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02/01/2007
-
18h54
da Folha Online, em Bagdá
O presidente do Iraque, Jalal Talabani, procurou se manter distante de qualquer responsabilidade sobre a execução de Saddam Hussein no último sábado (30).
Nesta terça-feira Talabani disse que se "manteve à margem" do enforcamento do ex-ditador.
"Mantive-me afastado e não intervim na decisão do Alto Tribunal Especial, uma vez que o artigo 27 dos estatutos prevê que as decisões finais não admitem recurso", explicou Talabani em um comunicado que seria sua primeira reação pública à execução de Saddam.
O artigo citado estipula que nenhuma autoridade, "nem sequer o presidente da República, pode agraciar os condenados ou reduzir as penas ditadas" pelo Alto Tribunal.
"O presidente reafirma sua oposição à pena de morte mas não interfere nas decisões da Justiça, que é independente", acrescentou uma nota do escritório de Talabani, destacando que ele "não soube com antecedência quando Saddam seria enforcado".
Claramente oposto à pena de morte, Talabani sempre se negou a assinar as autorizações de execução dos condenados à morte, abandonando Bagdá nesses momentos e deixando a tarefa para seus dois vice-presidentes.
Investigação
O governo do Iraque lançou uma investigação para descobrir como os guardas responsáveis pela execução de Saddam Hussein filmaram clandestinamente seu enforcamento, informou a agência de notícias Reuters nesta terça-feira. O vídeo da execução transformou a morte do ditador em um espetáculo televisivo que vem inflamando a violência sectária no país.
O governo vai investigar também os responsáveis pelas provocações e a violência verbal e física contra Saddam nos momentos que antecederam seu enforcamento.
A execução, que gerou protestos e manifestações violentas em várias partes do Iraque, está sendo apontada como um ato de vingança xiita contra o regime sunita que dominou o país de 1979 a 2003.
A rápida execução aumentou a frágil autoridade do premiê Nouri al Maliki entre seus apoiadores xiitas, mas desagradou os sunitas.
Com agências internacionais
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O presidente do Iraque, Jalal Talabani, procurou se manter distante de qualquer responsabilidade sobre a execução de Saddam Hussein no último sábado (30).
Nesta terça-feira Talabani disse que se "manteve à margem" do enforcamento do ex-ditador.
"Mantive-me afastado e não intervim na decisão do Alto Tribunal Especial, uma vez que o artigo 27 dos estatutos prevê que as decisões finais não admitem recurso", explicou Talabani em um comunicado que seria sua primeira reação pública à execução de Saddam.
O artigo citado estipula que nenhuma autoridade, "nem sequer o presidente da República, pode agraciar os condenados ou reduzir as penas ditadas" pelo Alto Tribunal.
"O presidente reafirma sua oposição à pena de morte mas não interfere nas decisões da Justiça, que é independente", acrescentou uma nota do escritório de Talabani, destacando que ele "não soube com antecedência quando Saddam seria enforcado".
Claramente oposto à pena de morte, Talabani sempre se negou a assinar as autorizações de execução dos condenados à morte, abandonando Bagdá nesses momentos e deixando a tarefa para seus dois vice-presidentes.
Investigação
O governo do Iraque lançou uma investigação para descobrir como os guardas responsáveis pela execução de Saddam Hussein filmaram clandestinamente seu enforcamento, informou a agência de notícias Reuters nesta terça-feira. O vídeo da execução transformou a morte do ditador em um espetáculo televisivo que vem inflamando a violência sectária no país.
O governo vai investigar também os responsáveis pelas provocações e a violência verbal e física contra Saddam nos momentos que antecederam seu enforcamento.
Reuters |
Imagem de filmagem clandestina mostra Saddam pouco antes de execução |
A rápida execução aumentou a frágil autoridade do premiê Nouri al Maliki entre seus apoiadores xiitas, mas desagradou os sunitas.
Com agências internacionais
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