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10/02/2007 - 15h02

Barack Obama lança formalmente pré-candidatura à presidência dos EUA

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da France Presse

O senador democrata Barack Obama, 45, lançou formalmente neste sábado sua pré-candidatura à Presidência dos Estados Unidos, com a promessa de pôr fim à guerra no Iraque e superar a divisão entre republicanos e democratas para fazer progressos em projetos de diversos setores, de energia a saúde pública.

"Me apresento hoje diante de vocês para anunciar minha candidatura a presidente dos Estados Unidos da América", disse o senador --que, se eleito, será o primeiro presidente negro dos EUA. "Admito que existe uma certa ousadia, uma certa audácia, ao fazer este anúncio. Sei que não dediquei muito tempo a conhecer os labirintos políticos de Washington. Porém, passei tempo suficiente para saber que a forma de fazer política em Washington deve mudar."

Obama disse que os EUA superaram muitos desafios em sua história, da independência e da guerra civil à Grande Depressão. "Todas as vezes, uma nova geração se levantou e fez o que era preciso. Hoje nós somos chamados mais uma vez --e é tempo para nossa geração atender a esse chamado", disse.

Obama disse sobre as alegações de que não tem experiência em cargos no Executivo que reconhece "uma certa presunção, uma certa audácia" em se apresentar para a candidatura. "Sei que não passei muito tempo aprendendo os caminhos de Washington. Mas estive lá tempo suficiente para saber que esses caminhos precisam mudar."

Uma nova perspectiva e um novo compromisso podem desfazer os impasses entre governo e Congresso em questões como energia, saúde e a guerra no Iraque. "O que nos impediu de enfrentar esses desafios não foi a ausência de políticas sólidas, mas a falha na liderança, a pequenez de nossos políticos, a facilidade com que somos distraídos pelo insignificante e pelo trivial."

Os seis anos de governo do presidente George W. Bush até agora levaram a déficits crescentes, custos maiores de seguro-saúde, preocupação sobre a economia e uma politica externa malfeita.

Ele defendeu uma retirada gradual dos soldados americanos do Iraque a partir de maio e se opõe ao plano do presidente Bush de enviar mais soldados para o país. "Deixar os iraquianos saberem que não ficarem,os lá para sempre é nossa última e melhor esperança para pressionar sunitas e xiitas a virem á mesa de negociação e encontrarem a paz", afirmou.

Além de Obama, devem lançar candidatura pelos democratas a senadora pelo Estado de Nova York Hillary Clinton, o governador do estado do Novo México, Bill Richardson, o ex-governador de Iowa, Tom Vilsack, e os senadores Chris Dodd, de Connecticut, e Joseph Biden, de Delaware.

Candidatos em potencial

Ùltimo anunciar que quer entrar na disputa pela candidatura do partido democrata, Joe Biden, senador por Delaware, anunciou no dia 31 de janeiro sua pré-candidatura, e disse que o faz convencido de que sua experiência marcará a diferença em relação a seus concorrentes.

Biden, que está há mais de 30 anos no Senado, é uma das referências em matéria de política externa desta Casa e, após a vitória democrata nas eleições legislativas de 2006, preside o Comitê de Relações Exteriores.

O senador confirmou suas aspirações presidenciais em declarações a diversas cadeias de televisão, nas quais minimizou a importância dos dados que colocam sua pré-candidatura mais de 15 pontos atrás das de Hillary e de Obama.

"Não se trata de eu poder competir com seu dinheiro, mas de eles poderem competir com minha experiência", disse Biden. Apesar das declarações, Biden elogiou seus dois principais concorrentes no Partido Democrata.

Intenções de Voto

De acordo com uma pesquisa divulgada no dia 21 de janeiro, a senadora Hillary Clinton tem ampla vantagem sobre os demais nomes que disputam a indicação do partido. A pesquisa, feita em todo o território do país, foi publicada pelo jornal "The Washington Post".

A senadora de Nova York foi a opção de 41% dos democratas entrevistados --mais do que o dobro dos 17% do segundo colocado, Barack Obama, segundo o jornal.

O ex-senador John Edwards, vice-presidente na chapa dos democratas em 2004, apareceu em terceiro lugar com 11% dos votos. Entre outros democratas, o ex-vice-presidente Al Gore veio em quarto lugar, com 10%. John Kerry ficou com 8%.

A pesquisa foi realizada de 16 a 19 de janeiro, ouvindo 1.000 pessoas. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

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