Publicidade
Publicidade
13/03/2007
-
10h15
da Folha Online
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU, Mohamed ElBaradei, deu início nesta terça-feira a uma visita histórica à Coréia do Norte, que visa deter a produção de armas nucleares em troca de benefícios econômicos e na área da segurança.
"Esperamos discutir sobre a maneira de aplicar o acordo assinado nas discussões a seis com a esperança de obter um balanço positivo", declarou ElBaradei ao chegar a Pyongyang.
A visita do chefe da AIEA acontece depois do acordo assinado em 13 de fevereiro em Pequim entre a Coréia do Norte, a China, o Japão, a Coréia do Sul, a Rússia e os EUA.
No acordo, Pyongyang se comprometeu a fechar suas instalações nucleares em troca do fornecimento de 50 mil toneladas de combustível.
O país também aceitou o retorno dos inspetores da AIEA, expulsos em 2002, e o desmantelamento, em um prazo de 60 dias, do complexo nuclear de Yongbyon, que produz o plutônio necessário para a produção de armamentos atômicos. Entre as bombas produzidas no local estariam os explosivos utilizados em um teste nuclear realizado em 9 de outubro.
O governo norte-coreano expulsou os inspetores da agência da ONU (Organização das Nações Unidas) depois que oficiais dos EUA acusaram Pyongyang de manter um programa clandestino de enriquecimento de urânio. Em seguida, retomou as atividades em Yongbyon.
A Coréia do Norte anunciou em 2005 que possuía armas nucleares. O teste nuclear realizado em outubro de 2006 causou indignação da comunidade internacional e levou a ONU a impor sanções econômicas e de armamentos ao país.
Expectativas
Na segunda-feira, em Pequim, ElBaradei afirmou que o processo de fechamento das instalações nucleares na Coréia do Norte será "complexo" e exigirá o reforço da confiança entre as partes. "Há laços de confiança que precisam ser reconstruídos", disse.
O diretor da agência nuclear da ONU (Organização das Nações Unidas) deve retornar na quarta-feira à capital chinesa, onde se encontrará com o representante americano nas negociações sobre o programa nuclear norte-coreano, Christopher Hill, informou o Departamento de Estado dos EUA.
A visita a Pyongyang do diretor da AIEA acontece antes de uma nova sessão de conversações dos seis países em Pequim a partir de 19 de março.
A Coréia do Norte anunciou em 2005 que possuía armas nucleares. O primeiro teste aconteceu em 2006, o que levou a ONU (Organização das Nações Unidas) a impor sanções econômicas e de armamento.
EUA
Na semana passada, a Coréia do Norte e os EUA também iniciaram conversações bilaterais, como parte do acordo fechado em 13 de fevereiro.
Os dois países não mantinham relações diplomáticas desde que a Coréia do Norte, então dominada por comunistas, foi criada, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O vice-ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Kim Kye Gwan, e o secretário-assistente de Estado americano, Christopher Hill, reuniram-se durante quatro horas na segunda-feira em Nova York, mas não falaram com a imprensa. Foi a primeira visita aos EUA de Kim, o principal negociador de questões nucleares da Coréia do Norte, desde o início da crise internacional gerada pelo programa nuclear norte-coreano, em 2002.
Nos EUA, Kim visitou a Sociedade da Coréia, uma organização sem fins lucrativos que promove uma maior compreensão e cooperação entre americanos e coreanos. Ele encontrou-se com vários acadêmicos e personalidades como os ex-secretários de Estado Henry Kissinger e Madeleine Albright. "Tivemos uma reunião muito frutífera e amistosa", disse Albright.
Kim também se encontrou, durante o fim de semana, com o principal negociador para assuntos nucleares da Coréia do Sul, Chun Yung-woo.
