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30/12/2006
-
15h39
da Folha Online
Algumas horas antes do enforcamento de Saddam Hussein, executivos de redes de televisão do mundo todo se perguntavam qual seria a maneira mais apropriada de exibição das imagens da execução do ditador iraquiano.
Segundo uma reportagem do "The New York Times", antes que as imagens chegassem às mãos dos executivos das rede de televisão americanas ABC e CBS, eles já defendiam que o vídeo deveria ser, sim, exibido, mas com imagens em baixa resolução e, certamente, não mostrariam a execução completa de Saddam Hussein.
A NBC News, entretanto, indicava que iria mais longe que seus competidores. Steve Capus, presidente da NBC News, afirmou que a rede mostraria "um grande close na imagem de Saddam enforcado". Mas, ele garantiu que a NBC tomaria suas decisões baseadas em questões de bom gosto e históricas.
"Acredito que seja apropriado a exibição de imagens de Saddam depois de seu enforcamento", disse Capus, citando imagens históricas de outros ditadores mortos anteriormente. "Penso na força do ícone da imagem de Nicolae Ceausescu, na Romênia, literalmente deitado na sarjeta."
Já os canais americanos de televisão CNN e Fox News não definiram previamente os limites impostos sobre qualquer imagem da morte de Saddam Hussein, afirmando que decidiriam o que divulgar depois que tivessem o material disponível --o que não implicaria em divulgar imagens completas do enforcamento, se as autoridades iraquianas sequer gravaram.
Executivos de redes de televisão afirmavam ontem que esperavam ter acesso às imagens ao menos para disponibilizá-las em sites da internet. "De alguma forma isso vai ser divulgado", afirmou Paul Friedman, vice-presidente da CBS News. "Este vídeo estará disponível em algum lugar em algum canal ou site." Em reunião com sua equipe, Friedman afirmou que haveria muita pressão para o uso das imagens da hora exata do enforcamento. "A CBS não vai mostrá-las."
Vídeo na web
Bob Murphy, vice-presidente da ABC News, suspeitava de que haveria algum vídeo que confirmasse a morte do ditador ao povo iraquiano. A ABC "vai cumprir com as obrigações jornalísticas documentando o evento", afirmou.
Murphy também afirmou que a ABC News não permitiria que seu site, ABCNews.com, exibisse material que TV não tivesse autorizado. Friedman afirmou aos editores do site da CBS, , que as restrições seriam as mesmas. Capus reforçou que as escolhas do site CBSNews.com seriam de acordo com as da rede de televisão.
David Rhodes, vice-presidente de notícias da líder de televisão Fox News, afirmou que ainda havia dúvida sobre o que a rede mostraria. O site da rede, FoxNews.com, provavelmente divulgaria um pouco mais que a televisão, afirmou Rhodes.
A CNN anunciou apenas um comunicado dizendo: "Vamos tomar nossa decisão final após a divulgação do material pelo governo do Iraque".
Até agora, nenhum site ou emissora de TV divulgou o momento exato do enforcamento. Representantes da rede de notícias de Qatar Al Jazeera não responderam à equipe do "The New York Times".
Jennifer Nielsen, gerente de marketing do YouTube, afirmou que o popular site de víideos não comentaria sobre vídeos que ainda não foram postados. A política do site é proibir conteúdo denunciado como inapropriado por seus usuários.
Assista ao vídeo sobre Saddan Hussein no Google Video
Assista ao enforcamento de Saddan Hussein no site do "The New York Times"
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Algumas horas antes do enforcamento de Saddam Hussein, executivos de redes de televisão do mundo todo se perguntavam qual seria a maneira mais apropriada de exibição das imagens da execução do ditador iraquiano.
Segundo uma reportagem do "The New York Times", antes que as imagens chegassem às mãos dos executivos das rede de televisão americanas ABC e CBS, eles já defendiam que o vídeo deveria ser, sim, exibido, mas com imagens em baixa resolução e, certamente, não mostrariam a execução completa de Saddam Hussein.
A NBC News, entretanto, indicava que iria mais longe que seus competidores. Steve Capus, presidente da NBC News, afirmou que a rede mostraria "um grande close na imagem de Saddam enforcado". Mas, ele garantiu que a NBC tomaria suas decisões baseadas em questões de bom gosto e históricas.
"Acredito que seja apropriado a exibição de imagens de Saddam depois de seu enforcamento", disse Capus, citando imagens históricas de outros ditadores mortos anteriormente. "Penso na força do ícone da imagem de Nicolae Ceausescu, na Romênia, literalmente deitado na sarjeta."
Já os canais americanos de televisão CNN e Fox News não definiram previamente os limites impostos sobre qualquer imagem da morte de Saddam Hussein, afirmando que decidiriam o que divulgar depois que tivessem o material disponível --o que não implicaria em divulgar imagens completas do enforcamento, se as autoridades iraquianas sequer gravaram.
Executivos de redes de televisão afirmavam ontem que esperavam ter acesso às imagens ao menos para disponibilizá-las em sites da internet. "De alguma forma isso vai ser divulgado", afirmou Paul Friedman, vice-presidente da CBS News. "Este vídeo estará disponível em algum lugar em algum canal ou site." Em reunião com sua equipe, Friedman afirmou que haveria muita pressão para o uso das imagens da hora exata do enforcamento. "A CBS não vai mostrá-las."
Vídeo na web
Bob Murphy, vice-presidente da ABC News, suspeitava de que haveria algum vídeo que confirmasse a morte do ditador ao povo iraquiano. A ABC "vai cumprir com as obrigações jornalísticas documentando o evento", afirmou.
Murphy também afirmou que a ABC News não permitiria que seu site, ABCNews.com, exibisse material que TV não tivesse autorizado. Friedman afirmou aos editores do site da CBS, , que as restrições seriam as mesmas. Capus reforçou que as escolhas do site CBSNews.com seriam de acordo com as da rede de televisão.
David Rhodes, vice-presidente de notícias da líder de televisão Fox News, afirmou que ainda havia dúvida sobre o que a rede mostraria. O site da rede, FoxNews.com, provavelmente divulgaria um pouco mais que a televisão, afirmou Rhodes.
A CNN anunciou apenas um comunicado dizendo: "Vamos tomar nossa decisão final após a divulgação do material pelo governo do Iraque".
Até agora, nenhum site ou emissora de TV divulgou o momento exato do enforcamento. Representantes da rede de notícias de Qatar Al Jazeera não responderam à equipe do "The New York Times".
Jennifer Nielsen, gerente de marketing do YouTube, afirmou que o popular site de víideos não comentaria sobre vídeos que ainda não foram postados. A política do site é proibir conteúdo denunciado como inapropriado por seus usuários.
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