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16/03/2007 - 23h56

Coréia do Norte condiciona fechamento de complexo nuclear ao fim das sanções

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da France Presse, em Seul

O fechamento do complexo nuclear de Yongbyon, ao norte da capital norte-coreana, Pyongyang, é "impossível" sem o fim das sanções financeiras dos Estados Unidos, advertiu neste sábado o negociador norte-coreano para o expediente nuclear, citado pela agência sul-coreana Yonhap.

"Se os Estados Unidos não suspenderem as medidas restritivas que pesam sobre nossos fundos no Banco Delta Asia (de Macau), não poderemos fechar nossas instalações nucleares de Yongbyon", disse Kim Kye-gwan ao chegar a Pequim, segundo a agência "Yonhap".

Em 13 de fevereiro passado, em Pequim, ao final das negociações multilaterais, o regime comunista norte-coreano prometeu fechar, no prazo de 60 dias, seu complexo nuclear de Yongbyon, responsável pelo tratamento de plutônio para a fabricação de armas atômicas.

Este fechamento deve marcar o primeiro passo para o desmantelamento total das instalações nucleares da Coréia do Norte, e em troca deste compromisso, Pyongyang receberá várias contrapartidas, incluindo a suspensão das sanções financeiras aplicadas por Washington às entidades norte-coreanas acusadas de lavagem de dinheiro.

Tais sanções, decretadas no outono de 2005 por Washington, levaram ao congelamento de US$ 25 milhões de fundos norte-coreanos no Banco Delta Asia (BDA), entidade baseada em Macau e acusada de lavagem de dinheiro.

As declarações do negociador norte-coreano coincidem com o início, em Pequim, da primeira reunião do grupo de trabalho sobre a eliminação do programa nuclear da Coréia do Norte, para preparar uma nova série formal de negociações multilaterais, que começarão na segunda-feira na capital chinesa.

Segundo a agência oficial Nova China, a reunião do grupo de trabalho começou às 10h local (23h Brasília de sexta-feira), presidida por Wu Dawei, negociador-chefe chinês do expediente nuclear. Também estão em Pequim os negociadores americano e japonês, Christopher Hill e Kenichiro Sasae.

As conversações multilaterais sobre o dossiê nuclear norte-coreano reúnem as duas Coréias, China, Estados Unidos, Japão e Rússia.

O subsecretário americano do Tesouro, Daniel Glaser, estava neste sábado em Macau para tratar do possível desbloqueio dos fundos norte-coreanos no BDA, disse uma porta-voz dos EUA.

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