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23/01/2007
-
09h27
da Efe, em Pequim
A China confirmou nesta segunda-feira o lançamento de seu 1º míssil anti-satélite, mas afirmou que não tem intenção de iniciar uma corrida espacial armamentista como a que Rússia e Estados Unidos protagonizaram na década de 1980.
Depois de 12 dias de silêncio, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Liu Jianchao, anunciou hoje em entrevista coletiva a realização do teste com o míssil balístico e afirmou que a decisão sobre o anúncio posteriormente foi tomada "diante das preocupações de países como EUA e Japão". "A China não tem nada a esconder, não ameaça nenhum país", acrescentou Liu, garantindo que o lançamento respeitou as leis internacionais.
O porta-voz da Chancelaria chinesa reiterou que Pequim "sempre defendeu um uso pacífico do espaço, opõe-se a uma corrida armamentista no espaço e nunca participará dela".
Explicação
As declarações de Liu aconteceram no mesmo dia em que o governo do Japão exigiu que a China desse mais explicações sobre as circunstâncias do teste, e, segundo afirmações do secretário-chefe do gabinete japonês, Yasuhisa Shiozaki, Pequim "ainda não deu uma explicação oficial".
Liu respondeu que a China "não sabe que tipo de informação o Japão quer obter", e que em todo caso está aberta a novas consultas a esse respeito.
"Se determinados Governos querem mais informação podem formular suas perguntas", acrescentou o porta-voz da Chancelaria, reiterando que o tempo todo Pequim foi "responsável" e que não alterou sua postura contrária a uma militarização do espaço.
A China disparou com sucesso no último dia 11 seu primeiro míssil anti-satélite para destruir um velho satélite meteorológico, o que gerou protestos dos governos de EUA, Japão, Austrália, Coréia do Sul e Canadá.
O míssil balístico de alcance médio, com base em terra, foi disparado do Centro Espacial de Xichang, na Província de Sichuan (centro), e destruiu um velho satélite situado a mais de 850 quilômetros de altitude, segundo dados das agências de inteligência americanas.
Terceiro país
Com o lançamento, a China se tornou o terceiro país no mundo a fazer este tipo de teste, depois dos realizados na década de 1980 pelas superpotências da Guerra Fria: EUA e União Soviética.
Na época, Washington e Moscou praticaram os mesmos exercícios, o que levou a pensar que no futuro os grandes conflitos entre as superpotências seriam travados no espaço.
A nova arma indica que a China pode derrubar satélites de espionagem de outros países, o que gerou temores especialmente nos EUA, líder indiscutível do espaço após o declínio da URSS, perante uma possível corrida armamentista espacial.
O incidente gerou vários rumores nos meios de comunicação americanos e japoneses.
Liu tentou desmentir as especulações ao afirmar, por exemplo, que, por enquanto, não há informações sobre um possível segundo lançamento, e classificou como "sem fundamento" os rumores de que o presidente da China, Hu Jintao, não tinha sido informado previamente do teste balística.
Analistas militares chineses citados pela imprensa estrangeira afirmaram que o exercício chinês poderia ser interpretado como uma chamada de atenção a Washington para que a desmilitarização do espaço entre na pauta da comunidade internacional.
O presidente dos EUA, George W.Bush, já anunciou em seus primeiros anos de mandato o plano de construir no espaço um "escudo antimísseis" que, segundo Washington, pode servir para lutar contra o terrorismo internacional. De acordo com analistas, Pequim teme ser um dos governos mais prejudicados por este projeto.
O escudo não protegeria somente os EUA, mas também seus principais aliados no outro lado do oceano Pacífico, entre eles Japão e Taiwan, governos com os quais Pequim sempre teve uma relação difícil.
A China foi, por outro lado, o terceiro país do mundo (após EUA e Rússia) a lançar astronautas no espaço, em um programa que, segundo Pequim, tem finalidades científicas e pacíficas, apesar de ser conduzido pelo Exército de Libertação Popular.
Outros países da Ásia, como o Japão e a Índia, também estão intensificando suas pesquisas para se unirem à corrida espacial, que ficou praticamente estagnada após a queda da União Soviética, mas que pode voltar a receber novos estímulos com as ambições de Pequim.
