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10/02/2007
-
10h31
da Folha Online
Jovens palestinos apedrejaram neste sábado um posto policial em Jerusalém Oriental e um ônibus com turistas do Canadá no Monte das Oliveiras, informou a rádio pública de Israel. Os ataques são uma continuação dos protestos iniciados nesta sexta-feira (9) devido às escavações que estão sendo feitas fora da Esplanada das Mesquitas para a reconstrução de uma rampa de acesso que estava desabando.
Os manifestantes acusam o governo israelense de tentar danificar as mesquitas. Israel, por sua vez, nega que as escavações se aproximaram na região em que ficam as mesquitas. No protesto, os manifestantes também atearam fogo em coletores de lixo e queimaram uma bandeira de Israel.
A polícia, incluindo membros de tropas de choque, disparou gás lacrimogêneo para dispersar o grupo. Não houve feridos nas ações de hoje, mas o porta-voz da polícia em Jerusalém, Shmuel Ben Ruby, disse que podem ocorrer novos protestos ao longo do dia.
No ataque ao ônibus, que sofreu danos leves, os turistas tiveram que ser retirados do veículo por policiais. "De repente um bando de garotos começou a pegar pedras e tudo que podiam e começaram a jogar no ônibus", disse o turista Dave Wood à agência de notícias Associated Press.
O ministro israelense da Segurança Interior, Avi Dichter, negou hoje em entrevista à rádio pública as acusações feitas por líderes muçulmanos e representantes políticos do mundo árabe, entre eles o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, e o rei jordaniano Abdullah 2º, de que as obras colocariam em risco a Mesquita de Al Aqsa.
De acordo com Dichter, o chamado Portão Mugrabi, "está fora do Monte do Templo [como os judeus e cristãos denominam a Esplanada das Mesquitas] e quem não entende isto apenas deve ir ao local para comprovar".
O ministro afirmou que os soldados entraram no local "para impedir que apedrejassem o Muro das Lamentações", para formar uma espécie de "linha de contenção".
O ministério das Relações Exteriores da Malásia pediu à comunidade internacional que intervenha imediatamente para parar a obra, que considerou uma "atividade ilegal". "Denunciamos esse ato de provocação e a completa desconsideração pela santidade da mesquita (...) Esse ato irá provocar os sentimentos dos muçulmanos no mundo todo e é um retrocesso nos esforços de alcançar a paz na região", anunciou o ministério, em nota.
Protestos
Ontem, cerca de 200 policiais da tropa de choque tiveram de usar escudos para conter a ação dos manifestantes, que atiravam pedras. Cerca de 150 manifestantes chegaram a se abrigar dentro da mesquita e a criar uma barricada. Noventa minutos depois eles deixaram o local, que não foi invadido pela polícia. Na ação de ontem, ao menos 17 policiais e 15 manifestantes sofreram ferimentos leves.
A polícia mantém hoje a segurança reforçada na cidade e restringiu a entrada na região da esplanada, barrando todos os homens muçulmanos com menos de 45 anos.
A Esplanada das Mesquitas, onde ficam os templos islâmicos de Al Aqsa e do Domo da Rocha, é considerada pelos muçulmanos o terceiro lugar mais sagrado do mundo, depois de Meca e Medina. De acordo com a tradição muçulmana, trata-se do local de onde o profeta Maomé subiu aos céus.
Os judeus chamam o local de Monte do Templo, ou Monte Moriá, onde ficava o antigo templo destruído pelos romanos em 70 d.C. e Abraão sacrificaria seu filho Isaac, que foi poupado por Deus.
Representantes do governo israelense rejeitaram a acusação de pretender prejudicar as mesquitas com a construção. "Não temos nada a esconder e mesmo assim extremistas têm cinicamente provocado a violência espalhando inverdades sobre o que estamos fazendo", disse o porta-voz do ministério de Relações Exteriores de Israel, Mark Regev.
Com agências internacionais
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Jovens palestinos protestam contra obra próxima à Esplanada das Mesquitas
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Jovens palestinos apedrejaram neste sábado um posto policial em Jerusalém Oriental e um ônibus com turistas do Canadá no Monte das Oliveiras, informou a rádio pública de Israel. Os ataques são uma continuação dos protestos iniciados nesta sexta-feira (9) devido às escavações que estão sendo feitas fora da Esplanada das Mesquitas para a reconstrução de uma rampa de acesso que estava desabando.
Os manifestantes acusam o governo israelense de tentar danificar as mesquitas. Israel, por sua vez, nega que as escavações se aproximaram na região em que ficam as mesquitas. No protesto, os manifestantes também atearam fogo em coletores de lixo e queimaram uma bandeira de Israel.
A polícia, incluindo membros de tropas de choque, disparou gás lacrimogêneo para dispersar o grupo. Não houve feridos nas ações de hoje, mas o porta-voz da polícia em Jerusalém, Shmuel Ben Ruby, disse que podem ocorrer novos protestos ao longo do dia.
No ataque ao ônibus, que sofreu danos leves, os turistas tiveram que ser retirados do veículo por policiais. "De repente um bando de garotos começou a pegar pedras e tudo que podiam e começaram a jogar no ônibus", disse o turista Dave Wood à agência de notícias Associated Press.
O ministro israelense da Segurança Interior, Avi Dichter, negou hoje em entrevista à rádio pública as acusações feitas por líderes muçulmanos e representantes políticos do mundo árabe, entre eles o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, e o rei jordaniano Abdullah 2º, de que as obras colocariam em risco a Mesquita de Al Aqsa.
De acordo com Dichter, o chamado Portão Mugrabi, "está fora do Monte do Templo [como os judeus e cristãos denominam a Esplanada das Mesquitas] e quem não entende isto apenas deve ir ao local para comprovar".
O ministro afirmou que os soldados entraram no local "para impedir que apedrejassem o Muro das Lamentações", para formar uma espécie de "linha de contenção".
O ministério das Relações Exteriores da Malásia pediu à comunidade internacional que intervenha imediatamente para parar a obra, que considerou uma "atividade ilegal". "Denunciamos esse ato de provocação e a completa desconsideração pela santidade da mesquita (...) Esse ato irá provocar os sentimentos dos muçulmanos no mundo todo e é um retrocesso nos esforços de alcançar a paz na região", anunciou o ministério, em nota.
Protestos
Ontem, cerca de 200 policiais da tropa de choque tiveram de usar escudos para conter a ação dos manifestantes, que atiravam pedras. Cerca de 150 manifestantes chegaram a se abrigar dentro da mesquita e a criar uma barricada. Noventa minutos depois eles deixaram o local, que não foi invadido pela polícia. Na ação de ontem, ao menos 17 policiais e 15 manifestantes sofreram ferimentos leves.
A polícia mantém hoje a segurança reforçada na cidade e restringiu a entrada na região da esplanada, barrando todos os homens muçulmanos com menos de 45 anos.
A Esplanada das Mesquitas, onde ficam os templos islâmicos de Al Aqsa e do Domo da Rocha, é considerada pelos muçulmanos o terceiro lugar mais sagrado do mundo, depois de Meca e Medina. De acordo com a tradição muçulmana, trata-se do local de onde o profeta Maomé subiu aos céus.
Os judeus chamam o local de Monte do Templo, ou Monte Moriá, onde ficava o antigo templo destruído pelos romanos em 70 d.C. e Abraão sacrificaria seu filho Isaac, que foi poupado por Deus.
Representantes do governo israelense rejeitaram a acusação de pretender prejudicar as mesquitas com a construção. "Não temos nada a esconder e mesmo assim extremistas têm cinicamente provocado a violência espalhando inverdades sobre o que estamos fazendo", disse o porta-voz do ministério de Relações Exteriores de Israel, Mark Regev.
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