoje que quantidades mínimas de radiação, "quase impossíveis de detectar", foram encontradas no estádio do clube londrino de futebol Arsenal, no norte da cidade.

Uma porta-voz ressaltou que esses resíduos quase imperceptíveis não representam "risco para a saúde pública".

O Arsenal jogou em 1º de novembro, quando Litvinenko adoeceu, uma partida da Liga dos Campeões contra a equipe russa CSKA Moscou, à qual, supostamente, assistiram os dois compatriotas russos com os quais o ex-agente secreto se reuniu em um hotel de Londres no mesmo dia.

Atualmente, as autoridades analisam também possíveis resíduos radioativos em dois luxuosos hotéis da cadeia Parkes Hotel, no centro de Londres.

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