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08/01/2007
-
14h26
da Folha Online
Na mesma semana em que o presidente George W. Bush deve divulgar um novo plano de ação para o conflito no Iraque, previsto para quarta-feira (10), segundo a Casa Branca, uma reportagem do jornal americano "Washington Post" publicada hoje indica que o número de mortes entre civis e policiais iraquianos triplicou em 2006.
De acordo com o "Post", que cita dados do Ministério da Saúde iraquiano, o número de mortes saltou de 5.640, no primeiro semestre de 2006, para cerca de 17 mil, no segundo semestre.
A proposta de Bush, que está sendo elaborada há cerca de dois meses, já causa críticas entre líderes democratas no Congresso, que dizem que ser hora hora de pôr fim ao conflito. A expectativa é que a proposta de Bush inclua o envio de 20 mil soldados adicionais para o Iraque.
Entrando em seu quarto ano, a guerra --que também matou mais de 3.000 soldados dos EUA-- foi o principal fator da derrota republicana nas eleições legislativas de novembro passado.
O líder da maioria no Senado, Harry Reid, e a líder da Câmara, Nancy Pelosi, enviaram uma carta a Bush na semana passada dizendo que "não acreditam que o envio de mais soldados contribua para o sucesso" no conflito.
O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse nesta segunda-feira que Bush "compreende que exista muita ansiedade da opinião pública a respeito da guerra". Por outro lado, segundo ele, os americanos "não querem que ocorra outros ataques terroristas como o de 11 de Setembro".
Segundo Snow, a Casa Branca acha positivo o debate em torno da nova estratégia de Bush.
"Acredito que é importante obter o apoio do Congresso", disse o porta-voz da Casa Branca.
Verbas
Pelosi disse que Bush deve ter "cautela" ao sugerir o aumento de tropas no Iraque, indicando que o Congresso liderado pelos democratas pode negar ao Executivo os fundos para a medida.
No entanto, o líder republicano no Senado diz acreditar que Bush conseguirá a liberação das verbas das quais necessita. "O Congresso não irá subdimensionar as táticas da guerra", disse Mitch McConnell.
Em seu alerta, Pelosi deixou claro que seu partido apóia o envio de tropas para "proteger o povo americano contra ameaças aos interesses do país", e não cortará verbas para os soldados que já estão no país. No entanto, segundo ela, Bush não receberá "carta branca" para permanecer no país sem prazo definido.
Segundo ela, qualquer pedido de liberação de fundos será analisado de forma detalhada.
"O presidente deve justificar qualquer necessidade de verbas extras para a missão", disse ela.
"Não haverá carta branca, ou um cheque em branco para ele fazer o que quiser [no Iraque]", disse ela em entrevista divulgada neste domingo.
Desde os ataques de 11 de setembro de 2001, o Congresso americano aprovou o envio de mais de US$ 500 bilhões para serem utilizados nos conflitos no Iraque e no Afeganistão
A Casa Branca elabora o maior pedido de verbas já feito para o conflito --a quantia recorde de US$ 100 bilhões. A proposta será divulgada em 5 de fevereiro, junto com o novo orçamento.
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Mortes triplicam no Iraque; Bush expõe nova estratégia na quarta
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Na mesma semana em que o presidente George W. Bush deve divulgar um novo plano de ação para o conflito no Iraque, previsto para quarta-feira (10), segundo a Casa Branca, uma reportagem do jornal americano "Washington Post" publicada hoje indica que o número de mortes entre civis e policiais iraquianos triplicou em 2006.
De acordo com o "Post", que cita dados do Ministério da Saúde iraquiano, o número de mortes saltou de 5.640, no primeiro semestre de 2006, para cerca de 17 mil, no segundo semestre.
A proposta de Bush, que está sendo elaborada há cerca de dois meses, já causa críticas entre líderes democratas no Congresso, que dizem que ser hora hora de pôr fim ao conflito. A expectativa é que a proposta de Bush inclua o envio de 20 mil soldados adicionais para o Iraque.
Entrando em seu quarto ano, a guerra --que também matou mais de 3.000 soldados dos EUA-- foi o principal fator da derrota republicana nas eleições legislativas de novembro passado.
O líder da maioria no Senado, Harry Reid, e a líder da Câmara, Nancy Pelosi, enviaram uma carta a Bush na semana passada dizendo que "não acreditam que o envio de mais soldados contribua para o sucesso" no conflito.
O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse nesta segunda-feira que Bush "compreende que exista muita ansiedade da opinião pública a respeito da guerra". Por outro lado, segundo ele, os americanos "não querem que ocorra outros ataques terroristas como o de 11 de Setembro".
Segundo Snow, a Casa Branca acha positivo o debate em torno da nova estratégia de Bush.
"Acredito que é importante obter o apoio do Congresso", disse o porta-voz da Casa Branca.
Verbas
Pelosi disse que Bush deve ter "cautela" ao sugerir o aumento de tropas no Iraque, indicando que o Congresso liderado pelos democratas pode negar ao Executivo os fundos para a medida.
No entanto, o líder republicano no Senado diz acreditar que Bush conseguirá a liberação das verbas das quais necessita. "O Congresso não irá subdimensionar as táticas da guerra", disse Mitch McConnell.
Em seu alerta, Pelosi deixou claro que seu partido apóia o envio de tropas para "proteger o povo americano contra ameaças aos interesses do país", e não cortará verbas para os soldados que já estão no país. No entanto, segundo ela, Bush não receberá "carta branca" para permanecer no país sem prazo definido.
Segundo ela, qualquer pedido de liberação de fundos será analisado de forma detalhada.
"O presidente deve justificar qualquer necessidade de verbas extras para a missão", disse ela.
"Não haverá carta branca, ou um cheque em branco para ele fazer o que quiser [no Iraque]", disse ela em entrevista divulgada neste domingo.
Desde os ataques de 11 de setembro de 2001, o Congresso americano aprovou o envio de mais de US$ 500 bilhões para serem utilizados nos conflitos no Iraque e no Afeganistão
A Casa Branca elabora o maior pedido de verbas já feito para o conflito --a quantia recorde de US$ 100 bilhões. A proposta será divulgada em 5 de fevereiro, junto com o novo orçamento.
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