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24/12/2006 - 17h54

Prisão de italiano não tem elo com morte de ex-espião, diz polícia

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da Efe, em Londres

A Scotland Yard informou neste domingo que a detenção na Itália do professor Mario Scaramella, contato do ex-espião russo Alexander Litvinenko, 43, que morreu por envenenamento radioativo em Londres, não faz parte de sua investigação do caso.

Fontes policiais britânicas informaram que a detenção de Scaramella diz respeito apenas às autoridades italianas, inclusive se a detenção tivesse algum vínculo com a morte de Litvinenko, conhecido por suas críticas contra o presidente russo, Vladimir Putin.

Scaramella foi detido neste domingo por agentes da polícia antiterrorista italiana (Digos) ao chegar a Nápoles (sul da Itália) em um avião procedente da capital britânica.

Segundo a agência italiana Ansa, o professor está sendo investigado pela Procuradoria de Roma por suposto tráfico de armas, revelação de informação privilegiada e calúnia com agravante, por atribuir a um cidadão russo a organização de atentados na Itália.

A detenção de Scaramella aconteceu no aeroporto napolitano de Capodichino, aonde chegou após ter ficado internado em um hospital de Londres, ao serem encontrados em seu corpo vestígios de polônio 210, substância radioativa altamente tóxica que matou Litvinenko.

Scaramella, que recebeu alta médica do hospital londrino em 6 de dezembro, será levado para uma prisão de Roma.

Encontro

O professor, que supostamente tem contatos no mundo da espionagem, encontrou o ex-espião em um restaurante japonês de Londres em 1º de novembro, dia em que Litvinenko ficou repentinamente doente.

Aparentemente, Scaramella forneceu ao ex-agente secreto nomes de pessoas que poderiam estar envolvidas no assassinato da jornalista russa Anna Politkovskaya, muito crítica a Putin.

Litvinenko, 43, e ex-coronel do Serviço Federal de Segurança russo (FSB, antigo KGB soviético), morreu em 23 de novembro em um hospital londrino devido à concentração em seu organismo de altas doses de polônio-210.

O ex-espião, que vivia exilado no Reino Unido desde 2001, acusou Putin, em carta divulgada após sua morte, de estar envolvido em seu envenenamento.

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