Leia mais
Desarmamento nuclear norte-coreano será complexo, diz ONU
EUA demonstram otimismo em negociação com Coréia do Norte
Coréia do Norte e EUA iniciam conversações históricas
Coréia do Norte aceita visita de agentes nucleares da ONU ao país
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a AIEA
Leia cobertura completa sobre a crise da Coréia do Norte
Chefe de agência da ONU discute desarmamento na Coréia do Norte
Publicidade
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU, Mohamed ElBaradei, deu início nesta terça-feira a uma visita histórica à Coréia do Norte, que visa deter a produção de armas nucleares em troca de benefícios econômicos e na área da segurança.
"Esperamos discutir sobre a maneira de aplicar o acordo assinado nas discussões a seis com a esperança de obter um balanço positivo", declarou ElBaradei ao chegar a Pyongyang.
A visita do chefe da AIEA acontece depois do acordo assinado em 13 de fevereiro em Pequim entre a Coréia do Norte, a China, o Japão, a Coréia do Sul, a Rússia e os EUA.
No acordo, Pyongyang se comprometeu a fechar suas instalações nucleares em troca do fornecimento de 50 mil toneladas de combustível.
O país também aceitou o retorno dos inspetores da AIEA, expulsos em 2002, e o desmantelamento, em um prazo de 60 dias, do complexo nuclear de Yongbyon, que produz o plutônio necessário para a produção de armamentos atômicos. Entre as bombas produzidas no local estariam os explosivos utilizados em um teste nuclear realizado em 9 de outubro.
O governo norte-coreano expulsou os inspetores da agência da ONU (Organização das Nações Unidas) depois que oficiais dos EUA acusaram Pyongyang de manter um programa clandestino de enriquecimento de urânio. Em seguida, retomou as atividades em Yongbyon.
Ng Han Guan/AP |
Mohamed ElBaradei chega ao aeroporto de Pequim para embarcar para Pyongyang |
Expectativas
Na segunda-feira, em Pequim, ElBaradei afirmou que o processo de fechamento das instalações nucleares na Coréia do Norte será "complexo" e exigirá o reforço da confiança entre as partes. "Há laços de confiança que precisam ser reconstruídos", disse.
O diretor da agência nuclear da ONU (Organização das Nações Unidas) deve retornar na quarta-feira à capital chinesa, onde se encontrará com o representante americano nas negociações sobre o programa nuclear norte-coreano, Christopher Hill, informou o Departamento de Estado dos EUA.
A visita a Pyongyang do diretor da AIEA acontece antes de uma nova sessão de conversações dos seis países em Pequim a partir de 19 de março.
A Coréia do Norte anunciou em 2005 que possuía armas nucleares. O primeiro teste aconteceu em 2006, o que levou a ONU (Organização das Nações Unidas) a impor sanções econômicas e de armamento.
EUA
Na semana passada, a Coréia do Norte e os EUA também iniciaram conversações bilaterais, como parte do acordo fechado em 13 de fevereiro.
Os dois países não mantinham relações diplomáticas desde que a Coréia do Norte, então dominada por comunistas, foi criada, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O vice-ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Kim Kye Gwan, e o secretário-assistente de Estado americano, Christopher Hill, reuniram-se durante quatro horas na segunda-feira em Nova York, mas não falaram com a imprensa. Foi a primeira visita aos EUA de Kim, o principal negociador de questões nucleares da Coréia do Norte, desde o início da crise internacional gerada pelo programa nuclear norte-coreano, em 2002.
Nos EUA, Kim visitou a Sociedade da Coréia, uma organização sem fins lucrativos que promove uma maior compreensão e cooperação entre americanos e coreanos. Ele encontrou-se com vários acadêmicos e personalidades como os ex-secretários de Estado Henry Kissinger e Madeleine Albright. "Tivemos uma reunião muito frutífera e amistosa", disse Albright.
Kim também se encontrou, durante o fim de semana, com o principal negociador para assuntos nucleares da Coréia do Sul, Chun Yung-woo.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice