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01/03/2007
-
16h52
Da Folha Online
O vice-presidente da Coréia do Norte afirmou hoje que seu país está disposto a deixar o programa nuclear em reunião com uma delegação sul-coreana.
"A desnuclearização da península coreana era o desejo final do presidente e fundador do país, Kim Il Sung, morto em 1994, disse Kim Yong Nam, na capital Pyongyang. "A Coréia do Norte se esforçará para realizá-lo", acrescentou.
Na reunião, o Ministro da Unificação sul-coreano, Lee Jae-joung, pressionou a Coréia do Norte para que implemente um compromisso que prevê o início do processo de desarmamento nuclear do país, firmado em 13 de fevereiro com os EUA, China, Japão, Rússia e Coréia do Sul.
"É importante garantir que as Coréias do Sul e do Norte cooperem e que cada um dos seis países assuma suas responsabilidades", disse Lee.
Kim Yong Nam também pediu às Coréias que trabalhem pela reunificação da península, dividida após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Tecnicamente, Coréias do Sul e do Norte continuam em guerra desde a Guerra da Coréia (1950-53) e mantêm um cessar-fogo.
Kim também repetiu o pedido do Norte por colaboração inter-coreana, idéia que o Sul rejeita como uma tentativa de prejudicar a aliança entre Seul e Washington.
O acordo de 13 de fevereiro pede um fórum separado para discutir esse tema.
Retomada das negociações
As conversas entre as duas Coréias desta semana --no mais alto nível de contato entre os países-- são as primeiras feitas em sete meses.
As negociações foram retomadas depois que a Coréia do Norte concordou, no mês passado, em fechar seu principal reator nuclear dentro de 60 dias. Em troca, receberá 50 mil toneladas de combustível e ajuda econômica. Outras 950 mil toneladas serão enviadas quando forem tomadas medidas mais amplas para deter o programa nuclear no país.
Nesta quinta-feira, negociadores da Coréia do Norte solicitaram ajuda da Coréia do Sul, mas Seul resiste a oferecer alguma assistência significativa até que Pyongyang cumpra a promessa de começar a desmantelar seu programa nuclear.
"O Norte levantou a questão da ajuda humanitária", disse um oficial sul-coreano em Pyongyang, onde as conversações entraram no terceiro dia. O negociador, porém, disse que o esboço do acordo entre os dois lados "não menciona especificamente ajuda em forma de arroz e fertilizantes".
A Coréia do Norte também propôs que os dois países retomem discussões sobre cooperação econômica em março, mas Seul aparentemente considera essa data muito cedo.
Reconciliação
As duas Coréias têm dado passos históricos rumo à reconciliação depois que seus líderes se encontraram pela primeira vez em 2000. A Coréia do Sul enviava ajuda regularmante ao empobrecido Norte até julho do ano passado, quando Pyongyang realizou testes de lançamento de uma série de mísseis. As relações entre os dois países pioraram depois que o Norte testou uma arma nuclear em outubro.
Na quinta-feira, o presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, afirmou que o acordo "deveria ser implementado com sucesso para que a paz possa ser firmemente estabelecida na península coreana".
Enquanto isso, os países envolvidos nas conversações sobre o programa nuclear --as Coréias, China, Japão, Rússia e EUA-- começaram os preparativos para implemanter o pacto do desarmamento.
Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, disse em Washington que os oficiais dos EUA e da Coréia do Norte se reunirão em Nova York na segunda-feira e na terça-feira para discutir a normalização das relações.
Também nesta quinta-feira, o vice-secretário de Defesa dos EUA, John Negroponte, chegou ao Japão para uma visita que deverá focar na questão nuclear da Coréia do Norte. Depois visitará a Coréia do Sul e a China, para tratar do mesmo tema.
O ministro das Relações Exteriores da Coréia do Sul, Song Min-soon, viajou para Washington para conversar com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, sobre a Coréia do Norte. Ele também visitará Moscou.
