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10/02/2007 - 10h59

Acordo sobre programa nuclear da Coréia do Norte está distante, diz China

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da Folha Online

Coréia do Norte, Coréia do Sul, Estados Unidos, China, Japão e Rússia ainda há "distância" de chegar a um acordo nas negociações sobre o programa nuclear da Coréia do Norte, disse neste sábado o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Qin Gang.

"Ainda há diferenças consideravelmente grandes entre as partes", disse Gang. "O foco tem sido a cooperação econômica e energética com a Coréia do Norte. As negociações ainda estão acontecendo de modo intenso."

Depois do terceiro dia de negociações, os negociadores não conseguiram superar essas diferenças, para fazer com que o governo norte-coreano desative seu programa nuclear, mas mantiveram boas expectativas sobre a questão.

As negociações devem ser retomadas neste domingo. "Esperamos ver progresso, embora provavelmente tenhamos de ver ainda algumas reviravoltas", disse o porta-voz do ministério chinês.

Ontem, as autoridades chinesas apresentaram um projeto de acordo nas negociações, iniciadas em 2003 e que ficaram suspensas por um ano, entre 2005 e 2006. Pela proposta chinesa, a Coréia do Norte abandonaria seus programas nucleares em troca de garantias de segurança, ajuda econômica e a melhora das relações bilaterais com o governo americano.

O representante do Japão nas negociações, Kenichiro Sasae, disse que a posição da Coréia do Norte ainda está muito distante das dos demais envolvidos. "A situação continua grave (...) Ainda não há sinal de conclusão para muitos assuntos."

Antes da pausa nas negociações de hoje, o negociador americano Christopher Hill disse que "com os norte-coreanos nunca se sabe o que é importante", então é preciso aguardar. "Se vivemos em um mundo lógico, racional, então iremos resolver isso."

Hill disse que a disputa sobre a proposta de acordo apresentada pela China se resume agora a um único ponto, que deve ser resolvido em mais um dia ou dois. "Realmente acho que chegamos a um ponto principal que, acredito, podemos superar", disse Hill --sem, no entanto, dizer que ponto seria esse.

O representante da Coréia do Sul, Chun Yung-woo, disse que as dificuldades podem estar ligadas principalmente à exigência de que os EUA abandonem sua política "hostil" em relação a Pyongyang.

No último domingo (4), o jornal japonês "Asahi Shimbun" informou que a Coréia do Norte estaria disposta a paralisar o reator nuclear de Yongbyon em troca de 500 mil toneladas anuais de combustível ou de outro tipo de energia.

Em outubro de 2006, a Coréia do Norte anunciou ter completado com sucesso seu primeiro teste com armas nucleares. O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aplicou sanções para punir o país, sem resultados concretos significativos.

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