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19/01/2007
-
11h57
da Folha Online
O jornalista Hrant Dink, 53, um dos principais defensores da comunidade armênia na Turquia, foi morto hoje por homens armados na entrada do jornal onde trabalhava.
Dink, que era cidadão turco e tinha ascendência armênia, havia sido levado à corte em diversas ocasiões por falar sobre mortes de armênios em massa por turcos no início do século 20. Ele havia sido ameaçado em diversas ocasiões por nacionalistas turcos, que o consideravam "traidor".
Dink, que era um jornalista conhecido na Turquia, trabalhava como editor do jornal bilíngue "Agos", de Istambul, um dos principais veículos da comunidade armênia no país.
Segundo a rede privada NTV, a polícia procura o suposto assassino, que seria um adolescente trajando um chapéu branco e uma jaqueta.
A identidade do suspeito e a motivação do crime ainda são desconhecidas.
O corpo de Dink, coberto por um lençol branco, pode ser visto em frente à sede do jornal.
De acordo com a NTV, quatro cápsulas deflagradas foram encontradas no chão.
O jornalista foi morto com dois tiros na cabeça.
Fehmi Koru, colunista do jornal "Yeni Safak", disse que o assassinato de Dink pode desestabilizar a Turquia. "Sua morte é uma grande perda para o país", afirmou Koru.
Mortes de jornalistas
O ano de 2006 foi o mais mortífero da história para os jornalistas: 94 profissionais morreram no exercício de sua atividade,o que representa um aumento de 38%, graças em parte às vítimas no conflito no Iraque.
O cálculo foi feito pelos promotores da Campanha por um Emblema de Imprensa (PEC, na sigla em inglês), que publicaram hoje um relatório no qual indicam que 48 jornalistas morreram no Iraque em 2006, o dobro do registrado no ano passado.
Pelo menos 103 profissionais morreram no Iraque desde abril de 2003, o que transforma o conflito no país no mais sangrento da história para os jornalistas, segundo a ONG, com sede em Genebra.
Além do Iraque, morreram oito jornalistas no México, quatro na Rússia, Sri Lanka e Filipinas, três no Paquistão e Colômbia, dois na China, Índia, Angola e Líbano, e um no Equador, Venezuela, Somália, República Democrática do Congo, Sudão e Brasil.
Rússia
Em um dos casos de maior repercussão ocorridos em 2006, a jornalista russa de oposição Anna Politkovskaya, 48, é assassinada a tiros em frente ao edifício onde morava, em Moscou.
A morte da jornalista --famosa pela cobertura crítica da guerra com a Tchetchênia-- provocou a indignação internacional.
Segundo o Comitê de Proteção aos Jornalistas, 42 profissionais morreram na Rússia desde 1992 -- 13 deles desde 2000, após a chegada do atual presidente russo, Vladimir Putin, ao poder.
Com agências internacionais
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Jornalista pró-Armênia é assassinado a tiros na Turquia
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O jornalista Hrant Dink, 53, um dos principais defensores da comunidade armênia na Turquia, foi morto hoje por homens armados na entrada do jornal onde trabalhava.
Dink, que era cidadão turco e tinha ascendência armênia, havia sido levado à corte em diversas ocasiões por falar sobre mortes de armênios em massa por turcos no início do século 20. Ele havia sido ameaçado em diversas ocasiões por nacionalistas turcos, que o consideravam "traidor".
Dink, que era um jornalista conhecido na Turquia, trabalhava como editor do jornal bilíngue "Agos", de Istambul, um dos principais veículos da comunidade armênia no país.
Murad Sezer/AP |
Hrant Dink, 53, morto a tiros em frente a sede de jornal na Turquia |
A identidade do suspeito e a motivação do crime ainda são desconhecidas.
O corpo de Dink, coberto por um lençol branco, pode ser visto em frente à sede do jornal.
De acordo com a NTV, quatro cápsulas deflagradas foram encontradas no chão.
O jornalista foi morto com dois tiros na cabeça.
Fehmi Koru, colunista do jornal "Yeni Safak", disse que o assassinato de Dink pode desestabilizar a Turquia. "Sua morte é uma grande perda para o país", afirmou Koru.
Mortes de jornalistas
O ano de 2006 foi o mais mortífero da história para os jornalistas: 94 profissionais morreram no exercício de sua atividade,o que representa um aumento de 38%, graças em parte às vítimas no conflito no Iraque.
O cálculo foi feito pelos promotores da Campanha por um Emblema de Imprensa (PEC, na sigla em inglês), que publicaram hoje um relatório no qual indicam que 48 jornalistas morreram no Iraque em 2006, o dobro do registrado no ano passado.
Pelo menos 103 profissionais morreram no Iraque desde abril de 2003, o que transforma o conflito no país no mais sangrento da história para os jornalistas, segundo a ONG, com sede em Genebra.
Além do Iraque, morreram oito jornalistas no México, quatro na Rússia, Sri Lanka e Filipinas, três no Paquistão e Colômbia, dois na China, Índia, Angola e Líbano, e um no Equador, Venezuela, Somália, República Democrática do Congo, Sudão e Brasil.
Rússia
Em um dos casos de maior repercussão ocorridos em 2006, a jornalista russa de oposição Anna Politkovskaya, 48, é assassinada a tiros em frente ao edifício onde morava, em Moscou.
A morte da jornalista --famosa pela cobertura crítica da guerra com a Tchetchênia-- provocou a indignação internacional.
Segundo o Comitê de Proteção aos Jornalistas, 42 profissionais morreram na Rússia desde 1992 -- 13 deles desde 2000, após a chegada do atual presidente russo, Vladimir Putin, ao poder.
Com agências internacionais
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