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09/02/2007
-
11h17
da Folha Online
A União Européia demonstrou cautela com o anúncio da formação de um governo de coalizão firmado nesta quinta-feira pelos dois principais rivais políticos palestinos, os partidos Hamas e Fatah --ambos possuem braços armados e protagonizaram cenas muito semelhantes a uma guerra civil recentemente, com atos de violência que deixaram mortos e feridos.
O chefe da política externa do bloco europeu, Javier Solana, disse que a notícia do novo governo seria estudada com dedicação e cautela. O ministro francês das Relações Exteriores, Philippe Douste-Blazy, elogiou o acordo interpalestino realizado em Meca (Arábia Saudita) nesta quinta-feira, dizendo que o acordo demonstra um passo em direção ao reconhecimento do Estado de Israel por parte dos grupo radicais palestinos.
Já a Rússia disse que a formação do governo de coalizão é um sinal para a estabilização dos territórios palestinos e de seus arredores. De forma geral, a comunidade internacional avaliou positivamente a iniciativa palestina de unir forças para conter a violência.
Ontem, após o anúncio do acordo realizado em discussões entre o premiê palestino, Ismail Haniyeh (Hamas), o líder do Hamas, Khaled Meshaal, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas [do Fatah], Israel e os Estados Unidos exigiram que o novo governo explicitamente renuncie à violência, reconheça o Estado de Israel e respeite os acordos de paz anteriormente firmados. O Hamas, que rejeita a existência do Estado de Israel, tem enfrentado uma grave crise política e recebeu embargos financeiros de Israel e da comunidade internacional, piorando a já castigada condição palestina.
Segundo fontes do governo palestino [que falaram em condição de anonimato], o documento tem como base discussões realizadas no ano passado entre ativistas do Hamas e do Fatah detidos em prisões israelenses, que pede a criação de um Estado palestino com território na Cisjordânia, Gaza e leste de Jerusalém, áreas tomadas por Israel na guerra de 1967. Israel se retirou de Gaza em agosto de 2005.
Se o Hamas realmente levar a cabo um governo de coalizão que assuma essas cláusulas, isso significaria o compromisso mais concreto já fixado para a criação de dois Estados e para pôr fim ao conflito israelo-palestino. O problema é que o Hamas já anunciou que adotar o acordo não implica em reconhecer o Estado de Israel.
Veja alterações de governo previstas no acordo:
- O Hamas terá o controle de sete ministérios. O Fatah ficará com seis
- Hamas mantém a chefia do governo e os ministérios de Educação, Bens Islâmicos, Trabalho, Assuntos Municipais, Juventude, Justiça e Comunicação. Também terá direito a nomear três ministros independentes [Interior, Planejamento e de Estado), que não pertençam a nenhum dos dois partidos
- Fatah assume as pastas de Saúde, Assuntos Sociais, Obras Públicas, Transporte, Agricultura e Assuntos de Prisioneiros. Também nomearão ministro de Exteriores e um ministro de Estado --que não pertençam a nenhum dos dois partidos
- As pastas restantes [quatro] irão para forças palestinas representadas no Parlamento, como a Frente Popular para a Libertação da Palestina, a Frente Democrática para a Libertação da Palestina, Terceira Via e Palestina Independente.
- O Ministério das Finanças de ficar a cargo de Sallam Fayad, da Terceira Via.
Com agências internacionais
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Leia o que já foi publicado sobre o Hamas
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Leia o que já foi publicado sobre Mahmoud Abbas
UE avalia com cautela formação de governo palestino de união
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A União Européia demonstrou cautela com o anúncio da formação de um governo de coalizão firmado nesta quinta-feira pelos dois principais rivais políticos palestinos, os partidos Hamas e Fatah --ambos possuem braços armados e protagonizaram cenas muito semelhantes a uma guerra civil recentemente, com atos de violência que deixaram mortos e feridos.
Suhaib Salem/Reuters |
Haniyeh (esq.), Meshaal (centro) e Abbas (dir.) participam de cerimônia em mesquita de Meca |
Já a Rússia disse que a formação do governo de coalizão é um sinal para a estabilização dos territórios palestinos e de seus arredores. De forma geral, a comunidade internacional avaliou positivamente a iniciativa palestina de unir forças para conter a violência.
Ontem, após o anúncio do acordo realizado em discussões entre o premiê palestino, Ismail Haniyeh (Hamas), o líder do Hamas, Khaled Meshaal, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas [do Fatah], Israel e os Estados Unidos exigiram que o novo governo explicitamente renuncie à violência, reconheça o Estado de Israel e respeite os acordos de paz anteriormente firmados. O Hamas, que rejeita a existência do Estado de Israel, tem enfrentado uma grave crise política e recebeu embargos financeiros de Israel e da comunidade internacional, piorando a já castigada condição palestina.
Segundo fontes do governo palestino [que falaram em condição de anonimato], o documento tem como base discussões realizadas no ano passado entre ativistas do Hamas e do Fatah detidos em prisões israelenses, que pede a criação de um Estado palestino com território na Cisjordânia, Gaza e leste de Jerusalém, áreas tomadas por Israel na guerra de 1967. Israel se retirou de Gaza em agosto de 2005.
Se o Hamas realmente levar a cabo um governo de coalizão que assuma essas cláusulas, isso significaria o compromisso mais concreto já fixado para a criação de dois Estados e para pôr fim ao conflito israelo-palestino. O problema é que o Hamas já anunciou que adotar o acordo não implica em reconhecer o Estado de Israel.
Veja alterações de governo previstas no acordo:
- O Hamas terá o controle de sete ministérios. O Fatah ficará com seis
- Hamas mantém a chefia do governo e os ministérios de Educação, Bens Islâmicos, Trabalho, Assuntos Municipais, Juventude, Justiça e Comunicação. Também terá direito a nomear três ministros independentes [Interior, Planejamento e de Estado), que não pertençam a nenhum dos dois partidos
- Fatah assume as pastas de Saúde, Assuntos Sociais, Obras Públicas, Transporte, Agricultura e Assuntos de Prisioneiros. Também nomearão ministro de Exteriores e um ministro de Estado --que não pertençam a nenhum dos dois partidos
- As pastas restantes [quatro] irão para forças palestinas representadas no Parlamento, como a Frente Popular para a Libertação da Palestina, a Frente Democrática para a Libertação da Palestina, Terceira Via e Palestina Independente.
- O Ministério das Finanças de ficar a cargo de Sallam Fayad, da Terceira Via.
Com agências internacionais
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