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28/12/2006 - 16h29

Ministro libanês acusa Hizbollah de "incitar" seu assassinato

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da Efe, em Beirute

O ministro das Telecomunicações libanês, Marwan Hamadé, acusou hoje o Hizbollah de "incitar" seu assassinato, depois que a televisão "Al Manar", pertencente a esse grupo xiita, afirmou que ele deu informações sobre o paradeiro do xeque Hassan Nasrallah aos Estados Unidos.

"A direção do Hizbollah incita meu assassinato e tenta aterrorizar-me política e psicologicamente", disse Hamadé em comunicado à imprensa.

Na quarta-feira, a televisão "Al Manar" afirmou que Hamadé revelou ao embaixador dos Estados Unidos no Líbano, Jeffrey Feltman, o lugar onde estava o secretário-geral do Hizbollah, o xeque Hassan Nasrallah, durante o conflito entre Israel e o grupo xiita no Líbano, entre julho e agosto.

A rede libanesa acrescentou que, após essa informação, o Exército israelense bombardeou o lugar onde Hassan Nasrallah estava escondido.

"Estas acusações são infundadas e, há meses, estão sendo divulgadas pelos serviços de inteligência sírios", acrescentou Hamadé, que acusou o Hizbollah de "tentar destruir o Líbano após ter protegido" os que tentaram assassiná-lo.

Hamadé ficou gravemente ferido em um atentado com carro-bomba em outubro de 2004.

"O carro-bomba foi carregado de explosivos em uma zona sob controle do Hizbollah", disse Hamadé.

O ministro libanês disse que "os investigadores chegaram a estas conclusões após as perguntas feitas em um depósito nessa região".

Hamadé, braço direito do líder druso Walid Jumblatt, expressou seu "profundo desprezo pelas tentativas de atacar meu patriotismo e dignidade".

"Resolverei isso por meio da Justiça, que deverá um dia, seja no Líbano ou em outra parte, colocar fim e julgar estas ações", acrescentou.

Disse ainda que encomendou a seus advogados "apresentar uma ação contra esse noticiador televisionado sírio" e que entregará "uma cópia à comissão de investigação internacional" que analisa o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri e outros atentados ocorridos no país.

Em 12 de julho deste ano eclodiu um conflito entre as forças militares de Israel e a milícia libanesa Hizbollah, após a captura de dois soldados israelenses reivindicado pelo grupo libanês.
Em 34 dias de guerra, mais de 1.200 pessoas morrem no Líbano e cerca de 1 milhão deixa o país para escapar das regiões atacadas. Cerca de 15 mil casas foram destruídas no país. Em Israel, 200 pessoas morreram.

Um cessar-fogo acordado em 14 de agosto deu fim ao conflito.

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