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02/01/2007 - 15h03

Nova diretora da OMS enfrenta o desafio da gripe aviária

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da France Presse, em Genebra

A OMS (Organização Mundial da Saúde) inicia o ano de 2007 com uma nova diretora-geral, a chinesa Margaret Chan, que enfrentará os desafios de uma eventual pandemia de gripe aviária e de reformas na instituição.

Chan, a primeira pessoa de nacionalidade chinesa a dirigir um organismo da ONU (Nações Unidas), assumirá oficialmente o cargo na quinta-feira, dois meses depois de ser designada ao posto, vago após a morte repentina do sul-coreano Lee Jong Wook.

Escolhida no dia 9 de novembro de 2006 pelos 193 Estados-membros da organização, depois de ter superado outros dez candidatos, Chan assume o cargo com a experiência de ter coordenado o Serviço de Saúde de Hong Kong.

Com sua eleição, a comunidade internacional evidenciou as preocupações com o risco de uma epidemia de gripe aviária; desde 2005 Chan é a principal figura do serviço de gripe pandêmica na OMS (Organização Mundial da Saúde), responsável por preparar a reação da organização a uma eventual crise mundial.

Desde 2003, a gripe aviária provocou a morte de milhões de animais em todo o planeta e matou 157 pessoas --de um total de 261 casos humanos detectados em dez países. A OMS teme uma mutação do vírus que o deixe contagioso entre humanos.

Uma pandemia da mesma amplitude que a gripe espanhola de 1918-1920 causaria entre 51 e 81 milhões de mortes no mundo, 96% das quais nos países em desenvolvimento, segundo um estudo da revista médica "The Lancet", publicado na edição de 22 de dezembro.

Caso o risco se concretize, a OMS deverá garantir a coordenação internacional de detecção do vírus, armazenamento de vacinas, criações de quarentenas ou restrições de viagens.

Chan se destacou pela firme reação a uma primeira epidemia de gripe aviária, há dez anos, que deixou seis mortos em Hong Kong. Na ocasião, ela decidiu matar todas as aves de granja da antiga colônia britânica. A ação provocou forte polêmica, mas foi considerada uma salvação. "É uma pessoa autoritária, mas eficaz", disse um diplomata que acompanha a carreira de Chan.

Sua reação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em 2003 foi ainda mais polêmica: a imprensa de Hong Kong criticou sua falta de firmeza em relação a Pequim, que negava a presença da doença em seu território, embora se soubesse que a pneumonia atípica havia surgido no sul da China.

Chan, que terá um mandato de cinco anos, também iniciará a reforma de uma instituição cujo funcionamento é considerado muitas vezes burocrático.

O porta-voz da OMS, Ian Simpson, disse que existirá um período de transição nos primeiros meses de 2007, mas que em seguida terão início as reformas estruturais.

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