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06/12/2006
-
09h33
da France Presse
da Folha Online
O ex-agente dos serviços especiais russos Andrei Lugovoi afirmou que será interrogado nesta quarta-feira pela Scotland Yard em Moscou, como parte da investigação sobre a morte do ex-espião Alexander Litvinenko. A informação é da agência de notícias russa Itar-Tass.
"Fui informado oficialmente que meu encontro com os investigadores da Scotland Yard acontecerá nesta quarta-feira, com a participação dos diretores da procuradoria-geral russa", declarou Lugovoi.
Este ex-agente, agora empresário, está em observação hospitalar por uma eventual contaminação radioativa, e disse que seus médicos deram "autorização para esta entrevista".
Lugovoi se reuniu com Litvinenko no hotel Millenium, no centro de Londres, no dia 1º de novembro, um pouco antes do ex-espião russo começar a sentir os sintomas do envenenamento com polônio 210, um elemento altamente radioativo.
Suspeita
Os serviços secretos do Reino Unido estão convencidos de que o envenenamento de Litvinenko --que morreu no dia 23 de novembro após ser contaminado com uma alta dose de polônio 210-- foi autorizado pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, antiga KGB). A informação é de uma reportagem publicada nesta terça-feira (5) no jornal britânico "The Times".
Segundo o jornal, que afirma ter entrevistado fontes dos serviços secretos, o FSB orquestrou um "complô altamente sofisticado" e é possível que alguns de seus ex-agentes envenenaram pessoalmente Litvinenko em Londres.
A participação de um ex-agente do serviço secreto russo tornou mais fácil atrair o ex-espião para reuniões em vários locais de Londres, evitando assim que o Kremlin fosse implicado diretamente na trama, explica o jornal. Antes de morrer, Litvinenko assinou uma carta na qual acusa o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de estar por trás de seu envenenamento.
Além disso, os investigadores britânicos acreditam --segundo o "The Times"-- que apenas agentes do FSB poderiam obter uma quantidade considerável do polônio 210.
Investigação
No dia 1º de novembro, quando foi internado, Litvinenko se reuniu com três russos em um hotel em Londres e posteriormente com Mario Scaramella, um contato italiano, em um restaurante japonês.
Scaramella está atualmente em um hotel em Londres, e exames para detectar uma eventual contaminação por radioatividade no italiano deram resultado positivo.
Nove detetives da Scotland Yard estão hoje em Moscou para entrevistar várias pessoas na investigação sobre a morte de Litvinenko. Nesta semana, a Scotland Yard deve interrogar dois russos: além de Lugovoi, ex-agente do FSB, também Dmitry Kovtun. Ambos encontraram Litvinenko no Hotel Millennium Mayfair no dia do envenenamento.
Traços de polônio foram encontrados nos aviões em que ambos viajaram de Londres a Moscou.
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da Folha Online
O ex-agente dos serviços especiais russos Andrei Lugovoi afirmou que será interrogado nesta quarta-feira pela Scotland Yard em Moscou, como parte da investigação sobre a morte do ex-espião Alexander Litvinenko. A informação é da agência de notícias russa Itar-Tass.
"Fui informado oficialmente que meu encontro com os investigadores da Scotland Yard acontecerá nesta quarta-feira, com a participação dos diretores da procuradoria-geral russa", declarou Lugovoi.
Este ex-agente, agora empresário, está em observação hospitalar por uma eventual contaminação radioativa, e disse que seus médicos deram "autorização para esta entrevista".
Lugovoi se reuniu com Litvinenko no hotel Millenium, no centro de Londres, no dia 1º de novembro, um pouco antes do ex-espião russo começar a sentir os sintomas do envenenamento com polônio 210, um elemento altamente radioativo.
Suspeita
Os serviços secretos do Reino Unido estão convencidos de que o envenenamento de Litvinenko --que morreu no dia 23 de novembro após ser contaminado com uma alta dose de polônio 210-- foi autorizado pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, antiga KGB). A informação é de uma reportagem publicada nesta terça-feira (5) no jornal britânico "The Times".
Segundo o jornal, que afirma ter entrevistado fontes dos serviços secretos, o FSB orquestrou um "complô altamente sofisticado" e é possível que alguns de seus ex-agentes envenenaram pessoalmente Litvinenko em Londres.
A participação de um ex-agente do serviço secreto russo tornou mais fácil atrair o ex-espião para reuniões em vários locais de Londres, evitando assim que o Kremlin fosse implicado diretamente na trama, explica o jornal. Antes de morrer, Litvinenko assinou uma carta na qual acusa o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de estar por trás de seu envenenamento.
Além disso, os investigadores britânicos acreditam --segundo o "The Times"-- que apenas agentes do FSB poderiam obter uma quantidade considerável do polônio 210.
Investigação
No dia 1º de novembro, quando foi internado, Litvinenko se reuniu com três russos em um hotel em Londres e posteriormente com Mario Scaramella, um contato italiano, em um restaurante japonês.
Scaramella está atualmente em um hotel em Londres, e exames para detectar uma eventual contaminação por radioatividade no italiano deram resultado positivo.
Nove detetives da Scotland Yard estão hoje em Moscou para entrevistar várias pessoas na investigação sobre a morte de Litvinenko. Nesta semana, a Scotland Yard deve interrogar dois russos: além de Lugovoi, ex-agente do FSB, também Dmitry Kovtun. Ambos encontraram Litvinenko no Hotel Millennium Mayfair no dia do envenenamento.
Traços de polônio foram encontrados nos aviões em que ambos viajaram de Londres a Moscou.
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