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16/02/2007
-
11h15
da Folha Online
Forças iraquianas e americanas endureceram a ação contra insurgentes em Bagdá nesta sexta-feira, realizando operações e estabelecendo mais postos de controle na capital.
Soldados iraquianos e americanos foram às ruas da capital nesta sexta-feira, armando mais postos de controle e fazendo revistas em veículos à procura de armas, em uma nova operação que visa estabilizar a segurança na cidade e dar fim à violência sectária.
O Ministério do Interior informou que o líder da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, Abu Ayyub al Masri, foi ferido nesta quinta-feira quando forças iraquianas interceptaram um grupo de rebeldes da Al Qaeda em estrada entre Fallujah e Samarra.
A ação também teria matado Abu Abdullah al Majamiai, o principal assessor de Al Masri. Segundo o Ministério, o corpo de Al Majamiai está sob responsabilidade da polícia iraquiana. O Exército americano não confirmou as informações.
Não ficou claro se Al Masri estaria sob custódia das forças iraquianas e de coalizão.
Al Masri, também conhecido como Abu Hamza al Muhajer, é egípcio e assumiu a liderança da Al Qaeda no Iraque em junho último, após a morte do jordaniano Abu Musab al Zarqawi.
O ministro iraquiano do Interior, Muwaffak al Rubaie, estimou em outubro de 2006 que Al Masri --um dos homens mais procurados pelos EUA-- estaria envolvido em mais de 2.000 explosões de carros-bomba, que mataram mais de 6.000 iraquianos nos últimos dois anos.
Operação
Em Bagdá, forças dos EUA e do Iraque vêm realizando ações contra as milícias nas últimas semanas, mas uma nova fase do plano de segurança foi anunciada ontem em um comunicado do Exército americano. Batizada de operação "Lei e Ordem", a nova fase da ofensiva envolve ações para capturar extremistas no país.
A ação envolve o "reforço da segurança e o fechamento da fronteira em alguns pontos entre o Irã e o Iraque", de acordo com o Ministério britânico da Defesa. Conduzida por 2.000 soldados iraquianos e 1.200 britânicos, a ação deve durar ao menos 72 horas.
De acordo com o major Steven Lamb, porta-voz das forças americanas em Bagdá, a ofensiva "vai bem". "Eu não diria que houve um grande nível de resistência. Quero dizer, se você analisar o que aconteceu ontem, tivemos poucos incidentes, mas isso pode mudar hoje".
Para ele, é "cedo" para dizer se a ofensiva será um sucesso ou um fracasso, mas, até agora, o Exército está "satisfeito". As ações estão focadas em locais como o bastião xiita de Kadhimiya, a área sunita de Adhamiya e os distritos de Rusafa, Karrada e Rashid.
Na quarta-feira (14), o presidente americano, George W. Bush, elogiou o novo plano de segurança. "A ação para trazer segurança a Bagdá levará tempo e não haverá violência'.
Segundo Bush, a violência "prejudica o povo iraquiano", mas lembra o quanto é importante que os EUA ajudam o país "a ter sucesso". "Se pensarmos que a violência é ruim agora, imagine se não ajudarmos a tornar mais segura a capital Bagdá", afirmou Bush.
Clérigo radical
A nova ação ocorre após especulações de que o clérigo radical xiita Muqtada al Sadr teria deixado o Iraque em direção ao Irã. Sami al Askari, assessor do premiê iraquiano Nouri al Maliki e membro do Parlamento, defendeu ontem essa tese, colocada pela Casa Branca.
O presidente iraquiano, Jalal Talabani, disse ontem acreditar que Al Sadr ordenou que os líderes do Exército de Mahdi --grupo armado leal a ele-- deixassem o Iraque.
Os EUA qualificam a milícia, que se rebelou contra as forças americanas no Iraque em 2004, a "maior ameaça" à segurança no Iraque.
Forças iraquianas e americanas detiveram centenas de membros do grupo recentemente.
O movimento de Al Sadr apóia Maliki, que também é xiita, no Parlamento iraquiano.
