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06/03/2007 - 10h42

Irã desmente ONU e nega interrupção de programa nuclear

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Da Folha Online

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, negou que o país tenha temporariamente interrompido seu programa nuclear, ao contrário da informação dada pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) nesta segunda-feira.

O Irã mantém seu programa para produzir urânio enriquecido, que pode ser usado tanto como combustível para usinas nucleares como para a fabricação de bombas atômicas.

Apesar das acusações dos EUA e de seus aliados, Teerã insiste que seu programa é pacífico e visa apenas produzir combustível para as usinas de energia. "As atividades legítimas do Irã, com o objetivo de produzir combustível (...) continuam em seu curso natural", disse Mottaki durante coletiva para a imprensa. "Não houve mudanças."

O diretor da AIEA, Mohamed ElBaradei, havia dito ontem que o Irã aparentava ter interrompido temporariamente o seu programa de enriquecimento de urânio.

"Eu não acredito que o número de centrífugas [de enriquecimento de urânio] tenha aumentado, e que [novos] materiais nucleares tenham sido introduzidos nas centrífugas de Natanz", disse ElBaradei. Natanz é um centro de enriquecimento de urânio localizado 50 km ao sul de Teerã.

A Organização de Energia Atômica do Irã afirmou nesta terça-feira que "as atividades de enriquecimento [de urânio] em Natanz continuam conforme planejado". "Nenhuma mudança foi feita", disse a organização em um comunicado, segundo a agência oficial de notícias iraniana.

Sanções

Os membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas) --Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido -- e a Alemanha discutem atualmente a ampliação das sanções impostas ao Irã desde dezembro, devido à recusa daquele país em interromper definitivamente o seu programa nuclear.

Ontem, ministros das Relações Exteriores da União Européia (UE) concordaram em manter a pressão contra o Irã.

A UE, fazendo coro ao Conselho de Segurança, alertou o país de que aumentaria as sanções contra Teerã se o governo persa não obedecer às exigências internacionais de suspensão de suas atividades nucleares e retorno às negociações.

Com Associated Press

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