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18/12/2006 - 14h34

Dose de polônio-210 que matou ex-espião russo custou US$ 10 mi

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da Folha Online

Os responsáveis --ainda desconhecidos-- pela morte do ex-agente secreto russo Alexandre Litvinenko, 43, gastaram cerca de US$ 10 milhões para adquirir a quantidade de polônio-210 --substância rara e altamente radioativa-- usada para eliminá-lo. A informação foi publicada nesta segunda-feira pelo site do jornal britânico "The Times".

Segundo a reportagem, os resultados preliminares da autópsia sobre o ex-agente secreto da KGB sugerem que a dose usada para envenená-lo foi dez vezes maior que a considerada fatal.

Uma dose de polônio-210 suficiente para matar um homem representa 15 mil unidades --cada uma custa US$ 69--, segundo o jornal. A quantidade presente no corpo do ex-agente totalizaria cerca de US$ 10 milhões.

A polícia não sabe a razão de os assassinos do ex-agente terem usado uma quantidade tão grande de polônio-210 e investiga se o veneno era parte de uma remessa que seria vendida no mercado negro.

Os investigadores dizem acreditar que os assassinos conheciam os efeitos do agente radioativo, mas não sabem se eles tinham dúvida sobre a quantidade exata a ser usada para apenas "enviar um recado" ao ex-agente ou se simplesmente a operação deu errado.

Os assassinos também teriam que saber que o polônio-210 se deteriora rapidamente: sua meia-vida é de apenas 138 dias.

O caso foi a primeira morte confirmada por envenenamento deliberado com materiais deste tipo, embora já houvesse registro de duas tentativas de envenenamento com tálio radioativo contra o ex-agente da KGB Nikolay Khokhlov e contra o jornalista russo Yuri Shchekochikhin.

Litvinenko morreu em um hospital de Londres em 23 de novembro, após ser envenenado com polônio-210. Ele foi coronel do Serviço Federal de Segurança (antigo KGB) e vivia desde 2000 como refugiado no Reino Unido, onde o governo lhe havia concedido nacionalidade britânica. Antes de morrer, Litvinenko acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin --de que era crítico-- de ter planejado seu assassinato.

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