Fontes do governo americano afirmam que Al Sadr seguiu para o Irã por temer por sua segurança. No entanto, assessores do clérigo dizem que ele está na cidade sagrada de Najaf, 120 quilômetros ao sul de Bagdá.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia o que já foi publicado sobre Abu Ayyub al Masri
Leia o que já foi publicado sobre a Al Qaeda no Iraque
Leia o que já foi publicado sobre operações em Bagdá
Leia o que já foi publicado sobre Muqtada al Sadr
Iraque endurece ação contra insurgência em Bagdá
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Forças iraquianas e americanas endureceram a ação contra insurgentes em Bagdá nesta sexta-feira, realizando operações e estabelecendo mais postos de controle na capital.
Soldados iraquianos e americanos foram às ruas da capital nesta sexta-feira, armando mais postos de controle e fazendo revistas em veículos à procura de armas, em uma nova operação que visa estabilizar a segurança na cidade e dar fim à violência sectária.
O Ministério do Interior informou que o líder da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, Abu Ayyub al Masri, foi ferido nesta quinta-feira quando forças iraquianas interceptaram um grupo de rebeldes da Al Qaeda em estrada entre Fallujah e Samarra.
Wisam Ahmed/Reuters |
Soldado iraquiano revista motorista em posto de controle em Basra, no sul do país |
Não ficou claro se Al Masri estaria sob custódia das forças iraquianas e de coalizão.
Al Masri, também conhecido como Abu Hamza al Muhajer, é egípcio e assumiu a liderança da Al Qaeda no Iraque em junho último, após a morte do jordaniano Abu Musab al Zarqawi.
O ministro iraquiano do Interior, Muwaffak al Rubaie, estimou em outubro de 2006 que Al Masri --um dos homens mais procurados pelos EUA-- estaria envolvido em mais de 2.000 explosões de carros-bomba, que mataram mais de 6.000 iraquianos nos últimos dois anos.
Operação
Em Bagdá, forças dos EUA e do Iraque vêm realizando ações contra as milícias nas últimas semanas, mas uma nova fase do plano de segurança foi anunciada ontem em um comunicado do Exército americano. Batizada de operação "Lei e Ordem", a nova fase da ofensiva envolve ações para capturar extremistas no país.
A ação envolve o "reforço da segurança e o fechamento da fronteira em alguns pontos entre o Irã e o Iraque", de acordo com o Ministério britânico da Defesa. Conduzida por 2.000 soldados iraquianos e 1.200 britânicos, a ação deve durar ao menos 72 horas.
De acordo com o major Steven Lamb, porta-voz das forças americanas em Bagdá, a ofensiva "vai bem". "Eu não diria que houve um grande nível de resistência. Quero dizer, se você analisar o que aconteceu ontem, tivemos poucos incidentes, mas isso pode mudar hoje".
Para ele, é "cedo" para dizer se a ofensiva será um sucesso ou um fracasso, mas, até agora, o Exército está "satisfeito". As ações estão focadas em locais como o bastião xiita de Kadhimiya, a área sunita de Adhamiya e os distritos de Rusafa, Karrada e Rashid.
Na quarta-feira (14), o presidente americano, George W. Bush, elogiou o novo plano de segurança. "A ação para trazer segurança a Bagdá levará tempo e não haverá violência'.
Segundo Bush, a violência "prejudica o povo iraquiano", mas lembra o quanto é importante que os EUA ajudam o país "a ter sucesso". "Se pensarmos que a violência é ruim agora, imagine se não ajudarmos a tornar mais segura a capital Bagdá", afirmou Bush.
Clérigo radical
A nova ação ocorre após especulações de que o clérigo radical xiita Muqtada al Sadr teria deixado o Iraque em direção ao Irã. Sami al Askari, assessor do premiê iraquiano Nouri al Maliki e membro do Parlamento, defendeu ontem essa tese, colocada pela Casa Branca.
O presidente iraquiano, Jalal Talabani, disse ontem acreditar que Al Sadr ordenou que os líderes do Exército de Mahdi --grupo armado leal a ele-- deixassem o Iraque.
Os EUA qualificam a milícia, que se rebelou contra as forças americanas no Iraque em 2004, a "maior ameaça" à segurança no Iraque.
Forças iraquianas e americanas detiveram centenas de membros do grupo recentemente.
O movimento de Al Sadr apóia Maliki, que também é xiita, no Parlamento iraquiano.
Fontes do governo americano afirmam que Al Sadr seguiu para o Irã por temer por sua segurança. No entanto, assessores do clérigo dizem que ele está na cidade sagrada de Najaf, 120 quilômetros ao sul de Bagdá.
Com agências internacionais
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