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10/04/2007
-
16h40
da Folha Online
A vasta maioria dos eleitores franceses diz acreditar que Nicolas Sarkozy seja o próximo presidente da França, de acordo com uma pesquisa do instituto Ifop divulgada nesta terça-feira. O levantamento mostra que a socialista Ségolène Royal, sua principal adversária, ainda luta para fazer um impacto na campanha eleitoral da França.
A pesquisa mensal do Ifop aponta que 67% das pessoas dizem crer que o conservador Sarkozy, que tem como bandeiras principais o emprego e a segurança, vencerá as eleições, contra 16% que dizem que Royal será eleita.
O levantamento ouviu 1.010 eleitores registrados sobre suas expectativas políticas, e não sobre suas preferências. A margem de erro não foi divulgada. "Esta pesquisa mostra que há uma dúvida real sobre a credibilidade de Royal, com as pessoas claramente questionando se ela está pronta para liderar o país", afirmou Frederic Dabi, diretor de opinião pública do Ifop.
A votação será realizada no dia 22 de abril para o primeiro turno, no qual competem 12 candidatos, e 6 de maio para o segundo turno, no qual competirão os dois candidatos mais votados.
Alerta
Enquanto a expectativa geral é que Sarkozy e Royal se enfrentarão em maio, analistas alertam para as chances de François Bayrou (centro) ou Jean Marie Le Pen (ultradireita) surpreenderem e irem ao segundo turno.
Le Pen chocou a França em 2002 ao vencer o então candidato socialista Lionel Jospin na disputa pelo segundo lugar.
Ativistas socialistas estão fazendo um apelo aos esquerdistas que mostrem um voto unido por Royal em 22 de abril, de forma a impedir uma segunda derrota de seu partido.
Royal promove em sua campanha um mix pouco ortodoxo de conservadorismo social e socialismo à moda antiga, prometendo restaurar a "ordem justa" na França e coibir os excessos do capitalismo.
Mas a pesquisa Ifop mostrou que 48% dos eleitores afirmam que Sarkozy vem fazendo uma campanha superior a dos demais; 24% que acham que a melhor campanha é de Bayrou; 21% que defendem a de Royal e apenas 6% que preferem a campanha de Le Pen.
Humores
Segundo analistas, os votos de Royal poderão ser diluídos pela divisão entre os esquerdistas, que lançaram vários candidatos de ultra-esquerda nessas eleições. Do outro lado do espectro, Sarkozy apostou em sua base ultradireitista ao prometer criar um ministério para supervisionar a imigração e proteger a identidade nacional.
A pesquisa também mostra que 35% dos eleitores preferem uma vitória de Sarkozy, contra 24% que preferem Royal. A pergunta sobre a preferência foi feita de modo a refletir os humores imediatos dos eleitores.
Líderes socialistas vem enfrentando várias pesquisas que favorecem Sarkozy na disputa deste ano. "Pesquisas sempre cometem erros", disse o veterano socialista Jack Lang nesta terça-feira. "Veremos que, quando as pessoas votarem, elas não o farão com base nessas pesquisas."
Sarkozy conseguiu superar uma série de controvérsias e se manter na dianteira, inclusive depois de uma declaração polêmica sobre pedofilia. Ele afirmou crer que pessoas podem nascer pedófilas, despertando uma série de críticas. "Isso não tem nenhuma importância. O que importa é que os franceses percebam que eu quero fazer política de uma forma diferente da que já foi feita", defendeu-se Sarkozy.
A campanha oficial na França começou ontem, com TVs públicas e rádios levando ao ar as transmissões dos partidos dos 12 candidatos --todos com o mesmo tempo de aparição.
Com agências internacionais
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A vasta maioria dos eleitores franceses diz acreditar que Nicolas Sarkozy seja o próximo presidente da França, de acordo com uma pesquisa do instituto Ifop divulgada nesta terça-feira. O levantamento mostra que a socialista Ségolène Royal, sua principal adversária, ainda luta para fazer um impacto na campanha eleitoral da França.
21.fev.2007/Reuters |
Nicolas Sarkozy, candidato à Presidência francesa (22 de abril) pelo partido UMP |
O levantamento ouviu 1.010 eleitores registrados sobre suas expectativas políticas, e não sobre suas preferências. A margem de erro não foi divulgada. "Esta pesquisa mostra que há uma dúvida real sobre a credibilidade de Royal, com as pessoas claramente questionando se ela está pronta para liderar o país", afirmou Frederic Dabi, diretor de opinião pública do Ifop.
A votação será realizada no dia 22 de abril para o primeiro turno, no qual competem 12 candidatos, e 6 de maio para o segundo turno, no qual competirão os dois candidatos mais votados.
Alerta
Enquanto a expectativa geral é que Sarkozy e Royal se enfrentarão em maio, analistas alertam para as chances de François Bayrou (centro) ou Jean Marie Le Pen (ultradireita) surpreenderem e irem ao segundo turno.
Le Pen chocou a França em 2002 ao vencer o então candidato socialista Lionel Jospin na disputa pelo segundo lugar.
Ativistas socialistas estão fazendo um apelo aos esquerdistas que mostrem um voto unido por Royal em 22 de abril, de forma a impedir uma segunda derrota de seu partido.
Royal promove em sua campanha um mix pouco ortodoxo de conservadorismo social e socialismo à moda antiga, prometendo restaurar a "ordem justa" na França e coibir os excessos do capitalismo.
Mas a pesquisa Ifop mostrou que 48% dos eleitores afirmam que Sarkozy vem fazendo uma campanha superior a dos demais; 24% que acham que a melhor campanha é de Bayrou; 21% que defendem a de Royal e apenas 6% que preferem a campanha de Le Pen.
Humores
Segundo analistas, os votos de Royal poderão ser diluídos pela divisão entre os esquerdistas, que lançaram vários candidatos de ultra-esquerda nessas eleições. Do outro lado do espectro, Sarkozy apostou em sua base ultradireitista ao prometer criar um ministério para supervisionar a imigração e proteger a identidade nacional.
A pesquisa também mostra que 35% dos eleitores preferem uma vitória de Sarkozy, contra 24% que preferem Royal. A pergunta sobre a preferência foi feita de modo a refletir os humores imediatos dos eleitores.
Líderes socialistas vem enfrentando várias pesquisas que favorecem Sarkozy na disputa deste ano. "Pesquisas sempre cometem erros", disse o veterano socialista Jack Lang nesta terça-feira. "Veremos que, quando as pessoas votarem, elas não o farão com base nessas pesquisas."
Sarkozy conseguiu superar uma série de controvérsias e se manter na dianteira, inclusive depois de uma declaração polêmica sobre pedofilia. Ele afirmou crer que pessoas podem nascer pedófilas, despertando uma série de críticas. "Isso não tem nenhuma importância. O que importa é que os franceses percebam que eu quero fazer política de uma forma diferente da que já foi feita", defendeu-se Sarkozy.
A campanha oficial na França começou ontem, com TVs públicas e rádios levando ao ar as transmissões dos partidos dos 12 candidatos --todos com o mesmo tempo de aparição.
Com agências internacionais
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