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11/12/2006 - 12h42

Filho de Pinochet barra presença de membros do governo em velório

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da Ansa, em Santiago
da Folha Online

Marco Antonio Pinochet, filho do ditador chileno Augusto Pinochet --morto neste domingo-- disse hoje que gostaria que por "respeito à família" nenhum membro do governo fosse aos ritos fúnebres que começam hoje e terminam amanhã.

Em declarações à rádio Agricultura, Marco Antonio Pinochet rejeitou a decisão do governo da presidente Michelle Bachelet de não prestar honras de Estado a seu pai. "Ele merece as honras de Estado porque se entregou a este país e o tirou de um caos tremendo", disse.

Ele disse ainda que "por respeito à minha família, prefiro que o governo não participe do velório, que venham só aqueles que o apreciavam, porque não quero atos hipócritas, por respeito à minha mãe e a à minha família".

Na semana passada, o governo anunciou que, caso Pinochet morresse, a ministra da Defesa, Vivianne Blanlot, iria a seu velório.

As palavras de Marco Antonio levantam questões sobre como será recebida a ministra no velório de Pinochet, que começa hoje e termina amanhã em uma capela na Escola Militar Libertador Bernardo O'Higgins.

"Chamado"

Sobre a morte de seu pai, Marco Antonio declarou que "quando Deus chama alguém, é preciso partir, sem dúvida vai estar muito mais tranqüilo do lado de lá".

"Nós estamos muito tristes porque nos deixou, mas com alegria porque estava preparado espiritualmente", acrescentou.

Perguntado sobre a celebração de milhares de pessoas que saíram às ruas de todas as cidades do país para comemorar a morte de Pinochet, Marco Antonio comentou que tem pena do que considera "parte da miséria humana".

O filho do ditador confirmou que o corpo de seu pai será cremado, e que as cinzas serão entregues à família.

Morte

O ditador chileno morreu neste domingo, às 14h15 (15h15 pelo horário de Brasília), aos 91 anos, no Hospital Militar de Santiago. Pinochet havia sido internado às pressas na madrugada de domingo (3), após sofrer um ataque cardíaco.

O médico Juan Ignacio Vergara, chefe da equipe médica que atendia Augusto Pinochet, disse que o ditador sofreu um problema cardíaco que não pôde ser superado, apesar de uma série de manobras de reanimação.

Um relatório emitido pelo Hospital Militar de Santiago (às 11h de Brasília de ontem) falava sobre a estabilidade e chances de recuperação de Pinochet.

Quatro horas depois, Pinochet sofreu uma "brusca recaída" e morreu.

Pinochet morreu no mesmo dia do aniversário de sua mulher, Lucía Hiriart Rodríguez, que completa 84 anos. Grupos peruanos defensores dos direitos humanos ressaltaram a ironia de que a morte do ditador chileno Augusto Pinochet tenha ocorrido no Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado neste domingo.

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