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12/12/2006
-
12h03
da Folha Online
A Interpol (polícia internacional) passou a auxiliar as investigações sobre a morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko, 43, que já envolvem a Alemanha, a Rússia e o Reino Unido.
Segundo o chefe do escritório da Interpol em Moscou, 186 membros da polícia internacional foram destacados para auxiliar nos trabalhos e na troca de informações entre os três países.
Litvinenko morreu em um hospital de Londres em 23 de novembro, após ser envenenado com polônio-210 --substância rara e altamente radioativa. Antes de morrer, ele acusou o presidente russo, Vladimir Putin, pelo crime. O Kremlin nega o envolvimento.
"A Interpol foi chamada para acelerar a troca de informações entre os vários países", afirmou Timur Lakhonin, chefe da Interpol em Moscou, à agência de notícias russa Itar-Tass.
As investigações levaram oficiais britânicos à Rússia para interrogar agentes que se reuniram com Litvinenko antes de sua morte. Jornais russos informam que promotores de Moscou se preparam para ir a Londres, onde também devem realizar interrogatórios.
Ontem, investigadores alemães confirmaram que um veículo utilizado por um contato de Litvinenko foi contaminado por polônio radioativo.
Não ficou claro se o contato-- o empresário russo Dmitry Kovtun-- teria ligação com o crime ou seria mais uma vítima. Ele está sendo tratado em Moscou por contaminação radioativa.
Trajeto
De acordo com a reconstituição feita pela polícia, Kovtun chegou a Hamburgo procedente de Moscou em 28 de outubro, a bordo de um avião da companhia Aeroflot.
No aeroporto, o empresário foi levado em um BMW, veículo no qual, após ser localizado e submetido a medição de radiatividade, também foram detectados vestígios de polônio.
Ele seguiu para Londres em 1º de novembro --dia em que Kovtun e mais um russo se reuniram com Litvinenko no Hotel Millennium, em Londres, e em que o ex-espião começou a sentir-se mal.
No domingo (10), autoridades alemãs afirmaram ter encontrado traços de polônio 210 no apartamento da ex-mulher de Kovtun em Hamburgo, onde ele passou a noite antes de seguir para Londres.
A equipe alemã não informou se Kovtun estaria sendo investigado pela morte de Litvinenko.
Reunião
Kovtun se reuniu com Litvinenko no Pine Bar, do hotel Millennium Mayfair, em Londres, no dia 1º de novembro. Ao menos dez pessoas que estiveram no Pine Bar neste dia foram contaminadas com radiação: sete funcionários do hotel, Litvinenko, Kovtun e Andrei Lugovoi, um terceiro empresário russo presente no encontro com o ex-espião.
Traços de polônio foram encontrados nos aviões em que ambos os russos viajaram de Londres a Moscou. Lugovoi, agora um empresário, declarou que não tem nada a ver com a história do envenenamento por radioatividade de Litvinenko e recordou que os traços dessa radiação podem ser encontrados em qualquer pessoa que tenha estado em contato com a vítima.
A porta-voz da polícia alemã Ulrike Sweden afirmou hoje que ainda não está claro se Kovtun retornou para Hamburgo depois de se encontrar com Litvinenko --o que poderia explicar a contaminação encontrada. Segundo ela, tanto uma pessoa quanto um objeto poderiam ser fontes da radiação encontrada no apartamento em Hamburgo.
Litvinenko foi coronel do Serviço Federal de Segurança (antigo KGB) e vivia desde 2000 como refugiado no Reino Unido, onde o governo lhe havia concedido nacionalidade britânica.
Com agências internacionais
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A Interpol (polícia internacional) passou a auxiliar as investigações sobre a morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko, 43, que já envolvem a Alemanha, a Rússia e o Reino Unido.
Segundo o chefe do escritório da Interpol em Moscou, 186 membros da polícia internacional foram destacados para auxiliar nos trabalhos e na troca de informações entre os três países.
Litvinenko morreu em um hospital de Londres em 23 de novembro, após ser envenenado com polônio-210 --substância rara e altamente radioativa. Antes de morrer, ele acusou o presidente russo, Vladimir Putin, pelo crime. O Kremlin nega o envolvimento.
"A Interpol foi chamada para acelerar a troca de informações entre os vários países", afirmou Timur Lakhonin, chefe da Interpol em Moscou, à agência de notícias russa Itar-Tass.
As investigações levaram oficiais britânicos à Rússia para interrogar agentes que se reuniram com Litvinenko antes de sua morte. Jornais russos informam que promotores de Moscou se preparam para ir a Londres, onde também devem realizar interrogatórios.
Ontem, investigadores alemães confirmaram que um veículo utilizado por um contato de Litvinenko foi contaminado por polônio radioativo.
Não ficou claro se o contato-- o empresário russo Dmitry Kovtun-- teria ligação com o crime ou seria mais uma vítima. Ele está sendo tratado em Moscou por contaminação radioativa.
Trajeto
De acordo com a reconstituição feita pela polícia, Kovtun chegou a Hamburgo procedente de Moscou em 28 de outubro, a bordo de um avião da companhia Aeroflot.
No aeroporto, o empresário foi levado em um BMW, veículo no qual, após ser localizado e submetido a medição de radiatividade, também foram detectados vestígios de polônio.
Ele seguiu para Londres em 1º de novembro --dia em que Kovtun e mais um russo se reuniram com Litvinenko no Hotel Millennium, em Londres, e em que o ex-espião começou a sentir-se mal.
No domingo (10), autoridades alemãs afirmaram ter encontrado traços de polônio 210 no apartamento da ex-mulher de Kovtun em Hamburgo, onde ele passou a noite antes de seguir para Londres.
A equipe alemã não informou se Kovtun estaria sendo investigado pela morte de Litvinenko.
Reunião
Kovtun se reuniu com Litvinenko no Pine Bar, do hotel Millennium Mayfair, em Londres, no dia 1º de novembro. Ao menos dez pessoas que estiveram no Pine Bar neste dia foram contaminadas com radiação: sete funcionários do hotel, Litvinenko, Kovtun e Andrei Lugovoi, um terceiro empresário russo presente no encontro com o ex-espião.
Traços de polônio foram encontrados nos aviões em que ambos os russos viajaram de Londres a Moscou. Lugovoi, agora um empresário, declarou que não tem nada a ver com a história do envenenamento por radioatividade de Litvinenko e recordou que os traços dessa radiação podem ser encontrados em qualquer pessoa que tenha estado em contato com a vítima.
A porta-voz da polícia alemã Ulrike Sweden afirmou hoje que ainda não está claro se Kovtun retornou para Hamburgo depois de se encontrar com Litvinenko --o que poderia explicar a contaminação encontrada. Segundo ela, tanto uma pessoa quanto um objeto poderiam ser fontes da radiação encontrada no apartamento em Hamburgo.
Litvinenko foi coronel do Serviço Federal de Segurança (antigo KGB) e vivia desde 2000 como refugiado no Reino Unido, onde o governo lhe havia concedido nacionalidade britânica.
Com agências internacionais
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