Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/03/2007 - 08h24

Abbas irá aos EUA para pedir reconhecimento do governo palestino

Publicidade

da Folha Online

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, viajará aos Estados Unidos no final deste mês para pedir que o presidente americano, George W.Bush, reconheça o novo governo palestino de união nacional formado pelo movimento nacionalista Fatah e pelo grupo radical islâmico Hamas.

Segundo informou nesta quinta-feira o jornal palestino "Al Quds", de Jerusalém Oriental, Abbas foi convidado pelos EUA. O presidente da ANP irá a Washington após a Cúpula da Liga Árabe, nos dias 28 e 29, em Riad, na Arábia Saudita.

Também na próxima semana, mas antes da Cúpula árabe, Abbas deve se reunir com a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, e com outras personalidades, entre elas Angela Merkel, chanceler da Alemanha.

Merkel, que exerce também a presidência da União Européia (UE), só se reunirá com Abbas e com ministros do partido laico Fatah dispostos a negociar a paz com Israel. Ela rejeitou um encontro com autoridades do Hamas.

O Hamas, que venceu as eleições palestinas no início de 2006, é considerado um grupo terrorista e se nega a reconhecer a legitimidade do Estado judeu. Após a chegada do Hamas ao governo palestino, a comunidade internacional impôs sanções econômicas e políticas às instituições palestinas.

Neste mês, o presidente Abbas, do Fatah, e o primeiro-ministro Ismail Haniyeh, do Hamas, anunciaram um novo governo de coalizão, na tentativa de colocar fim ao boicote internacional e também de acabar com uma crise interna que levou a confrontos violentos entre membros dos dois grupos.

Diplomacia

A Noruega, que não é membro da União Européia (UE), foi o primeiro país europeu, e único até o momento, a reconhecer o novo governo sem reservas, prometendo retomar sua cooperação.

Israel disse que não negociará com o novo governo palestino, já que sua plataforma política não se compromete a reconhecer a legitimidade de Israel ou a renunciar à violência.

Apesar da pressão israelense para o isolamento do novo governo, a UE e os EUA enviaram representantes ao Oriente Médio para dialogar com ministros palestinos.

O enviado especial da UE para o Oriente Médio, Mark Ote, reuniu-se ontem com Abbas em Ramallah. O líder palestino pediu o fim do boicote.

O cônsul-geral dos EUA em Jerusalém, Jacob Walles, que atua como um "embaixador" americano diante da ANP, reuniu-se nesta semana com o ministro das Finanças palestino, Salam Fayyad.

Os encontros marcam os primeiros movimentos de volta a algum nível de comprometimento entre o governo palestino e os mediadores do chamado Quarteto para o Oriente Médio --EUA, UE, ONU e Rússia.

Fontes palestinas em Ramallah informaram que na próxima semana, uma "semana diplomática por excelência" no Oriente Médio, uma delegação de representantes do governo palestino vai promover "consultas" com autoridades da Síria e Egito.

A ministra de Relações Exteriores da Áustria, Ursula Plassnik, convidou seu colega palestino, Ziad Abu Amr, para uma reunião em Viena, informaram fontes palestinas.

Confrontos

Em um dos primeiros confrontos entre militantes do Hamas e do Fatah após a formação do novo governo de coalizão, uma pessoa morreu e sete ficaram feridas em Gaza nesta quarta-feira.

Um ativista leal a Abbas morreu e dois palestinos ligados ao Hamas foram seqüestrados na Cidade de Gaza, em um sinal de que a violência pode voltar a crescer apesar do novo governo de união.

Com Efe

Leia mais
  • Facções palestinas retomam confrontos após novo governo de união
  • Negociar com governo palestino seria "ato suicida", diz israelense
  • Ajuda internacional a palestinos cresceu em 2006 apesar de boicote
  • Cônsul dos EUA encontra-se com ministro palestino

    Especial
  • Leia cobertura completa sobre o Oriente Médio
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página