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30/12/2006
-
18h13
da Folha Online
Uma onda de atentados após a execução do ex-ditador Sadam Hussein deixou um saldo de 75 mortos nas cidades de Bagdá e Kufa.
O atentado mais grave ocorreu após o meio-dia no bairro de Hurriya, uma zona de noroeste de Bagdá. Nesta parte da cidade, as explosões de três veículos, sendo dois em uma rua comercial e um próximo a uma escola primária, deixou 39 mortos e 25 feridos.
O bairro, atualmente habitado majoritariamente por xiitas, abrigava antes da invasão do Iraque, em março de 2003, iraquianos xiitas e sunitas. Os sunitas fugiram como conseqüência da violência sectária que explodiu em 22 de fevereiro, após um atentado contra uma mesquita xiita na cidade de Samarra.
Um quarto carro-bomba foi detonado em frente a uma zona de estacionamentos no bairro de Al Asadiya, ferindo dois agentes de polícia. Um cidadão morreu e sete ficaram feridos pela explosão de uma bomba no bairro de Al Iskan.
Fontes oficiais também comunicaram uma outra explosão em um mercado de frutas e verduras na cidade de Kufa (a 180 km da capital), com um saldo de 35 mortos e 45 feridos.
Não há indícios, por enquanto, de que o atentado em Kufa esteja relacionada com a morte de Saddam. O ataque aconteceu pouco antes da celebração de Eid Al Adha, um dos mais importantes feriados sagrados do calendário muçulmano.
As vítimas do atentado eram em sua maioria compradores que se reuniram no mercado para comprar materiais e alimentos para a celebração do feriado.
Execução
Saddam foi enforcado às 6h deste sábado (1h do horário de Brasília), depois de sua condenação em 5 de novembro por crimes contra a humanidade, em relação ao assassinato de 148 xiitas em 1982 após um atentado frustrado contra o ditador.
Oficiais americanos e iraquianos expressaram preocupação sobre o potencial para um aumento na violência diária no país, mas até o momento os ataques deste sábado não representaram um crescimento em relação ao cotidiano atual do Iraque.
Toques de recolher foram instaurados na cidade natal de Saddam, Tikrit, e em Samarra, ambas predominantemente sunitas e ao norte de Bagdá.
Com agências internacionais
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Uma onda de atentados após a execução do ex-ditador Sadam Hussein deixou um saldo de 75 mortos nas cidades de Bagdá e Kufa.
O atentado mais grave ocorreu após o meio-dia no bairro de Hurriya, uma zona de noroeste de Bagdá. Nesta parte da cidade, as explosões de três veículos, sendo dois em uma rua comercial e um próximo a uma escola primária, deixou 39 mortos e 25 feridos.
O bairro, atualmente habitado majoritariamente por xiitas, abrigava antes da invasão do Iraque, em março de 2003, iraquianos xiitas e sunitas. Os sunitas fugiram como conseqüência da violência sectária que explodiu em 22 de fevereiro, após um atentado contra uma mesquita xiita na cidade de Samarra.
Um quarto carro-bomba foi detonado em frente a uma zona de estacionamentos no bairro de Al Asadiya, ferindo dois agentes de polícia. Um cidadão morreu e sete ficaram feridos pela explosão de uma bomba no bairro de Al Iskan.
Fontes oficiais também comunicaram uma outra explosão em um mercado de frutas e verduras na cidade de Kufa (a 180 km da capital), com um saldo de 35 mortos e 45 feridos.
Não há indícios, por enquanto, de que o atentado em Kufa esteja relacionada com a morte de Saddam. O ataque aconteceu pouco antes da celebração de Eid Al Adha, um dos mais importantes feriados sagrados do calendário muçulmano.
As vítimas do atentado eram em sua maioria compradores que se reuniram no mercado para comprar materiais e alimentos para a celebração do feriado.
Execução
Saddam foi enforcado às 6h deste sábado (1h do horário de Brasília), depois de sua condenação em 5 de novembro por crimes contra a humanidade, em relação ao assassinato de 148 xiitas em 1982 após um atentado frustrado contra o ditador.
Oficiais americanos e iraquianos expressaram preocupação sobre o potencial para um aumento na violência diária no país, mas até o momento os ataques deste sábado não representaram um crescimento em relação ao cotidiano atual do Iraque.
Toques de recolher foram instaurados na cidade natal de Saddam, Tikrit, e em Samarra, ambas predominantemente sunitas e ao norte de Bagdá.
Com agências internacionais
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