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05/03/2007 - 08h43

Em reunião, ONU discute a imposição de novas sanções ao Irã

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da Folha Online

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU --EUA, Reino Unido, França, Rússia e China-- mais a Alemanha começaram nesta segunda-feira a discutir a imposição de novas sanções ao Irã devido a seu programa de enriquecimento de urânio

As seis grandes potências negociam a ampliação das sanções em represália à recusa iraniana em abandonar o enriquecimento de urânio, em desacordo com uma resolução de dezembro de 2006, que exigia que Teerã deixasse essas atividades até 21 de fevereiro.

As sanções --que devem incluir a redução da ajuda técnica fornecida pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) ao Irã-- são discutidas três meses depois que o Conselho de Segurança baniu a transferência de tecnologia nuclear e especialistas ao regime iraniano.

Morteza Nikoubazl/Reuters
Mulher passa por muro em Teerã; Conselho da ONU discute imposição de mais sanções
Mulher passa por muro em Teerã; Conselho da ONU discute imposição de mais sanções
O Irã nega a intenção de construir bombas nucleares, afirmando que seu programa é pacífico e visa apenas gerar eletricidade. Durante a reunião, que deve durar quatro dias, o Conselho de Governadores da AIEA deve suspender a implementação de 22 dos 55 projetos de ajuda técnica ao Irã, colocando em prática sanções aprovadas na resolução de dezembro.

Um relatório divulgado pela AIEA em 22 de fevereiro indicou que o Irã instalou duas novas redes nucleares, cada uma com 164 centrífugas, ambas capazes de enriquecer urânio.

O novo sistema visaria produzir urânio enriquecido em escala industrial. Até maio deste ano, o país deve contar com cerca de 3.000 centrífugas. O urânio enriquecido pode ser utilizado tanto para gerar energia e combustível nuclear quanto para fabricar armas atômicas.

O Irã alega que a exigência da ONU para a suspensão de seu programa de enriquecimento de urânio é ilegal. Mas os esforços da agência nuclear da ONU para verificar se o programa é de fato pacífico enfrentam a resistência iraniana desde 2004, segundo oficiais da ONU.

Coréia do Norte

O Conselho de Governadores da AIEA discutirá também na reunião o programa nuclear norte-coreano. Pyongyang diz estar disposto a deixar de lado seu programa de produção de armas nucleares, em troca de ajuda econômica e na área da segurança.

Tanto a questão norte-coreana quanto a do Irã devem ser discutidas até amanhã.

O diretor da AIEA, Mohamed El Baradei, planeja ir a Pyongyang em 13 de março, como parte de um acordo entre os seis países, dentro do qual a Coréia do Norte permitiu a retomada das inspeções dos especialistas da agência nuclear.

Durante a visita, o chefe da AIEA deve discutir os detalhes do acordo, como o fechamento de plataformas nucleares, a produção de plutônio e novas visitas de inspetores em abril.

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