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07/01/2007 - 20h10

Democratas advertem Bush sobre aumento de tropas no Iraque

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da France Presse, em Washington

Os parlamentares democratas que têm maioria no congresso americano, criticaram o aumento de tropas no Iraque pretendido por George W. Bush e advertiram neste domingo o presidente de Estados Unidos de que ele não conseguirá um cheque em branco para isto.

Nancy Pelosi, recém-eleita líder do Congresso dos Estados Unidos, disse à rede de televisão CBS que Bush é obrigado a justificar qualquer gasto adicional com a guerra de quase quatro anos.

"Isto é novo para ele", porque antes da posse deste novo Congresso, agora dominado pelos democratas, os republicanos aceitavam as solicitações de Bush incondicionalmente, segundo Pelosi.

"O presidente deve justificar os meios suplementares que pede para uma missão", insistiu.

"Nossos soldados [no Iraque] fizeram um trabalho excelente. Jamais perdemos a oportunidade de saudar o que fizeram. Mas a menos que uma solução política e diplomática sustente seu esforço, eles têm as mãos atadas", acrescentou.

Os democratas, segundo Pelosi, não têm a intenção de privar o governo dos recursos necessários para os 132.000 soldados que já estão no Iraque, mas uma intensificação da guerra se teria a oposição do partido.

O líder da maioria democrata da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Steny Hoyer, disse à rede Fox que a aguardada proposta de Bush de enviar 20.000 homens a mais no Iraque seria recebida com "grande ceticismo".

A outra possível proposta do governo Bush de injetar um bilhão de dólares na economia do Iraque também seria analisada "com cuidado" para ver se representa "um bom gasto para os tributos pagos pelos contribuintes" dos Estados Unidos, acrescentou Hoyer.

Bush deve apresentar sua nova estratégia para a guerra no Iraque no mais tardar na quarta-feira.

O jornal "The New York Times" reportou domingo que o plano incluirá o envio de 20.000 soldados e um bilhão de dólares para um programa de trabalho no país árabe.

O democrata Joe Biden, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, disse domingo também à NBC que é muito tarde para aumentar as tropas no Iraque.

"Tinha sentido aumentar em 60, 70, 100.000 homens as tropas antes da guerra civil. Agora há uma guerra civil", insistiu.

Segundo ele, é preciso "uma solução política" mais do que "uma solução física".

Já o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, se opôs à eventual intromissão do Congresso na guerra.

Enquanto isto, as mortes de soldados americanos contabilizadas pelo governo americano superam as 3.000, somando-se a outras quatro registradas neste domingo em Bagdá.

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