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22/12/2006
-
19h32
da Efe, em Pequim
O representante da Coréia do Norte para o diálogo nuclear, Kim Kye-gwan, afirmou hoje que Pyongyang desativará seu programa nuclear, voltará ao Tratado de Não-Proliferação e permitirá inspetores internacionais quando os EUA abandonarem sua postura "ilógica".
Ao término da semana de intenso diálogo com Estados Unidos, China, Japão, as duas Coréias e Rússia, no qual não se conseguiu progresso algum, Kim assegurou que a Coréia do Norte, a princípio, não tem planos de fazer nenhum outro teste nuclear como o de 9 de outubro, nem de transferir tecnologia atômica a outros países.
"Podemos discutir o abandono [do programa nuclear] e deixamos claro que somos um país responsável que não ameaçará nem transferirá tecnologia nuclear", afirmou Kim em entrevista coletiva durante a única aparição pública dos delegados norte-coreanos na semana de diálogo.
Kim reiterou que os Estados Unidos mantêm sua "política hostil" em relação à Coréia do Norte e culpou o país das sanções ditadas pelas Nações Unidas após o teste nuclear.
O delegado assegurou que só quando os EUA suspenderem as sanções financeiras que impôs a entidades vinculadas ao regime norte-coreano serão dados passos rumo à desnuclearização.
"As sanções começaram pouco após os acordos de 19 de setembro de 2005, isso não é lógico e contradiz o espírito" do diálogo multilateral, disse Kim, que na entrevista coletiva não nomeou em nenhum momento o Japão, a Coréia do Sul ou a Rússia.
Kim elogiou a China, cujo governo, segundo ele, "está fazendo o possível para colocar em prática os acordos de setembro", mas em seu discurso predominaram as duras críticas a Washington, o que indica que as posições de EUA e Coréia do Norte continuam afastadas.
Bloqueio
Nesta semana "a parte americana em nenhum momento falou especificamente em suspender sanções, só pede à Coréia do Norte que detenha suas atividades nucleares e permita verificar o fim destas", afirmou.
As sanções que Kim mencionou várias vezes se referem ao bloqueio de contas norte-coreanas no Banco Delta Asia de Macau, que Washington acredita que foram usadas para lavar dinheiro procedente da venda de armamento norte-coreano a outros países.
O delegado norte-coreano falou do programa nuclear de Pyongyang e disse que o teste de outubro foi realizado para provar uma defesa diante de um possível ataque dos Estados Unidos.
"Não buscamos [com o programa nuclear] compensações nem ajudas econômicas", afirmou. "Washington usa a política de combinar diálogo com pressões, e assim a Coréia do Norte responde com diálogo e disparos", argumentou Kim.
Visita
O responsável norte-coreano prometeu visitar novamente Pequim e não descartou uma reunião em janeiro com os EUA para dar continuidade à negociação em torno das sanções financeiras.
"Acompanharemos de perto os movimentos dos Estados Unidos no futuro", acrescentou o negociador norte-coreano. "O êxito depende da política dos EUA, que abandonem sua política hostil e possam coexistir pacificamente com a Coréia do Norte".
A crise nuclear explodiu em 2002, quando a Coréia do Norte retomou seu programa atômico após oito anos de interrupção.
Em setembro de 2005, as seis partes do diálogo decidiram em Pequim que a Coréia do Norte abandonaria seu programa nuclear em troca de ajudas econômicas e garantias de que sua soberania seria respeitada.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear norte-coreano
Leia cobertura completa sobre a crise da Coréia do Norte
Pyongyang exige mudança de postura dos EUA em questão nuclear
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O representante da Coréia do Norte para o diálogo nuclear, Kim Kye-gwan, afirmou hoje que Pyongyang desativará seu programa nuclear, voltará ao Tratado de Não-Proliferação e permitirá inspetores internacionais quando os EUA abandonarem sua postura "ilógica".
Ao término da semana de intenso diálogo com Estados Unidos, China, Japão, as duas Coréias e Rússia, no qual não se conseguiu progresso algum, Kim assegurou que a Coréia do Norte, a princípio, não tem planos de fazer nenhum outro teste nuclear como o de 9 de outubro, nem de transferir tecnologia atômica a outros países.
"Podemos discutir o abandono [do programa nuclear] e deixamos claro que somos um país responsável que não ameaçará nem transferirá tecnologia nuclear", afirmou Kim em entrevista coletiva durante a única aparição pública dos delegados norte-coreanos na semana de diálogo.
Kim reiterou que os Estados Unidos mantêm sua "política hostil" em relação à Coréia do Norte e culpou o país das sanções ditadas pelas Nações Unidas após o teste nuclear.
O delegado assegurou que só quando os EUA suspenderem as sanções financeiras que impôs a entidades vinculadas ao regime norte-coreano serão dados passos rumo à desnuclearização.
"As sanções começaram pouco após os acordos de 19 de setembro de 2005, isso não é lógico e contradiz o espírito" do diálogo multilateral, disse Kim, que na entrevista coletiva não nomeou em nenhum momento o Japão, a Coréia do Sul ou a Rússia.
Kim elogiou a China, cujo governo, segundo ele, "está fazendo o possível para colocar em prática os acordos de setembro", mas em seu discurso predominaram as duras críticas a Washington, o que indica que as posições de EUA e Coréia do Norte continuam afastadas.
Bloqueio
Nesta semana "a parte americana em nenhum momento falou especificamente em suspender sanções, só pede à Coréia do Norte que detenha suas atividades nucleares e permita verificar o fim destas", afirmou.
As sanções que Kim mencionou várias vezes se referem ao bloqueio de contas norte-coreanas no Banco Delta Asia de Macau, que Washington acredita que foram usadas para lavar dinheiro procedente da venda de armamento norte-coreano a outros países.
O delegado norte-coreano falou do programa nuclear de Pyongyang e disse que o teste de outubro foi realizado para provar uma defesa diante de um possível ataque dos Estados Unidos.
"Não buscamos [com o programa nuclear] compensações nem ajudas econômicas", afirmou. "Washington usa a política de combinar diálogo com pressões, e assim a Coréia do Norte responde com diálogo e disparos", argumentou Kim.
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O responsável norte-coreano prometeu visitar novamente Pequim e não descartou uma reunião em janeiro com os EUA para dar continuidade à negociação em torno das sanções financeiras.
"Acompanharemos de perto os movimentos dos Estados Unidos no futuro", acrescentou o negociador norte-coreano. "O êxito depende da política dos EUA, que abandonem sua política hostil e possam coexistir pacificamente com a Coréia do Norte".
A crise nuclear explodiu em 2002, quando a Coréia do Norte retomou seu programa atômico após oito anos de interrupção.
Em setembro de 2005, as seis partes do diálogo decidiram em Pequim que a Coréia do Norte abandonaria seu programa nuclear em troca de ajudas econômicas e garantias de que sua soberania seria respeitada.
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