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10/03/2007
-
15h34
da Efe
da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, evitou neste sábado no Uruguai mencionar o nome do presidente venezuelano, Hugo Chávez, na segunda etapa de uma viagem pela América Latina, na qual procura combater a influência de Chávez na região.
Bush qualificou o encontro de "muito construtivo, útil e positivo", porque os dois países têm "muito em comum" e disse que seu país está "plenamente preparado para reduzir subsídios agrícolas. "Apenas queremos ter certeza de que há acesso de mercado para os nossos produtos", afirmou o presidente americano
A reunião entre Bush e o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, ocorreu na Estância Anchorena, a cerca de 200 quilômetros de Montevidéu. Em seguida, os dois concederam uma entrevista coletiva na qual as perguntas constantemente eram sobre Chávez.
O presidente americano evitou o tempo todo mencionar o "inimigo ideológico", inclusive quando perguntado diretamente se temia pronunciar seu nome.
Bush insistiu que a viagem tem como objetivo promover o "avanço da diplomacia construtiva".
"Minha mensagem é que a condição humana nos preocupa, temos que ver como ela pode ser melhorada através de várias maneiras", afirmou o presidente, que defendeu a "diplomacia discreta" com a qual os EUA realizam seus programas de desenvolvimento na América Latina.
Embora por omissão, o "fantasma" de Chávez está se transformando no grande protagonista da viagem do presidente americano à América Latina.
Na primeira etapa da viagem, na sexta-feira em São Paulo, Bush se mostrou francamente incomodado diante das perguntas sobre o presidente venezuelano na entrevista coletiva conjunta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
EUA x Venezuela
Chávez também realiza uma viagem pela região. Esteve na Argentina, na sexta-feira, quando participou de um comício contra a presença de Bush na América Latina. Hoje, o presidente venezuelano está na Bolívia para visitar os desabrigados pelas recentes inundações.
Embora tenha evitado mencionar, e seu porta-voz, Tony Snow, insista que a viagem "não tem nada a ver com Chávez", o presidente americano se esforça em apresentar um modelo alternativo ao líder populista e suas ofertas de petróleo barato à região.
Bush assinou na sexta-feira um pacto de cooperação sobre etanol com o Brasil, pelo qual os países se comprometem a promover o acesso e a produção do biocombustível na América Central e no Caribe, como alternativa ao petróleo.
Além disso, o presidente americano repete, em cada ocasião, expressões como "justiça social" ou "a preocupação pela condição humana", que lembram os discursos do governante venezuelano.
Comércio
Na entrevista coletiva de hoje, Bush assegurou que um dos assuntos tratados com Vázquez foi "encontrar um terreno comum que beneficie" o Uruguai e os EUA.
Os dois presidentes abordaram também questões comerciais e expressaram a vontade de continuar avançando no que diz respeito a comércio e investimentos.
Os dois países assinaram um tratado de investimentos bilaterais em novembro de 2005 e no mês passado lançaram um acordo marco de comércio e investimentos (AMIC), um primeiro passo em direção a um possível tratado de livre-comércio (TLC) bilateral.
A possibilidade provoca diferentes opiniões dentro do governo uruguaio e provocou a ira de outros membros do Mercosul, como Brasil e Argentina. O Mercosul proíbe seus integrantes de assinar acordos bilaterais com outros países fora do bloco.
O presidente americano assegurou o compromisso com uma agenda de livre-comércio e afirmou que se preocupa com as tendências protecionistas não só nos EUA, mas no mundo todo. Bush assegurou que o comércio "é a melhor ferramenta para resolver a pobreza".
Rodada Doha
Neste sentido, insistiu na necessidade de chegar a um acordo nas negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). O pacto, afirmou, "será complicado, mas é necessário".
O presidente americano participa de um almoço ao lado de Vázquez e das respectivas esposas em Anchorena antes de retornar para Montevidéu, onde tarde participa nesta tarde de uma recepção para líderes políticos e empresariais.
Durante a visita a Anchorena, parque natural e residência oficial do presidente, Bush realizou um passeio pelo entorno e admirou a rica vegetação do lugar.
O presidente americano segue amanhã para a Colômbia, terceira etapa da viagem, à qual seguirão Guatemala e México.
