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07/03/2007 - 08h50

Após ação que matou 120, ataques contra xiitas continuam no Iraque

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da Folha Online

Atentados contra peregrinos xiitas continuam a se suceder no Iraque nesta quarta-feira, um dia depois de uma dupla ação suicida matar quase cem pessoas em Hilla, 95 quilômetros ao sul de Bagdá. Ao menos 11 xiitas morreram hoje em ataques a bombas e a tiros.

Nesta terça-feira, uma série de ataques rebeldes contra peregrinos xiitas deixaram ao menos 128 mortos e 200 feridos nesta terça-feira, segundo a polícia. Na pior ação, dois carros-bomba explodiram em Hilla, matando 93 pessoas e ferindo outras 147.

Foi o pior ataque desde 3 de fevereiro, quando ao menos 127 pessoas morreram e 305 ficaram feridas em um atentado suicida com um caminhão-bomba em um mercado de Bagdá.

Hussein Al Musawee/Efe
Corpos de vítimas de duplo ataque suicida reunidos em frenta a hospital em Hilla
Corpos de vítimas de duplo ataque suicida reunidos em frenta a hospital em Hilla
Milhares de fiéis xiitas estavam a caminho da cidade de Karbala, 80 km ao sul de Bagdá, para as comemorações que marcam o fim dos 40 dias de luto do aniversário da morte do imã Hussein, morto no ano 680. Os ataques contra xiitas são atribuídos a insurgentes sunitas, que estariam tentando desestabilizar o país governado por xiitas e forçar um conflito civil.

Hoje, uma multidão carregava caixões em Hilla, onde uma das principais ruas da cidade ficou coberta com sangue e escombros após a dupla ação suicida.

Abbas Ali, 32, peregrino que seguia de Bagdá para Karbala, amarrou um crachá de identificação ao pescoço. "Estou usando isso caso eu seja atacado no caminho", disse.

Outro peregrino, Khadija Tawfek Mouhsin, 39, relatou que seu irmão foi morto na jornada até Karbala, mas disse estar determinado a cumprir a rota.

Líderes comunitários em Karbala se reuniram para discutir como garantir a segurança dos peregrinos, de acordo com um comunicado do premiê iraquiano, Nouri al Maliki. Ontem, o Exército iraquiano anunciou que destacaria soldados para vigiarem a rota dos peregrinos.

No anúncio, Al Maliki qualificou os atentados em Hilla de "crime horrível contra civis", que não irá "ficar sem punição". No entanto, alguns líderes xiitas culpam o governo pelo ocorrido.

"O governo tem sua parcela de responsabilidade por isso", acusou o legislador xiita Bahaa al Araji. "Não foi providenciada a segurança suficiente para proteger os peregrinos".

O governador de Karbala, Aqeel al Khazalie, disse que 10 mil policiais foram destacados na cidade.

Reunião

Também nesta quarta-feira, o ministro iraniano de Relações Exteriores, Manouchehr Mottaki, anunciou que seu país enviará uma delegação para participar da reunião a respeito do Iraque, neste final de semana.

Além do Irã e da Síria, o Iraque também convidou outros países do Oriente Médio para as discussões --entre eles, o Bahrein, Egito, Jordânia, Kuait, Arábia Saudita e Turquia

Representantes dos Estados Unidos também irão participar, além de enviados do G8 [grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia]

"Com o encontro, nós esperamos mostrar aos outros países, de que o Irã está ao lado da nação do Iraque", afirmou Mottaki em Teerã.

Segundo ele, a delegação iraniana será liderada pelo vice-ministro de Relações Exteriores para assuntos legais e internacionais, Abbas Araghchi.

Com agências internacionais

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