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17/03/2007 - 19h36

Manifestantes protestam em todo o mundo pelo fim da guerra no Iraque

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da Folha Online
da Efe, em Washington

Milhares de pessoas protestaram em todo o mundo neste sábado contra a guerra no Iraque. As manifestações acontecem às vésperas do quarto aniversário do início da invasão do Iraque por tropas americanas, que será lembrado na terça-feira. Em todo o mundo, os manifestantes pedem a retirada imediata das tropas estrangeiras no país.

Em Washington, milhares de americanos de várias partes dos EUA reuniram-se hoje dizer "não" à guerra. Com palavras de ordem como "EUA fora do Iraque agora" e "Parem a guerra do Iraque, não à guerra do Irã", os manifestantes desafiaram as baixas temperaturas do inverno e partiram do National Mall, uma enorme esplanada ao sul da Casa Branca, até as proximidades do Pentágono.

J. David Ake/AP
Manifestantes caminham diante do Lincoln Memorial, em Washington, durante protesto contra a guerra no Iraque
Manifestantes caminham diante do Lincoln Memorial, em Washington, durante protesto contra a guerra no Iraque


Outros cartazes na manifestação pediam o "impeachment" do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, mecanismo constitucional que dá autoridade ao Congresso para analisar a cassação do chefe de governo em situações excepcionais.

Esse foi um dos motivos que levaram Maria Baker, uma dona de casa de Iowa, a viajar para participar da manifestação em Washington.

Baker e Tom Brown, um eletricista de Wyoming, disseram que os EUA deveriam destinar o dinheiro que 'desperdiçou' no Iraque para aumentar o salário mínimo, investir nos pobres e nas vítimas do furacão Katrina.

O evento atraiu também partidários da guerra, cerca de dois mil, segundo a rede de televisão "CNN", que levaram cartazes como "Luta contra a Jihad, não contra o Exército".

Policiais a pé e a cavalo separaram os grupos favoráveis e os contrários à guerra, que trocaram insultos de lados opostos da Avenida da Constituição antes do início da manifestação.

Diante de vários veteranos de guerra vestidos com uniforme militar, Cindy Sheehan, a 'mãe pacifista' mais famosa dos EUA, fez um discurso criticando uma guerra que classificou de 'ilegal e imoral'.

Sheehan afirmou que a disputa não serviu para outra coisa senão enriquecer as grandes empreiteiras militares, como a Halliburton.

A guerra no Iraque matou mais de 3.200 soldados americanos, feriu cerca de 30 mil e gerou despesas de cerca de US$ 400 bilhões.

A manifestação coincide com o 40º aniversário de uma conhecida manifestação contra a Guerra do Vietnã, que, assim como a de hoje, terminou no Pentágono.

Na ocasião, mais de 600 dos cerca de 50 mil participantes do protesto foram detidos.

A manifestação de hoje ocorreu sem grandes distúrbios depois que, na sexta-feira, mais de 200 pessoas foram detidas, algemadas e levadas para delegacias por se negar a cumprir ordens.

Os detidos participavam de um protesto com velas em frente à Casa Branca convocado por grupos cristãos após uma cerimônia religiosa pela paz na catedral de Washington.

Bush, que passa o fim de semana na residência oficial de Camp David, no estado de Maryland, defendeu hoje em seu discurso semanal por rádio a decisão de aumentar em mais de 20 mil soldados o contingente militar no Iraque.

O líder também pediu que o Congresso aprove rapidamente e sem condições a verba adicional para custear as guerras no Iraque e no Afeganistão.

Bush tentou dissuadir os congressistas democratas da tentativa de impor um calendário para a retirada das tropas, mas representantes do partido anunciaram hoje a intenção de continuar com a medida.

A frustração popular com a guerra no Iraque foi, segundo os analistas, um dos principais motivos da derrota republicana nas eleições legislativas de novembro.

Além da manifestação em Washington, também estavam previstos para hoje atos de protesto contra a guerra no Iraque nas cidades de Los Angeles, Denver, Chicago, Oklahoma City e Lincoln, no Nebraska.

Porta-vozes da A.N.S.W.E.R., coalizão que organiza a manifestação de Washington, esperam que sejam realizados cerca de mil atos contra a guerra durante o fim de semana.

Entre os eventos, destacam-se as marchas que acontecerão amanhã em Nova York, San Francisco, Austin, (Texas), Portland (Oregon) e Salt Lake City (Utah), além do protesto previsto para a terça-feira em Chicago.

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