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No Uruguai, Bush evita citar Chávez e promete diminuir subsídios
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da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, evitou neste sábado no Uruguai mencionar o nome do presidente venezuelano, Hugo Chávez, na segunda etapa de uma viagem pela América Latina, na qual procura combater a influência de Chávez na região.
Bush qualificou o encontro de "muito construtivo, útil e positivo", porque os dois países têm "muito em comum" e disse que seu país está "plenamente preparado para reduzir subsídios agrícolas. "Apenas queremos ter certeza de que há acesso de mercado para os nossos produtos", afirmou o presidente americano
A reunião entre Bush e o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, ocorreu na Estância Anchorena, a cerca de 200 quilômetros de Montevidéu. Em seguida, os dois concederam uma entrevista coletiva na qual as perguntas constantemente eram sobre Chávez.
Larry Downing/Reuters |
Presidente dos EUA George W. Bush ao lado do líder uruguaio Tabaré Vásquez (à es). |
Bush insistiu que a viagem tem como objetivo promover o "avanço da diplomacia construtiva".
"Minha mensagem é que a condição humana nos preocupa, temos que ver como ela pode ser melhorada através de várias maneiras", afirmou o presidente, que defendeu a "diplomacia discreta" com a qual os EUA realizam seus programas de desenvolvimento na América Latina.
Embora por omissão, o "fantasma" de Chávez está se transformando no grande protagonista da viagem do presidente americano à América Latina.
Na primeira etapa da viagem, na sexta-feira em São Paulo, Bush se mostrou francamente incomodado diante das perguntas sobre o presidente venezuelano na entrevista coletiva conjunta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
EUA x Venezuela
Chávez também realiza uma viagem pela região. Esteve na Argentina, na sexta-feira, quando participou de um comício contra a presença de Bush na América Latina. Hoje, o presidente venezuelano está na Bolívia para visitar os desabrigados pelas recentes inundações.
Embora tenha evitado mencionar, e seu porta-voz, Tony Snow, insista que a viagem "não tem nada a ver com Chávez", o presidente americano se esforça em apresentar um modelo alternativo ao líder populista e suas ofertas de petróleo barato à região.
Bush assinou na sexta-feira um pacto de cooperação sobre etanol com o Brasil, pelo qual os países se comprometem a promover o acesso e a produção do biocombustível na América Central e no Caribe, como alternativa ao petróleo.
Além disso, o presidente americano repete, em cada ocasião, expressões como "justiça social" ou "a preocupação pela condição humana", que lembram os discursos do governante venezuelano.
Comércio
Na entrevista coletiva de hoje, Bush assegurou que um dos assuntos tratados com Vázquez foi "encontrar um terreno comum que beneficie" o Uruguai e os EUA.
Os dois presidentes abordaram também questões comerciais e expressaram a vontade de continuar avançando no que diz respeito a comércio e investimentos.
Os dois países assinaram um tratado de investimentos bilaterais em novembro de 2005 e no mês passado lançaram um acordo marco de comércio e investimentos (AMIC), um primeiro passo em direção a um possível tratado de livre-comércio (TLC) bilateral.
A possibilidade provoca diferentes opiniões dentro do governo uruguaio e provocou a ira de outros membros do Mercosul, como Brasil e Argentina. O Mercosul proíbe seus integrantes de assinar acordos bilaterais com outros países fora do bloco.
O presidente americano assegurou o compromisso com uma agenda de livre-comércio e afirmou que se preocupa com as tendências protecionistas não só nos EUA, mas no mundo todo. Bush assegurou que o comércio "é a melhor ferramenta para resolver a pobreza".
Rodada Doha
Neste sentido, insistiu na necessidade de chegar a um acordo nas negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). O pacto, afirmou, "será complicado, mas é necessário".
O presidente americano participa de um almoço ao lado de Vázquez e das respectivas esposas em Anchorena antes de retornar para Montevidéu, onde tarde participa nesta tarde de uma recepção para líderes políticos e empresariais.
Durante a visita a Anchorena, parque natural e residência oficial do presidente, Bush realizou um passeio pelo entorno e admirou a rica vegetação do lugar.
O presidente americano segue amanhã para a Colômbia, terceira etapa da viagem, à qual seguirão Guatemala e México.
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