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04/01/2007 - 16h51

Democratas lideram Congresso americano pela 1º vez em 12 anos

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da Folha Online

O Partido Democrata assumiu nesta quinta-feira o poder do Congresso americano, liderando o Senado e a Câmara dos Representantes [deputados] pela primeira vez em 12 anos. A volta dos democratas é marcada por um fato inédito: Nancy Pelosi, 66, torna-se a partir de hoje a primeira mulher a presidir a Câmara americana.

Joshua Roberts /Reuters
A democrata Nancy Pelosi é a 1ª mulher a presidir a Câmara dos EUA
A democrata Nancy Pelosi é a 1ª mulher a presidir a Câmara dos EUA
O novo corpo inaugura a 110º legislatura do Congresso em meio a promessas de aprovar seis novas leis já nas primeiras cem horas de trabalho. Na Câmara, a abertura dos trabalhos marca também um dia histórico para os Estados Unidos, no qual a deputada Nancy Pelosi se tornou a primeira mulher a liderar a Casa.

Pelosi deixou claro já em seu primeiro dia de liderança que pretende usar o novo posto para mudar a direção da política americana. "Os democratas estão de volta", comemorou, afirmando que vê "uma nova direção, para todas as pessoas, não apenas uns poucos privilegiados" nos EUA, de forma a "fortalecer a classe média".

Ontem, outro democrata, Steny Hoyer, novo líder da maioria na Câmara, já havia anunciado que as primeiras cem horas de trabalho do Congresso serão usadas para aprovar seis leis preparadas e uma série de regras para endurecer a ética no Congresso.

O primeiro passo a ser tomado, segundo Hoyer, consiste em uma série de medidas elaboradas como resposta aos escândalos que enfraqueceram os republicanos frente à opinião pública nas últimas eleições.

Além de expandir restrições para viagens financiadas por empresas privadas para legisladores, os democratas da Câmara pretendem proibir viagens em aviões corporativos.

As seis primeiras leis a serem votadas estão relacionadas com o salário mínimo, pesquisas com células-tronco, energia, empréstimos estudantis e recomendações à comissão que investiga os ataques terroristas aos EUA em 2001.

Resposta republicana

Bush reagiu contra a pressão política nesta quarta-feira. Para equilibrar a atenção aos democratas, o presidente anunciou que apresentará em breve uma proposta de orçamento para os próximos cinco anos que pretende equilibrar as contas do país. Bush pediu ainda ao novo Congresso que não aprove leis que sejam "simples declarações políticas".

"Não há nada 'político' em encontrar uma forma de acabar com a Guerra do Iraque, aumentar o salário mínimo, alcançar a independência energética ou ajudar jovens a pagar pela universidade", respondeu a Bush o senador democrata Harry Reid, o líder da maioria no Senado.

Joshua Roberts /Reuters
Democratas assumem controle da Câmara e do Senado dos EUA pela primeira vez desde 1994
Democratas assumem controle da Câmara e do Senado dos EUA pela primeira vez desde 1994
"Na verdade", acrescentou, "foi a política que impediu por muitos anos o progresso nestas áreas".

Os congressistas republicanos, por sua vez, se puseram ao lado de Bush para apoiar a tentativa de equilibrar o orçamento americano até 2012, ao mesmo tempo em que tentam proteger os cortes de impostos aprovados durante sua liderança no Congresso.

Disputa partidária

No Senado, Reid afirmou que "os democratas estão comprometidos com o trabalho conjunto com republicanos para que resultados sejam alcançados".

Apesar disso, os democratas disseram que não permitirão que republicanos alterem ou façam emendas em nenhuma das seis leis a serem votadas durante as primeiras cem horas do novo Congresso.

Espera-se também que os democratas pressionem o governo americano para trazer de volta o contingente de soldados dos EUA atualmente lutando na Guerra do Iraque. Nos últimos dias, o número de americanos mortos na guerra chegou a 3.000, despertando protestos em todo o país.

Os democratas conquistaram por uma pequena maioria o controle do Senado e da Câmara dos Representantes dos EUA nas últimas eleições legislativas em 7 de novembro de 2006. A situação na Guerra do Iraque foi apontada como uma das principais razões para a perda de apoio dos republicanos junto à opinião pública.

Especial
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