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11/03/2007
-
14h53
da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, chegou neste domingo a Bogotá para uma visita de quase sete horas, na segunda viagem à Colômbia nos seis anos em que está à frente da Casa Branca. Antes da Colômbia, Bush esteve no Uruguai e no Brasil.
O Air Force One, o avião oficial, aterrissou às 11h50 no Comando Aéreo de Transporte Militar (Catam), base aérea vizinha ao aeroporto internacional Eldorado da capital colombiana, e foi recebido pelo ministro de Relações Exteriores, Fernando Araújo, e pelo Embaixador americano em Bogotá, William Wood.
A Colômbia é a terceira parada de Bush em sua visita à América Latina, que começou na quinta-feira (8) no Brasil, seguindo para o Uruguai, Colômbia, e depois Guatemala e México.
Debaixo de um forte dispositivo de segurança por ar e terra, que incluiu a mobilização de 21 mil policiais, Bush foi até a praça de Bolívar, onde lhe esperava uma escolta militar.
De lá, seguiu para o palácio de Nariño, sede do Executivo, onde o esperava o presidente Álvaro Uribe, que o acompanhou até o Palácio Presidencial para as honras militares. Em seguida, Uribe e Bush entraram no palácio de Nariño, onde ficaram reunidos por uma hora.
Pouco antes, em sua primeira visita ao Uruguai, ele recebeu os agradecimentos do presidente do país, Tabaré Vázquez, pelo apoio americano recebido em 2002, durante a pior crise financeira da história da nação. Na época, o governo Bush ajudou o Uruguai, então liderada por Jorge Batlle (Partido Colorado), com um empréstimo de US$ 1,5 bilhão.
Durante sua visita, Bush evitou mencionar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, na segunda etapa de uma viagem pela América Latina, na qual procura combater a influência de Chávez na região. O presidente americano chegou ao Uruguai depois de passar pelo Brasil.
A reunião ocorreu na Estância Anchorena, a cerca de 200 quilômetros de Montevidéu.
Bush qualificou o encontro de "muito construtivo, útil e positivo", e disse que seu país está "plenamente preparado" para reduzir subsídios agrícolas. "Apenas queremos ter certeza de que há acesso de mercado para os nossos produtos", afirmou o presidente americano
Ele insistiu que a viagem tem como objetivo promover o "avanço da diplomacia construtiva".
"Minha mensagem é que a condição humana nos preocupa, temos que ver como ela pode ser melhorada através de várias maneiras", afirmou o presidente, que defendeu a "diplomacia discreta" com a qual os EUA realizam programas de desenvolvimento na América Latina.
EUA x Venezuela
Chávez também realiza uma viagem pela região. Esteve na Argentina, na sexta-feira, quando participou de um comício contra a presença de Bush na América Latina. Hoje, o presidente venezuelano está na Bolívia para visitar os desabrigados pelas recentes inundações.
Embora tenha evitado mencionar, e seu porta-voz, Tony Snow, insista que a viagem "não tem nada a ver com Chávez", o presidente americano se esforça em apresentar um modelo alternativo ao líder populista e suas ofertas de petróleo barato à região.
Bush assinou na sexta-feira um pacto de cooperação sobre etanol com o Brasil, pelo qual os países se comprometem a promover o acesso e a produção do biocombustível na América Central e no Caribe, como alternativa ao petróleo.
Além disso, o presidente americano repete, em cada ocasião, expressões como "justiça social" ou "a preocupação pela condição humana", que lembram os discursos do governante venezuelano.
Na primeira etapa da viagem, na sexta-feira (9) em São Paulo, Bush se mostrou francamente incomodado diante das perguntas sobre o presidente venezuelano na entrevista coletiva conjunta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Bush chega à Colômbia para visita de quase sete horas
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, chegou neste domingo a Bogotá para uma visita de quase sete horas, na segunda viagem à Colômbia nos seis anos em que está à frente da Casa Branca. Antes da Colômbia, Bush esteve no Uruguai e no Brasil.
O Air Force One, o avião oficial, aterrissou às 11h50 no Comando Aéreo de Transporte Militar (Catam), base aérea vizinha ao aeroporto internacional Eldorado da capital colombiana, e foi recebido pelo ministro de Relações Exteriores, Fernando Araújo, e pelo Embaixador americano em Bogotá, William Wood.
Marcelo Hernandez/AP |
Casal Bush embarca em Montevidéu com destino a Bogotá, na Colômbia |
Debaixo de um forte dispositivo de segurança por ar e terra, que incluiu a mobilização de 21 mil policiais, Bush foi até a praça de Bolívar, onde lhe esperava uma escolta militar.
De lá, seguiu para o palácio de Nariño, sede do Executivo, onde o esperava o presidente Álvaro Uribe, que o acompanhou até o Palácio Presidencial para as honras militares. Em seguida, Uribe e Bush entraram no palácio de Nariño, onde ficaram reunidos por uma hora.
Pouco antes, em sua primeira visita ao Uruguai, ele recebeu os agradecimentos do presidente do país, Tabaré Vázquez, pelo apoio americano recebido em 2002, durante a pior crise financeira da história da nação. Na época, o governo Bush ajudou o Uruguai, então liderada por Jorge Batlle (Partido Colorado), com um empréstimo de US$ 1,5 bilhão.
Durante sua visita, Bush evitou mencionar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, na segunda etapa de uma viagem pela América Latina, na qual procura combater a influência de Chávez na região. O presidente americano chegou ao Uruguai depois de passar pelo Brasil.
A reunião ocorreu na Estância Anchorena, a cerca de 200 quilômetros de Montevidéu.
Bush qualificou o encontro de "muito construtivo, útil e positivo", e disse que seu país está "plenamente preparado" para reduzir subsídios agrícolas. "Apenas queremos ter certeza de que há acesso de mercado para os nossos produtos", afirmou o presidente americano
Ele insistiu que a viagem tem como objetivo promover o "avanço da diplomacia construtiva".
"Minha mensagem é que a condição humana nos preocupa, temos que ver como ela pode ser melhorada através de várias maneiras", afirmou o presidente, que defendeu a "diplomacia discreta" com a qual os EUA realizam programas de desenvolvimento na América Latina.
EUA x Venezuela
Chávez também realiza uma viagem pela região. Esteve na Argentina, na sexta-feira, quando participou de um comício contra a presença de Bush na América Latina. Hoje, o presidente venezuelano está na Bolívia para visitar os desabrigados pelas recentes inundações.
Embora tenha evitado mencionar, e seu porta-voz, Tony Snow, insista que a viagem "não tem nada a ver com Chávez", o presidente americano se esforça em apresentar um modelo alternativo ao líder populista e suas ofertas de petróleo barato à região.
Bush assinou na sexta-feira um pacto de cooperação sobre etanol com o Brasil, pelo qual os países se comprometem a promover o acesso e a produção do biocombustível na América Central e no Caribe, como alternativa ao petróleo.
Além disso, o presidente americano repete, em cada ocasião, expressões como "justiça social" ou "a preocupação pela condição humana", que lembram os discursos do governante venezuelano.
Na primeira etapa da viagem, na sexta-feira (9) em São Paulo, Bush se mostrou francamente incomodado diante das perguntas sobre o presidente venezuelano na entrevista coletiva conjunta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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