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10/12/2006
-
20h19
da France Presse, em Santiago
O ditador chileno Augusto Pinochet será sepultado sem funerais de Estado ou luto nacional, mas com honras militares, informou neste domingo o secretário-geral de governo Ricardo Lagos Weber.
"O governo autorizou bandeiras a meio mastro nos recintos do Exército e nas unidades militares", disse o porta-voz, no palácio presidencial de La Moneda.
Lagos Weber acrescentou que a autoridade "velará para que haja um clima de tranqüilidade e moderação no país", sem mencionar diretamente as manifestações que milhares de partidários e detratores de Pinochet realizam nas ruas de Santiago, chorando ou celebrando sua morte.
Ditadura
Durante os 17 anos de ditadura de Pinochet, a presidente chilena Michele Bachelet foi detida junto com sua mãe, Angela Jeria, em um centro clandestino de Santiago. Segundo as normas de protocolo da chancelaria chilena, Bachelet não é obrigada a homenagear Pinochet ou mesmo a decretar luto nacional.
No Exército, as honras a que Pinochet tem direito se resumem a um cerimonial previsto para os ex-comandantes-em-chefe da instituição, sepultados sob o som de uma banda de guerra e tiros de canhões.
Cinzas
Segundo fontes no Exército, o mais provável é que os restos do ditador sejam cremados, evitando a existência de um lugar físico que lembre sua figura e que possa ser profanado por seus detratores. Para a família do ditador, Pinochet merece todas as honras por sua qualidade de ex-presidente da República e chefe do Exército.
"Meu pai foi comandante-em-chefe e presidente. Assumiu o poder porque o povo queria, e não podemos negar que ele deixou voluntariamente o poder", destacou, na semana passada, filha mais velha do ditador, Lucía Pinochet.
Em agosto, no entanto, Marco Antonio Pinochet, também filho de Pinochet, disse que a família não está interessada em funerais de Estado. "Não nos interessa, menos ainda vindo de um governo de esquerda como este."
Uma pesquisa publicada neste domingo pelo jornal "La Tercera" destaca que cerca de 55% dos chilenos são contra ou totalmente contra os funerais de Estado para o ex-ditador --ante 27% que se mostraram favoráveis. Cerca de 15% são indiferentes a esse fato.
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Pinochet será sepultado em Santiago sem funerais de Estado
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"O governo autorizou bandeiras a meio mastro nos recintos do Exército e nas unidades militares", disse o porta-voz, no palácio presidencial de La Moneda.
Lagos Weber acrescentou que a autoridade "velará para que haja um clima de tranqüilidade e moderação no país", sem mencionar diretamente as manifestações que milhares de partidários e detratores de Pinochet realizam nas ruas de Santiago, chorando ou celebrando sua morte.
Ditadura
Durante os 17 anos de ditadura de Pinochet, a presidente chilena Michele Bachelet foi detida junto com sua mãe, Angela Jeria, em um centro clandestino de Santiago. Segundo as normas de protocolo da chancelaria chilena, Bachelet não é obrigada a homenagear Pinochet ou mesmo a decretar luto nacional.
No Exército, as honras a que Pinochet tem direito se resumem a um cerimonial previsto para os ex-comandantes-em-chefe da instituição, sepultados sob o som de uma banda de guerra e tiros de canhões.
Cinzas
Segundo fontes no Exército, o mais provável é que os restos do ditador sejam cremados, evitando a existência de um lugar físico que lembre sua figura e que possa ser profanado por seus detratores. Para a família do ditador, Pinochet merece todas as honras por sua qualidade de ex-presidente da República e chefe do Exército.
"Meu pai foi comandante-em-chefe e presidente. Assumiu o poder porque o povo queria, e não podemos negar que ele deixou voluntariamente o poder", destacou, na semana passada, filha mais velha do ditador, Lucía Pinochet.
Em agosto, no entanto, Marco Antonio Pinochet, também filho de Pinochet, disse que a família não está interessada em funerais de Estado. "Não nos interessa, menos ainda vindo de um governo de esquerda como este."
Uma pesquisa publicada neste domingo pelo jornal "La Tercera" destaca que cerca de 55% dos chilenos são contra ou totalmente contra os funerais de Estado para o ex-ditador --ante 27% que se mostraram favoráveis. Cerca de 15% são indiferentes a esse fato.
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