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Coréia do Norte reitera compromisso com fim de programa nuclear
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O vice-presidente da Coréia do Norte afirmou hoje que seu país está disposto a deixar o programa nuclear em reunião com uma delegação sul-coreana.
"A desnuclearização da península coreana era o desejo final do presidente e fundador do país, Kim Il Sung, morto em 1994, disse Kim Yong Nam, na capital Pyongyang. "A Coréia do Norte se esforçará para realizá-lo", acrescentou.
Na reunião, o Ministro da Unificação sul-coreano, Lee Jae-joung, pressionou a Coréia do Norte para que implemente um compromisso que prevê o início do processo de desarmamento nuclear do país, firmado em 13 de fevereiro com os EUA, China, Japão, Rússia e Coréia do Sul.
"É importante garantir que as Coréias do Sul e do Norte cooperem e que cada um dos seis países assuma suas responsabilidades", disse Lee.
Kim Yong Nam também pediu às Coréias que trabalhem pela reunificação da península, dividida após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Tecnicamente, Coréias do Sul e do Norte continuam em guerra desde a Guerra da Coréia (1950-53) e mantêm um cessar-fogo.
Kim também repetiu o pedido do Norte por colaboração inter-coreana, idéia que o Sul rejeita como uma tentativa de prejudicar a aliança entre Seul e Washington.
O acordo de 13 de fevereiro pede um fórum separado para discutir esse tema.
Retomada das negociações
As conversas entre as duas Coréias desta semana --no mais alto nível de contato entre os países-- são as primeiras feitas em sete meses.
As negociações foram retomadas depois que a Coréia do Norte concordou, no mês passado, em fechar seu principal reator nuclear dentro de 60 dias. Em troca, receberá 50 mil toneladas de combustível e ajuda econômica. Outras 950 mil toneladas serão enviadas quando forem tomadas medidas mais amplas para deter o programa nuclear no país.
Nesta quinta-feira, negociadores da Coréia do Norte solicitaram ajuda da Coréia do Sul, mas Seul resiste a oferecer alguma assistência significativa até que Pyongyang cumpra a promessa de começar a desmantelar seu programa nuclear.
"O Norte levantou a questão da ajuda humanitária", disse um oficial sul-coreano em Pyongyang, onde as conversações entraram no terceiro dia. O negociador, porém, disse que o esboço do acordo entre os dois lados "não menciona especificamente ajuda em forma de arroz e fertilizantes".
A Coréia do Norte também propôs que os dois países retomem discussões sobre cooperação econômica em março, mas Seul aparentemente considera essa data muito cedo.
Reconciliação
As duas Coréias têm dado passos históricos rumo à reconciliação depois que seus líderes se encontraram pela primeira vez em 2000. A Coréia do Sul enviava ajuda regularmante ao empobrecido Norte até julho do ano passado, quando Pyongyang realizou testes de lançamento de uma série de mísseis. As relações entre os dois países pioraram depois que o Norte testou uma arma nuclear em outubro.
Na quinta-feira, o presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, afirmou que o acordo "deveria ser implementado com sucesso para que a paz possa ser firmemente estabelecida na península coreana".
Enquanto isso, os países envolvidos nas conversações sobre o programa nuclear --as Coréias, China, Japão, Rússia e EUA-- começaram os preparativos para implemanter o pacto do desarmamento.
Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, disse em Washington que os oficiais dos EUA e da Coréia do Norte se reunirão em Nova York na segunda-feira e na terça-feira para discutir a normalização das relações.
Também nesta quinta-feira, o vice-secretário de Defesa dos EUA, John Negroponte, chegou ao Japão para uma visita que deverá focar na questão nuclear da Coréia do Norte. Depois visitará a Coréia do Sul e a China, para tratar do mesmo tema.
O ministro das Relações Exteriores da Coréia do Sul, Song Min-soon, viajou para Washington para conversar com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, sobre a Coréia do Norte. Ele também visitará Moscou.
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