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China confirma lançamento do seu primeiro míssil anti-satélite
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A China confirmou nesta segunda-feira o lançamento de seu 1º míssil anti-satélite, mas afirmou que não tem intenção de iniciar uma corrida espacial armamentista como a que Rússia e Estados Unidos protagonizaram na década de 1980.
Depois de 12 dias de silêncio, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Liu Jianchao, anunciou hoje em entrevista coletiva a realização do teste com o míssil balístico e afirmou que a decisão sobre o anúncio posteriormente foi tomada "diante das preocupações de países como EUA e Japão". "A China não tem nada a esconder, não ameaça nenhum país", acrescentou Liu, garantindo que o lançamento respeitou as leis internacionais.
O porta-voz da Chancelaria chinesa reiterou que Pequim "sempre defendeu um uso pacífico do espaço, opõe-se a uma corrida armamentista no espaço e nunca participará dela".
Explicação
As declarações de Liu aconteceram no mesmo dia em que o governo do Japão exigiu que a China desse mais explicações sobre as circunstâncias do teste, e, segundo afirmações do secretário-chefe do gabinete japonês, Yasuhisa Shiozaki, Pequim "ainda não deu uma explicação oficial".
Liu respondeu que a China "não sabe que tipo de informação o Japão quer obter", e que em todo caso está aberta a novas consultas a esse respeito.
"Se determinados Governos querem mais informação podem formular suas perguntas", acrescentou o porta-voz da Chancelaria, reiterando que o tempo todo Pequim foi "responsável" e que não alterou sua postura contrária a uma militarização do espaço.
A China disparou com sucesso no último dia 11 seu primeiro míssil anti-satélite para destruir um velho satélite meteorológico, o que gerou protestos dos governos de EUA, Japão, Austrália, Coréia do Sul e Canadá.
O míssil balístico de alcance médio, com base em terra, foi disparado do Centro Espacial de Xichang, na Província de Sichuan (centro), e destruiu um velho satélite situado a mais de 850 quilômetros de altitude, segundo dados das agências de inteligência americanas.
Terceiro país
Com o lançamento, a China se tornou o terceiro país no mundo a fazer este tipo de teste, depois dos realizados na década de 1980 pelas superpotências da Guerra Fria: EUA e União Soviética.
Na época, Washington e Moscou praticaram os mesmos exercícios, o que levou a pensar que no futuro os grandes conflitos entre as superpotências seriam travados no espaço.
A nova arma indica que a China pode derrubar satélites de espionagem de outros países, o que gerou temores especialmente nos EUA, líder indiscutível do espaço após o declínio da URSS, perante uma possível corrida armamentista espacial.
O incidente gerou vários rumores nos meios de comunicação americanos e japoneses.
Liu tentou desmentir as especulações ao afirmar, por exemplo, que, por enquanto, não há informações sobre um possível segundo lançamento, e classificou como "sem fundamento" os rumores de que o presidente da China, Hu Jintao, não tinha sido informado previamente do teste balística.
Analistas militares chineses citados pela imprensa estrangeira afirmaram que o exercício chinês poderia ser interpretado como uma chamada de atenção a Washington para que a desmilitarização do espaço entre na pauta da comunidade internacional.
O presidente dos EUA, George W.Bush, já anunciou em seus primeiros anos de mandato o plano de construir no espaço um "escudo antimísseis" que, segundo Washington, pode servir para lutar contra o terrorismo internacional. De acordo com analistas, Pequim teme ser um dos governos mais prejudicados por este projeto.
O escudo não protegeria somente os EUA, mas também seus principais aliados no outro lado do oceano Pacífico, entre eles Japão e Taiwan, governos com os quais Pequim sempre teve uma relação difícil.
A China foi, por outro lado, o terceiro país do mundo (após EUA e Rússia) a lançar astronautas no espaço, em um programa que, segundo Pequim, tem finalidades científicas e pacíficas, apesar de ser conduzido pelo Exército de Libertação Popular.
Outros países da Ásia, como o Japão e a Índia, também estão intensificando suas pesquisas para se unirem à corrida espacial, que ficou praticamente estagnada após a queda da União Soviética, mas que pode voltar a receber novos estímulos com as ambições de Pequim.
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