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10/03/2007 - 08h47

Começa em Bagdá reunião para discutir violência no Iraque

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da Folha Online

Os países vizinhos do Iraque e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU --Reino Unido, Estados Unidos, França, Rússia e China-- iniciaram neste sábado o seu encontro em Bagdá, que reúne na mesa de negociações os EUA, a Síria e o Irã.

A reunião, que está sendo transmitida ao vivo, começou às 11h30 (4h30 de Brasília), no Ministério de Relações Exteriores, com um discurso do chanceler iraquiano, Hoshiyar Zebari.

Durante o encontro, os negociadores irão discutir uma saída para a violência sectária no país, preparando uma conferência de ministros de Relações Exteriores de seus países sobre a segurança no Iraque.

Sabah Arar/Reuters
Premiê iraquiano Nouri Al Maliki discursa em abertura de reunião sobre violência no Iraque
Premiê iraquiano Nouri Al Maliki discursa em abertura de reunião sobre violência no Iraque
Além do Irã e da Síria e dos EUA, o Iraque também convidou outros países do Oriente Médio para as discussões --entre eles, o Bahrein, Egito, Jordânia, Kuait, Arábia Saudita e Turquia.

Na conferência, países árabes devem tentar conquistar o apoio dos EUA a seus pedidos.

O Irã afirmou que irá apoiar seus aliados xiitas no governo iraquiano. No entanto, o regime iraniano também está apreensivo com as acusações americanas de que Teerã apóia grupos extremistas xiitas para insuflar a violência sectária no Iraque. Não ficou claro se EUA e Irã se reunirão diretamente, ou se participarão apenas da conferência de forma multilateral.

David Satterfield, assessor do Departamento de Estado para o Iraque, disse na quinta-feira (8) que os EUA não descartam conversas diretas com o Irã e a Síria, mas que aparentemente a administração de Bush não planejou tal contato.

"O Iraque precisa não apenas do apoio da coalizão e de nossos parceiros, mas também de seus vizinhos da região e da comunidade internacional", afirmou. "Nós vemos as nações vizinhas como um elemento importante no processo", disse Satterfield.

Violência

A explosão de um carro-bomba matou ao menos 20 pessoas no bastião xiita de Cidade de Sadr, em Bagdá. O atentado também deixou 45 feridos, de acordo com a polícia iraquiana.

Ali Abbas/Efe
Soldado vigia prédio do Ministério das Relações Exteriores em Bagdá
Soldado vigia prédio do Ministério das Relações Exteriores em Bagdá
Em um ataque separado, dois morteiros caíram dentro da fortificada Zona Verde, em Bagdá, perto do prédio do Ministério de Relações Exteriores, onde ocorre a reunião internacional.

Não houve registro de feridos, de acordo com o Exército dos EUA. Em outro episódio de violência, a explosão de uma bomba deixada na beira de uma estrada matou três policiais iraquianos e feriu um quarto no centro de Ramadi, de acordo com a polícia.

Homens armados abriram fogo contra peregrinos xiitas em Latifiyah, 35 km ao sul de Bagdá, segundo a polícia. Uma pessoas morreu e três ficaram feridas. Pouco depois, dois peregrinos morreram em ataques a tiros no leste de Bagdá, segundo a polícia.

Os peregrinos seguiam para a cidade sagrada de Karbala, onde milhões de fiéis se reúnem neste final de semana para celebrar o fim dos 40 dias de luto pelo aniversário da morte do imã Hussein, considerado pelos xiitas o sucessor do profeta Maomé.

Cerca de 340 pessoas --em sua maioria xiitas a caminho de Karbala-- morreram em ataques de violência sectária na semana passada.

Segurança

O ataque ocorreu apesar do reforço nas medidas de segurança na capital, devido à conferência internacional. "Medidas adicionais de segurança foram adotadas para proteger as autoridades que participam do encontro, e também o local da reunião", afirmou Abdul Karim Khalaf, porta-voz do Ministério iraquiano do Interior, nesta sexta-feira.

O premiê iraquiano, Nouri al Maliki, percorreu as ruas de Bagdá e visitou postos de controle. O escritório de Al Maliki não divulgou detalhes do trajeto --feito no período de quatro horas durante o qual o tráfego de veículos é proibido, às sextas-feiras-- por questões de segurança.

"A conferência [deste sábado] é um passo em direção à estabilidade ao fortalecimento do processo político, que os iraquianos constroem com seu esforço e com seu próprio sangue", disse hoje Al Maliki em declarações à imprensa no distrito de Dora, em Bagdá.

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